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Objective: We examined whether the financial resilience of Brazilian local governments (LGs) was affected by political-electoral aspects during the Covid-19 pandemic. Method: We used a mean comparison with secondary data on the finances and political field information of 621 LGs in Brazil between the years 2017 and 2020. Originality/Relevance: This is the first study to examine the influence of political-electoral aspects on financial resilience capacity in LGs. Results: Our findings indicate that the partisan alignment and the ideological position between mayors and the Brazilian president, also the electoral mandate, are the main reasons that support or reduce the capacity of these LGs to cope with shocks and crises. Theoretical/Methodological contributions: Our paper make a double contribution to the financial resilience literature: exploring a different aspect that shapes this capacity, and examining how LGs in an underdeveloped country coped with the crisis generated by the pandemic. Social/Management contributions: With the particular interest of society at large, our results may be useful to help identify the position, preparedness, and role of LGs managers in times of crisis., Objetivo: Nós examinamos se a capacidade de resiliência financeira dos governos locais brasileiros foi afetada por aspectos político-eleitorais durante a pandemia do COVID-19. Método: Recorremos a uma comparação de médias, com uso de dados secundários sobre as finanças e informações do campo político de 621 governos locais brasileiros, dos anos de 2017 e 2020. Originalidade/Relevância: Este é o primeiro estudo a examinar a influência de aspectos político-eleitorais na capacidade de resiliência financeira em governos locais. Resultados: Nossos achados indicam que o alinhamento partidário e o posicionamento ideológico entre prefeitos e o presidente da república, e o mandato eleitoral, são as principais razões que favorecem ou reduzem a capacidade desses governos locais em lidar com choques e crises. Contribuições Teóricas/Metodológicas: Nós contribuímos duplamente para a literatura de resiliência financeira: explorando um diferente aspecto que molda essa capacidade e examinando como governos locais de um país em desenvolvimento enfrentaram a crise gerada pela pandemia. Contribuições Sociais/para a Gestão: De especial interesse à sociedade geral, nossos resultados podem ser úteis para auxiliar a identificar o posicionamento, preparação e o papel dos gestores de governos locais em períodos de crise.

Esta investigação tem como objetivo medir e avaliar os determinantes do indicador global de literacia financeira dos estudantes do ensino superior em Portugal. Adicionalmente pretende avaliar a relação existente entre o indicador de literacia financeira e os indicadores de resiliência e bem-estar financeiro. A investigação parte da revisão de literatura relevante e assenta numa perspetiva quantitativa, com recurso a um questionário, aplicado numa amostra de 469 estudantes. O questionário foi baseado em diversos estudos, nomeadamente os do Banco de Portugal (2011), do Plano Nacional de Formação Financeira (2016, 2021), da OCDE (2016a, 2020), do CFPB (2015b) e de Potrich et al. (2016). Os resultados obtidos foram sujeitos à análise descritiva e à aplicação de técnicas não paramétricas e revelaram que os estudantes do ensino superior apresentam indicadores globalmente mais satisfatórios quando comparados com a população portuguesa, e são essencialmente influenciados por fatores demográficos como a idade, o género, o nível de escolaridade e o rendimento. Foi ainda validada estatisticamente a existência de uma relação entre o indicador de literacia financeira e os indicadores de resiliência e bem-estar financeiro. Este estudo é inovador porque é o único que pretender determinar os referidos indicadores em estudantes do ensino superior, adotando a atual metodologia seguida pelos países na determinação da literacia financeira, mas incorporando uma vertente ligada à literacia financeira digital, um conceito ainda pouco explorado nos estudos internacionais. A principal limitação do estudo prende-se com a pouca diversidade geográfica dos inquiridos, o que não permite a comparação entre as diferenças zonas geográficas.

