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O Programa de Pós-Graduação em Ciências do Envelhecimento (PGCE), nível mestrado, foi aprovado pela CAPES em 2009 e iniciou suas atividades em 2010. É o único programa de pós-graduação de uma universidade privada com foco em Gerontologia na cidade de São Paulo. Atualmente, o PGCE está organizado em uma área de concentração denominada Ciências do Envelhecimento e em três linhas de pesquisa: (1) Aspectos educacionais, psicológicos e socioculturais do envelhecimento; (2) Doenças associadas ao envelhecimento; e (3) Saúde e funcionalidade no envelhecimento. Esta revisão narrativa apresenta a descrição dos atuais projetos de pesquisa do PGCE, conforme apresentado no relatório para avaliação de 2017 a 2020, recentemente submetido à CAPES. No período acima referido, a produção científica do PGCE correspondeu a 331 produções: 54 artigos em periódicos, 15 capítulos de livros, 36 trabalhos em anais de congressos, 91 apresentações de trabalhos em congressos e 135 produções técnicas. Ao longo de sua trajetória, algumas mudanças destacaram as características interdisciplinares do PGCE, o que pode ser evidenciado pelo aumento: na qualidade dos artigos publicados, no número de alunos matriculados, de dissertações apresentadas e de projetos de pesquisa e extensão desenvolvidos no período de 2017 a 2020, em comparação com o período de 2013 a 2016. O PGCE é um programa dinâmico que se adapta às necessidades emergentes da sociedade, integra pesquisa e extensão e, ao mesmo tempo, apresenta uma produção robusta para a comunidade científica.

Purpose: To investigate possible differences on quality of life, self-reported chronic diseases and difficulties to access health services between older adults with adequate and inadequate between health literacy (HL) Methods: Thirty older adults were assessed, and the following data were collected: years of education, perception of difficulties to access health services, health insurance, falls, self-reported chronic diseases. The Short Test of Functional Health Literacy in Adults (S-TOFHLA) was used to assess HL and the 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12) to assess QoL. Data were compared between groups with adequate (n=15) and inadequate (n=15) HL using t-tests for independent samples, Mann-Whitney tests and Fisher Exact test, at a significant level of 5%. Results: There was no between-groups difference regarding years of education and SF-12 mental and physical scores. The group with inadequate HL presented perception of less limitation at work or other activities; perception of less difficulty to access health services; and a higher proportion that reported not knowing if they presented chronic diseases. Final considerations: There was no difference between older adults with adequate and inadequate HL regarding quality of life related to the perceptions of limitations and difficulties due to physical and mental health. However, older adults with inadequate HL seem to present a perception of fewer difficulties at work and for accessing health services, besides lower knowledge about presenting chronic diseases. Objetivo: Investigar posibles diferencias en la calidad de vida, enfermedades crónicas autoinformadas y dificultades para acceder a los servicios de salud entre adultos mayores con una alfabetización en salud (AS) adecuada y inadecuada. Métodos: Se evaluaron 30 adultos mayores y recolectaran dados sobre educación, percepción de dificultad para acceder a los servicios de salud, seguro médico, caídas, enfermedades crónicas. Se utilizó lo Short Test of Functional Health Literacy in Adults (S-TOFHLA) para evaluar el AS y lo 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12) para evaluar la CdV. Los datos se compararon entre grupos con AS adecuado (n=15) e inadecuado (n=15) utilizando pruebas t para muestras independientes, pruebas de Mann-Whitney y prueba exacta de Fisher, considerando uma significancia del 5%. Resultados: No hubo diferencias entre los grupos con respecto a los años de educación y las puntuaciones mentales y físicas del SF-12. El grupo con AS inadecuada presentó percepción de menor limitación en el trabajo u otras actividades; percepción de menor dificultad para acceder a los servicios de salud; y una mayor proporción que refirió no saber si presentaban enfermedades crónicas. Consideraciones finales: No hubo diferencia entre adultos mayores con AS adecuado e inadecuado en cuanto a la calidad de vida relacionada con la percepción de limitaciones y dificultades debidas a la salud física y mental. Sin embargo, los adultos mayores con LH inadecuado parecen presentar una percepción de menores dificultades en el trabajo y para acceder a los servicios de salud, además de un menor conocimiento sobre la presentación de enfermedades crónicas. Objetivo: Investigar possíveis diferenças na qualidade de vida, percepção de dificuldade de acesso a serviços de saúde e presença de doenças crônicas em idosos com letramento em saúde (LS) adequado e inadequado. Métodos: Foram avaliados 30 idosos e coletados dados de escolaridade, percepção de dificuldade de acesso a serviços de saúde, ter plano de saúde suplementar, relato de quedas e de doenças crônicas. O LS foi avaliado por meio do Short Test of Functional Health Literacy in Adults e a qualidade de vida por meio do 12-Item Short-Form Health Survey (SF-12). Os dados foram comparados entre grupos de idosos com LS adequado (n=15) e inadequado (n=15) utilizando testes t para amostras independentes, teste de Mann-Whitney e teste exato de Fisher, considerando significância de 5%. Resultados: Não houve diferença entre grupos quanto à escolaridade, escores físico e mental do SF-12. O grupo com LS inadequado apresentou percepção de menor limitação no trabalho ou outras atividades devido à saúde física; percepção de menor dificuldade de acesso a serviços de saúde; e maior proporção não sabia informar se apresentava doenças crônicas. Considerações finais: Não houve diferença na qualidade de vida, avaliada a partir das percepções de limitações e dificuldades devido à saúde física e mental, entre idosos com LS adequado e inadequado. No entanto, idosos com LS inadequado parecem apresentar percepção de menor dificuldade relacionada ao trabalho e acesso a serviços de saúde e menor conhecimento sobre a presença de doenças crônicas.

