Barbosa, Marina Rosa, Martorelli, Sérgio Bartolomeu de Farias, Diniz, Demóstenes Alves, Cunha, Jéssica da Silva, Martorelli, Fernando de Oliveira, and Holanda, Laís Azevedo Lins de
In 2015, in Northeast Brazil, cases of microcephaly associated with the outbreak of zika virus in South America were identified. This virus is transmitted by the biological vector Aedes aegypti, which also transmits dengue, yellow fever, and chikungunya viruses. The congenital Zika syndrome affected newborns with head circumference smaller than 32 cm, compromising their central nervous system. Besides ocular lesions, hyperexcitability, and hypertonia, newborns also showed intracranial calcifications in imaging exams. If children with congenital Zika syndrome suffer maxillofacial alterations during embryonic development, they could have delayed tooth eruption and malformations. This study aims to perform an integrative review of the current literature about the health conditions of children with congenital Zika virus infection and the possible alterations of their oral cavity. This integrative literature review was performed by searching scientific articles in the PubMed, SciELO, and MEDLINE electronic databases with the descriptors “Zika Virus Infection”, “Zika Virus”, and “Microcephaly”, which deal with clinical case reports and were indexed between 2016 and 2021. About 26 articles published entirely in English were analyzed after meeting the eligibility criteria. The studies contributed to better treatment conducts by showing the neurological, functional, and oral alterations in children with congenital Zika syndrome, including periodontal diseases, malocclusions, dental caries, bruxism, micrognathia, ankyloglossia, short labial frenum, dental trauma, and dysphagia. No nordeste brasileiro, no ano de 2015, foram identificados casos de microcefalia associados ao surto de Zika vírus no continente sul-americano, transmitido pelo vetor biológico Aedes Aegypti, também transmissor dos vírus da dengue, febre amarela, Chikungunya. A síndrome congênita de Zika manifestou-se em recém-nascidos com perímetro cefálico menor de 32 cm, comprometendo o sistema nervoso central, apresentando em exames de imagem calcificações cerebrais, além de lesões oculares, hiperexcitabilidade e hipertonia. As crianças portadoras de síndrome congênita de Zika apresentam possíveis alterações maxilofaciais durante o desenvolvimento embrionário, ocasionando atraso na cronologia de erupção dentária e possíveis malformações. Este estudo busca realizar uma revisão integrativa da literatura atual sobre as condições de saúde e possíveis alterações na cavidade oral das crianças portadoras de infecção congênita por Zika vírus. A revisão integrativa da literatura foi realizada por meio de uma busca de artigos científicos na base de dados eletrônica PubMed, SciELO e MEDLINE, utilizando os descritores “Zika Virus Infection”, “Zika Virus” e “Microcephaly”, indexados no período de 2016 a 2021, que tratavam de relato de caso clínico. Após os critérios de elegibilidade, foram analisados integralmente 26 artigos publicados em língua inglesa. Os estudos mostraram as principais alterações bucais presentes nas crianças portadoras da síndrome congênita de Zika, como doenças periodontais, maloclusões, cárie dentária, bruxismo, micrognatia, anquiloglossia, encurtamento do freio labial, traumatismos dentários e disfagia, assim como as neurológicas e funcionais dos indivíduos, contribuindo para melhores condutas de tratamento.