Mestrado Bolonha em Economia e Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação A pandemia causada pela COVID-19 afetou as condições normais de laboração de muitas empresas, tendo sido o setor do retalho um dos mais afetados. Devido ao impacto que a pandemia teve não só sobre as empresas, mas também sobre os consumidores em geral, verificou-se um aumento de adesão ao comércio eletrónico. Nesta ótica, tem sido proposto que empresas que possuem capacidades dinâmicas diversas apresentam uma maior resiliência financeira. O presente estudo pretende assim responder às seguintes questões “Quais as configurações de capacidades dinâmicas de comércio eletrónico e ambidestria organizacional que contribuem para uma alta resiliência financeira das empresas do setor do retalho? As configurações de capacidades dinâmicas de comércio eletrónico e ambidestria organizacional que contribuem para uma alta resiliência financeira alteraram com a pandemia?”. Para responder a estas questões foi aplicada uma abordagem configuracional através da técnica de fsQCA que analisou os dados de 231 empresas portuguesas do setor do retalho para as capacidades de Informação, Transação e Customização associadas ao comércio eletrónico, Exploitation e Exploration associadas à ambidestria organizacional e, ainda, a dimensão das empresas em estudo. Os resultados demonstraram a existência de 3 configurações suficientes, para período de pré-pandemia, alinhadas com a literatura existente, que contribuem para uma alta resiliência financeira das empresas em análise. Adicionalmente, verificou-se que as 4 configurações apresentadas para as empresas referentes ao ano de 2020 (período de pandemia) revelaram algumas diferenças que poderão estar direta ou indiretamente associadas ao impacto que estas sofreram com a pandemia. The pandemic caused by COVID-19 affected the normal working conditions of many companies, with the retail sector being one of the most affected. Due to this impact on companies and in consumers in general there was an increase in electronic sales. From the perspective of company’s survival, it has been proposed that companies with a strong and diverse resource base of dynamic capabilities have greater financial resilience. The present study thus intends to answer the following questions: “What are the configurations of dynamic capabilities of e-commerce and organizational ambidexterity that contribute to a high financial resilience of retail companies? Have the configurations of dynamic capabilities of e-commerce and organizational ambidexterity that contribute to high financial resilience changed with the pandemic?”. To answers these questions, a configurational approach was applied using fsQCA to analyse data from 231 Portuguese companies in the retail sector for the Information, Transaction and Customization capabilities associated with e-commerce, Exploitation and Exploration capabilities associated with organizational ambidexterity and, also, the size of the companies under study. The results have shown the existence of 3 sufficient configurations for the pre- pandemic period which contribute to the high financial resilience of the companies under analysis. All these results are in line with the existent literature. Additionally, it was found that the 4 configurations related to 2020 (pandemic period) data revealed some differences that may be directly or indirectly associated with the impact of COVID-19. info:eu-repo/semantics/publishedVersion

A universidade contemporânea está em um ambiente instável e é impactada por mudanças em suas formas estruturais e processos dinâmicos. Além de todas as mudanças internas, novas pressões são geradas de fora da universidade à medida que existe uma latente dependência aos recursos externos e o cenário apresentado é o de um ambiente de crises econômicas e marcado pela implementação de políticas de austeridade. Nesse sentido, as universidades federais devem realizar ações com vistas a administrar as pressões exercidas sobre ela, e parte desse processo começa pela identificação de suas vulnerabilidades financeiras e orçamentárias. Desta forma, esta pesquisa se propõe a identificar e descrever as fontes de vulnerabilidade orçamentária e financeira percebidas presentes em uma universidade federal, como organização de ensino superior e pesquisa no Brasil. Adicionalmente, procurou-se descrever como está estruturado seu ciclo orçamentário e suas respostas organizacionais frente a essas vulnerabilidades percebidas. Para tal, foi realizado um estudo de caso, com a utilização da análise documental e de quinze entrevistas com pessoas ligadas ao processo orçamentário e financeiro da organização. Observou-se, inicialmente, que as vulnerabilidades percebidas enfrentadas pela universidade analisada dizem respeito à incerteza quanto aos prazos de aprovação do orçamento federal e quanto ao volume de recursos orçamentários, ao atraso no repasse financeiro, à impossibilidade da constituição de reservas financeiras, ao planejamento orçamentário incipiente, à ausência de um sistema de informação gerencial, à ausência de uniformização da informação, à ineficiência na instrução processual, à ausência de participação na proposição orçamentária e à falta de pessoal e de treinamentos. Diante de tais resultados, o estudo contribui ao fomentar a discussão sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelas universidades federais brasileiras, o que permitirá trazer luz para esses problemas e auxiliar a gestão na construção de estratégias para transformar a realidade. Ademais, o estudo propicia a visibilidade das ações institucionais já implementadas que são voltadas para a sobrevivência da organização. The contemporary university is in an unstable environment and is impacted by changes in its structural forms and dynamic processes. In addition to all the internal changes, new pressures are generated from outside the university as there is a latent dependence on external resources and the scenario presented is that of an environment of economic crises and marked by the implementation of austerity policies. In this sense, federal universities must take actions to manage the pressures exerted on them, and part of this process begins with the identification of their financial vulnerabilities. Thus, this research aims to identify and describe the sources of perceived budgetary and financial vulnerability present in a federal university, as a higher education and research organization in Brazil. Additionally, an attempt was made to describe how its budget cycle is structured and its organizational responses to these perceived vulnerabilities. To this end, a case study was carried out, using document analysis and fifteen interviews with people linked to the organization's budget and financial process. Initially, it was observed that the perceived vulnerabilities faced by the analyzed university concern the uncertainty regarding the deadlines for approval of the federal budget and the volume of budgetary resources, the delay in the financial transfer, the impossibility of constituting financial reserves, the planning incipient budget, the absence of a management information system, the lack of uniformity of information, the inefficiency in the procedural instruction, the absence of participation in the budget proposal and the lack of personnel and training. In view of these results, the study contributes by promoting the discussion about the financial difficulties faced by Brazilian federal universities, which will bring light to these problems and help management in the construction of strategies to transform reality. Furthermore, the study provides visibility of institutional actions already implemented that are aimed at the survival of the organization.

