Submitted by Marilene Donadel (marilene.donadel@unioeste.br) on 2021-11-16T19:03:37Z No. of bitstreams: 1 Ricardo_Silva_2021.pdf: 1159614 bytes, checksum: 0475ee1b64ce7785caae849410d596a1 (MD5) Made available in DSpace on 2021-11-16T19:03:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ricardo_Silva_2021.pdf: 1159614 bytes, checksum: 0475ee1b64ce7785caae849410d596a1 (MD5) Previous issue date: 2021-08-13 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES The theme of this research is pleasure and displeasure in Nietzsche's philosophy. Its overall issue is to comprehend the theoretical role of pleasure and displeasure conceptions. For this endeavor, it is necessary to explain that Nietzsche considers pleasure and displeasure to be causes of actions, that is, man seeks pleasure and flees from displeasure. This idea appears in Human, all too Human I (1878), Human II (1879), and the Posthumous Fragments that preceded his elaboration, i.e. from 1877 to 1878. This search for pleasure and escape from displeasure, on the other hand, is experienced from two perspectives: that of the captive spirit, as discussed in the first chapter when emphasizing the moral context, and that of the free spirit, as discussed in the second chapter. It is proposed that Nietzsche gradually abandons the concept of pleasure and displeasure as the causes of actions when he introduces the concept of stimulus, which prepares the concept of impulse, on which the morphology and theory of the development of the will to power will be developed later. Thus, in a third instance, it is necessary to demonstrate how the concept of stimulus contributed to the critique of pleasure and displeasure as the causes of actions. To do so, Unpublished Fragments from 1880 to 1881, as well as other works related to those periods, as well as The Daybreak (1881) and The Gay Science (1882), are consulted, in which it is possible to verify the transition between pleasure and displeasure as a cause of actions and the transition to the conception that pleasure and displeasure are secondary phenomena, when considering the dynamics of external and internal stimuli and impulses to the organism. A presente pesquisa tem como tema o prazer e o desprazer na filosofia de Nietzsche. Possui como problema geral a compreensão do papel teórico das concepções de prazer e desprazer. Para o referido empreendimento, faz-se necessário explicitar que, em um primeiro momento, entendemos que Nietzsche concebe o prazer e desprazer como causas das ações, ou seja, o homem busca o prazer e foge do desprazer. Tal concepção está presente em Humano, demasiado Humano I (1878), em Humano II (1879) e nos Fragmentos Póstumos que precederam sua elaboração, ou seja, de 1877 a 1878. Essa busca pelo prazer e fuga do desprazer, contudo, é vivenciada a partir de duas perspectivas, a do espírito cativo, considerada no primeiro capítulo, ao se enfatizar o contexto moral, e a do espírito livre, abordado em nosso segundo capítulo. Propõe-se que Nietzsche, progressivamente, abandona a concepção de prazer e desprazer como causa das ações quando introduz a noção de estímulo, a qual prepara a noção de impulso, sobre a qual, mais tarde, será desenvolvida a morfologia e teoria do desenvolvimento da vontade de potência. Dessa forma, num terceiro momento, faz-se necessário expor como a noção de estímulo contribuiu para a crítica ao prazer e ao desprazer como causa das ações. Para tanto, recorre-se aos Fragmentos Póstumos, do período de 1880 a 1881, e demais obras relativas aos referidos períodos, assim como Aurora (1881) e Gaia Ciência (1882), nos quais é possível verificar o abandono progressivo da noção de prazer e desprazer como causa das ações e a transição para a concepção de que prazer e desprazer são fenômenos secundários, quando considerada a dinâmica de estímulos e impulsos externos e internos ao organismo.