The aim of this pilot study was to assess the functional health literacy, psychological and physical risk factors for falling in institucionalized elderly, including fear of falling, functional mobility, static and dynamic balance. The importance of considering these aspects in association in future studies on older people was discussed. Este estudio piloto tuvo como objetivo evaluar la alfabetización en salud funcional y los factores de riesgo psicológicos y físicos de caídas en ancianos institucionalizados, incluido el miedo a las caídas, la movilidad funcional y el equilibrio corporal estático y dinámico. Se discutió la importancia de considerar estos factores en conjunto en la evaluación del anciano en futuros estudios. Este estudo-piloto teve como objetivo avaliar o letramento funcional em saúde e fatores de risco psicológicos e físicos para quedas em idosos institucionalizados, incluindo o medo de cair, a mobilidade funcional e o equilíbrio corporal estático e dinâmico. Foi discutida a importância de considerar estes fatores em conjunto na avaliação da pessoa idosa em estudos futuros.

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) The shoulder joint complex highly depends on dynamic stabilization and sensorimotor control to maintain its functional stability. It is known that muscle fatigue causes scapular kinematics alterations and proprioceptive deficits, and both are related with shoulder injuries. Kinesio taping (KT) is an elastic taping that has been widely used in rehabilitation and injuries preventions. Several effects have been attributed to KT, including muscle facilitation and improvement of proprioceptive feedback. Therefore, the main purpose of this thesis was to investigate the effects of KT on scapular kinematics and shoulder proprioception following a muscle fatigue protocol. This thesis is composed of three studies. The objective of the study I was to investigate the relationship between clavicular movements (elevation and retraction) and the EMG signal recorded on three electrode sites: the traditional positioning (between C7 and the acromion) and two different sites proposed for clavicular fibers evaluation. It was concluded that, although the traditional electrode positioning record the signal from fibers inserted on the acromion, its signal presents high correlation with clavicular movement. Therefore, it can be considered representative in healthy subjects. The study II aimed to investigate the effects of KT for lower trapezius facilitation on three-dimensional scapular kinematics of healthy overhead athletes, following a fatigue protocol consisted of repetitive throwing. Regardless a lower fatigue intensity of serratus anterior when KT was applied with tension compared to no tension, there was no effect of taping on scapular kinematics. Furthermore, although there were statistically significant alterations on scapular kinematics following muscle fatigue, the changes were small and were not considered clinically relevant. This finding was attributed to a possible adaptive mechanism of overhead athletes, who, therefore, do not beneficiate with the use of KT. The study III investigated the effects of KT applied over the deltoid muscle on shoulder joint position sense of healthy subjects, following a fatigue protocol, during arm elevation. There was an increase in the repositioning errors following the fatigue protocol, but there was no effect of the taping. The findings of these studies do not support the use of KT to prevent or minimize the effects of muscle fatigue on scapular kinematics of healthy overhead athletes and shoulder proprioception of healthy subjects. O complexo do ombro depende altamente de seus estabilizadores dinâmicos e do controle sensório-motor para manutenção de sua estabilidade funcional. Sabe-se que a fadiga muscular altera a cinemática da escápula e causa déficits proprioceptivos, o que pode contribuir para as disfunções do ombro. Kinesio taping (KT) é uma bandagem elástica que vem sendo amplamente utilizada na reabilitação e prevenção de lesões. Diversos efeitos são atribuídos ao KT, dentre eles a facilitação muscular e a melhora do feedback proprioceptivo. Sendo assim, o objetivo principal desta tese foi investigar os efeitos do KT na cinemática escapular e propriocepção do ombro após um protocolo de fadiga muscular. Esta tese é composta por três estudos. O estudo I foi desenvolvido na fase de adequação metodológica do estudo II e teve como objetivo investigar a relação entre os movimentos da elevação e retração da clavícula e o sinal EMG capturado em três posicionamento de eletrodo: o posicionamento tradicional (entre C7 e o acrômio) e dois posicionamentos propostos na literatura para a avaliação das fibras claviculares do trapézio. Este estudo concluiu que, embora avalie as fibras que se inserem no acrômio, o sinal capturado no posicionamento tradicional apresenta forte correlação com os movimentos da clavícula, sendo representativo em sujeitos saudáveis. O estudo II teve como objetivo investigar