Esta tese está estruturada em formato de artigos, mas sob o mesmo eixo temático: o impacto da crise econômica do período de 2015 a 2018 sobre as Finanças dos Estados Brasileiros. Nesse sentido, desde a discussão sobre se a Lei de Responsabilidade Fiscal assegurou a solvência financeira dos entes estaduais e o quanto os dotou de capacidade para suportar crises econômicas, passando pela dinâmica do processo de ajuste (ou ausência dele) e até, finalmente, discutir até que ponto fatores políticos podem ter influenciado o desempenho fiscal nesse período de crise. Os artigos estão estrutrados da seguinte forma: Primeiro Artigo: O processo de ajuste fiscal dos entes subnacionais falhou? A crise econômica e fiscal de 2015-2018 sobre Estados Este artigo tem como objetivo avaliar a situação fiscal pré-crise dos Estados e quadro fiscal ao término desse período. Mais especificamente, o artigo mostra o quadro fiscal em 2014 (período imediatamente anterior ao aprofundamento da crise) e o quadro em 2018, buscando indícios se o quadro pré-crise influenciou na capacidade de suportar a crise que se seguiria. Segundo Artigo: A Condução da Política Fiscal dos Entes Subnacionais durante a crise 2015-2018 As diferentes formas de enfrentamento da crise e as razões pelas quais alguns entes falharam no processo de ajuste e enfrentamento da crise, e por qual razão os instrumentos de planejamento e execução orçamentários falharam, são temas de interesse deste artigo, além da busca pela compreensão da dinâmica do processo de enfrentamento da crise, trazendo à baila a discussão sobre dimensões, padrões e grau de resiliência financeira dos Estados no período em análise. Terceiro Artigo: Crise Fiscal e Política: Fatores Políticos Importam? Evidências na crise econômica e fiscal de 2015-2018 sobre Estados Neste artigo busca-se discutir a influência de fatores políticos na condução da política fiscal dos entes subnacionais. Notadamente se a competição política, no executivo e no legislativo, possui associação com o desempenho fiscal durante a crise. This thesis is structured in an articles format, but under the same thematic basis: the impact of the economic crisis of the period from 2015 to 2018 on the Finances of the Brazilian States. In this sense, from the discussion about whether the Fiscal Responsibility Law ensured the financial solvency of state entities and how much it endowed them with the capacity to absorve economic crises, going through the dynamics of the adjustment process (or absence of it) and even, finally, discussing the extent to which political factors may have influenced fiscal performance in this period of crisis. The articles are structured as follows: First Article: Has the fiscal adjustment process of subnational entities failed? The 2015- 2018 economic and fiscal crisis on states This essay aims to assess the pre-crisis fiscal situation of states and the fiscal framework at the end of that period. More specifically, the article shows the fiscal framework in 2014 (the period immediately prior to the deepening of the crisis) and the framework in 2018, looking for indications as to whether the pre-crisis situation influenced the ability to withstand the crisis that would follow. Second Article: The Conduct of the Fiscal Policy of Subnational Entities during the crisis 2015-2018 The different ways of coping with the crisis and the reasons why some entities failed in the process of adjustment and coping with the crisis and for what reason the instruments of budget planning and execution failed are topics of interest in this essay, in addition to seeking to understand the dynamics of the crisis coping process, bringing up the discussion on the dimensions, standards and degree of financial resilience of the states in the period under analysis. Third Article: Fiscal and Political Crisis: Does Political Factors Matter? Evidence in the 2015-2018 economic and fiscal crisis on States This essay seeks to discuss the influence of political factors in the conduct of fiscal policy for subnational entities. Notably if political competition, in the executive and in the legislative, is associated with fiscal performance during the crisis.

