RESILIÊNCIA FINANCEIRA E A VOLATILIDADE DOS GASTOS PÚBLICOS

A crise desencadeada mundialmente no ano de 2020 decorrente da pandemia do Coronavírus (SARS-CoV-2) desafiou os gestores municipais a traçarem estratégias que amenizassem os choques recebidos e os fizessem despertar para ações imediatas a fim de inibir os impactos financeiros, tendo como importante instrumento os princípios da Resiliência Financeira. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo analisar a Resiliência Financeira nos municípios de Capitão Poço/PA e Mariana/MG em contexto de crise do covid-19, considerando a volatilidade dos gastos públicos na área da Assistência Social e da Saúde nos anos de 2019 e 2020, e em período eleitoral. Para tanto foi realizada uma pesquisa bibliográfica acerca do tema em estudo e pesquisa documental nos sites eletrônicos dos municípios analisados, partindo de uma abordagem qualitativa e caracterizando-se como descritiva, os municípios foram escolhidos intencionalmente pela similaridade no quantitativo populacional, por estarem localizados em regiões distintas e por possuírem diferentes IDH’s. Os dados coletados foram separados e analisados conforme suas classificações. Como resultado obteve-se que houve aumento nas despesas com pessoal, na área da saúde e na área da assistência social, podendo esses dois últimos serem justificados pelo período pandêmico. Concluiu-se que apenas o município de Mariana apresentou quesitos resilientes, porém ambos foram de acordo com a Teoria do Ciclo Político, que aborda que os gastos públicos são direcionados com base na manutenção do poder, principalmente os gastos com pessoal.