The objective of this study was to analyze the responses and the repetitive pattern of financial resilience which emerge within the civil servants’ pension funds (RPPS, in Portuguese) of local governments in Brazil. The analysis extends the traditional financial resilience approach discussing the emergence of vulnerability from the sponsor and RPPS interaction, often stimulated by the lock-in effect from the federal regulation, which constrains the space for transformative responses. Financial resilience is a concern usually applied to governments’ response to crises, but not for pension funds. However, the long-term objective of such funds when juxtaposed to short-term pressures conduce a paradoxical standpoint for fund’s managers absorbing the pressures. The impact of this article to the pension funds and the regulatory field is the proposition that the growing vulnerability of RPPS regimes comes from the insufficient governance belt protecting them, which would be a necessary and applicable remedy to any pension funds reform the country decides to take . It was applied a sequential mixed-method approach, starting by interviews with fund managers, actuarial consultants and representatives of the Ministry of Finance's Pension Secretariat (SPREV), to identify the usual responses to emerging financial pressures which affect the funds’ financial performance. Secondly, four from the identified typical responses were selected and analyzed through financial and accounting data to detect the response for about 1,8 thousand funds from 2014 to 2016. Based on the frequency of the adopted responses by each fund, it was proposed a recurrent financial resilience pattern, and how the managers’ responses vary according to the vulnerability provoked by the City Hall’s decisions. It was observed that the City Halls accommodate budgetary pressures failing to transfer or downsizing the contributions to the fund, increasing the fund’s vulnerability. The managers consequently respond subjoining the reserves to pay pensioners, reinforcing the fund’s vulnerability. Such response is a weak resilience pattern, which reinforces the funds’ vulnerability due to governance gaps and the lock-in effect proposed by Pike, Dawley & Tomaney (2010), which constrains the local agents’ capacity to perceive and find solutions more transformative and actives looking for financial sustainability. RESUMO O objetivo deste estudo é analisar as respostas a pressões e os padrões de resiliência financeira que emergem nos regimes próprios de previdência social (RPPS) municipais. A análise agrega à abordagem tradicional de resiliência financeira discutindo a vulnerabilidade que emerge da interação entre patrocinador e RPPS, estimulada muitas vezes pelo efeito lock-in da regulação federal que restringe o espaço para respostas transformativas. O tema de resiliência financeira tem sido aplicado como governos reagem a crises, mas não aplicado aos fundos de pensão. Contudo, o objetivo de longo-prazo desses fundos justaposto às pressões de curto prazo induz os gestores à posição paradoxal ao tentarem assimilar as pressões. O impacto do artigo para fundos de pensão e para a regulação está na proposição de que a crescente vulnerabilidade dos regimes RPPS vem do fraco cinturão de governança que protege tais fundos, e que a correção desta questão seria necessária e válida para qualquer reforma que venha a ser feita na política de previdência social no país . Em um mixed-methods sequencial, foram realizadas entrevistas com gestores de fundos, consultores e representantes da Secretaria de Previdência (SPREV) do Ministério da Fazenda, para levantar as respostas usualmente dadas pelos fundos para assimilar as pressões financeiras que surgem. Em seguida, quatro respostas típicas foram analisadas com dados contábeis e financeiros para detectar o nível de uso dessas respostas em mais de 1,8 mil fundos de 2014 a 2016. A partir da frequência das respostas adotadas por cada fundo, foi proposto o padrão de resiliência financeira predominante e como os gestores dos fundos reagem à vulnerabilidade gerada pela ação da prefeitura. Foi observado que as prefeituras acomodam pressões orçamentárias interrompendo repasses ao fundo ou reduzindo alíquotas, e com isso aumentam a vulnerabilidade do fundo. Os gestores dos fundos por sua vez usam a carteira de investimentos para pagar benefícios, reforçando a vulnerabilidade. Esse é um padrão fraco de resiliência financeira, que reforça a vulnerabilidade dos fundos. Discute-se ao final que tal padrão surge devido a falhas de governança e ao efeito lock-in proposto em Pike, Dawley & Tomaney (2010), que reduz o espaço de gestores darem soluções mais transformadoras e ativas em busca de sustentabilidade financeira.

The objective of this study was to analyze the responses and the repetitive pattern of financial resilience which emerge within the civil servants’ pension funds (RPPS, in Portuguese) of local governments in Brazil. The analysis extends the traditional financial resilience approach discussing the emergence of vulnerability from the sponsor and RPPS interaction, often stimulated by the lock-in effect from the federal regulation, which constrains the space for transformative responses. Financial resilience is a concern usually applied to governments’ response to crises, but not for pension funds. However, the long-term objective of such funds when juxtaposed to short-term pressures conduce a paradoxical standpoint for fund’s managers absorbing the pressures. The impact of this article to the pension funds and the regulatory field is the proposition that the growing vulnerability of RPPS regimes comes from the insufficient governance belt protecting them, which would be a necessary and applicable remedy to any pension funds reform the country decides to take . It was applied a sequential mixed-method approach, starting by interviews with fund managers, actuarial consultants and representatives of the Ministry of Finance's Pension Secretariat (SPREV), to identify the usual responses to emerging financial pressures which affect the funds’ financial performance. Secondly, four from the identified typical responses were selected and analyzed through financial and accounting data to detect the response for about 1,8 thousand funds from 2014 to 2016. Based on the frequency of the adopted responses by each fund, it was proposed a recurrent financial resilience pattern, and how the managers’ responses vary according to the vulnerability provoked by the City Hall’s decisions. It was observed that the City Halls accommodate budgetary pressures failing to transfer or downsizing the contributions to the fund, increasing the fund’s vulnerability. The managers consequently respond subjoining the reserves to pay pensioners, reinforcing the fund’s vulnerability. Such response is a weak resilience pattern, which reinforces the funds’ vulnerability due to governance gaps and the lock-in effect proposed by Pike, Dawley & Tomaney (2010), which constrains the local agents’ capacity to perceive and find solutions more transformative and actives looking for financial sustainability. RESUMO O objetivo deste estudo é analisar as respostas a pressões e os padrões de resiliência financeira que emergem nos regimes próprios de previdência social (RPPS) municipais. A análise agrega à abordagem tradicional de resiliência financeira discutindo a vulnerabilidade que emerge da interação entre patrocinador e RPPS, estimulada muitas vezes pelo efeito lock-in da regulação federal que restringe o espaço para respostas transformativas. O tema de resiliência financeira tem sido aplicado como governos reagem a crises, mas não aplicado aos fundos de pensão. Contudo, o objetivo de longo-prazo desses fundos justaposto às pressões de curto prazo induz os gestores à posição paradoxal ao tentarem assimilar as pressões. O impacto do artigo para fundos de pensão e para a regulação está na proposição de que a crescente vulnerabilidade dos regimes RPPS vem do fraco cinturão de governança que protege tais fundos, e que a correção desta questão seria necessária e válida para qualquer reforma que venha a ser feita na política de previdência social no país . Em um mixed-methods sequencial, foram realizadas entrevistas com gestores de fundos, consultores e representantes da Secretaria de Previdência (SPREV) do Ministério da Fazenda, para levantar as respostas usualmente dadas pelos fundos para assimilar as pressões financeiras que surgem. Em seguida, quatro respostas típicas foram analisadas com dados contábeis e financeiros para detectar o nível de uso dessas respostas em mais de 1,8 mil fundos de 2014 a 2016. A partir da frequência das respostas adotadas por cada fundo, foi proposto o padrão de resiliência financeira predominante e como os gestores dos fundos reagem à vulnerabilidade gerada pela ação da prefeitura. Foi observado que as prefeituras acomodam pressões orçamentárias interrompendo repasses ao fundo ou reduzindo alíquotas, e com isso aumentam a vulnerabilidade do fundo. Os gestores dos fundos por sua vez usam a carteira de investimentos para pagar benefícios, reforçando a vulnerabilidade. Esse é um padrão fraco de resiliência financeira, que reforça a vulnerabilidade dos fundos. Discute-se ao final que tal padrão surge devido a falhas de governança e ao efeito lock-in proposto em Pike, Dawley & Tomaney (2010), que reduz o espaço de gestores darem soluções mais transformadoras e ativas em busca de sustentabilidade financeira.