os efeitos do KT para facilitação do trapézio inferior na cinemática escapular tridimensional durante a elevação do braço, em atletas arremessadores saudáveis, após um protocolo de fadiga constituído por arremessos. Embora tenha sido encontrada uma menor intensidade de fadiga do serrátil anterior com o uso do KT com tensão, comparado a uma técnica sem tensão, não houve efeito na cinemática escapular. Além disso, as alterações na cinemática escapular após a fadiga, embora significativas, foram de pequena amplitude, não sendo consideradas clinicamente importantes. Este achado foi atribuído a um possível mecanismo de adaptação destes atletas que, portanto, não se beneficiam do uso do KT. O estudo III avaliou os efeitos do KT aplicado sobre o músculo deltóide no senso de posição articular durante a elevação do ombro, em sujeitos saudáveis, após fadiga muscular. Foi observado um aumento no erro durante os testes de reposicionamento ativo após o protocolo de fadiga, nos maiores ângulos de elevação, mas sem efeito do KT. Os resultados destes estudos não suportam o uso do KT para prevenir ou minimizar os efeitos da fadiga muscular na cinemática escapular de atletas arremessadores e na propriocepção do ombro de indivíduos saudáveis. FAPESP: 2012/05146-0 FAPESP: 2013/14081-2 CNPq: 477699/2012-0

Universidade Federal de Minas Gerais Repetitive throwing movement causes adaptations to athletes shoulders and predisposes them to the development of impingement symptoms. The objective of this study was to investigate if there are alterations in sensorimotor control and in the functional torque ratio of shoulder rotation in overhead athletes with impingement symptoms and to distinguish these from alterations due to sporting practice. To this end, three groups of subjects were evaluated: athletes with impingement symptoms, asymptomatic athletes and a control group of nonathletes. The participants were evaluated with a Biodex System 3 isokinetic dynamometer in a seated position with the shoulder at 90º of adduction and 90º of elbow flexion. Sensorimotor control was evaluated using an isometric torque steadiness evaluation. The isometric peak torque and submaximal torque steadiness at 35% peak torque were tested during medial rotation and lateral rotation of the shoulder. For each submaximal repetition, the standard deviation, coefficient of variation and time to stability were calculated. Only the standard deviation during medial rotation was greater in asymptomatic athletes than in control group. The isokinetic evaluation was carried out at the velocities 90°/s e 180°/s and 240°/ in concentric and eccentric modes. Peak torque-to-body weight and the functional torque ratios LREcc/MRCon and MREcc/LRCon were compared between groups. Asymptomatic athletes presented greater peak torque-to-body weight for concentric medial rotation at 180°/s and a lower LREcc/MRCon ratio at 90°/s and 180°/s than CG. The velocity 240°/s was excluded from the analyses because many participants were unable to reach the predetermined velocity in the eccentric tests, principally during lateral rotations. This difficulty was attributed to the low peak torque of lateral rotation that could be generated in this position. Overall, the results demonstrated that overhead sports training leads to adaptations in maximal torque and in the torque steadiness of medial rotation in healthy athletes, which may be related to throwing performance. Nevertheless, it is not possible to conclude that such alterations predispose these athletes to injury, since athletes with impingement symptoms group was not significantly different from the other groups in any of the evaluations. O movimento repetitivo de arremesso gera adaptações no ombro de atletas, e os predispõe ao desenvolvimento de sintomas de impacto. O objetivo deste estudo foi investigar se há alterações no controle sensório-motor e na relação funcional de torque isocinético de rotação do ombro em atletas arremessadores com sintomas de impacto e diferenciar daquelas relacionadas a adaptações da prática esportiva. Sendo assim, foram avaliados três grupos de indivíduos: atletas com sintomas de impacto, atletas assintomáticos e um grupo controle de sujeitos não treinados. Os participantes foram avaliados no dinamômetro isocinético Biodex System 3, sentados, com o ombro posicionado a 90º de abdução e 90º de flexão do cotovelo. O controle sensório-motor foi avaliado por meio da flutuação do torque isométrico submáximo. O pico de torque isométrico e a flutuação do torque a 35% do pico de torque isométrico foram avaliados durante as rotações medial e lateral do ombro. Para cada repetição submáxima foram calculados o desvio-padrão, o coeficiente de variação e o tempo para atingir a estabilidade. Apenas o desvio-padrão de rotação medial foi maior no grupo de atletas assintomáticos comparado ao grupo controle. A avaliação isocinética foi realizada nas velocidades de 90°/s, 180°/s e 240°/s, nos modos concêntrico e excêntrico. O pico de torque/peso corporal e as relações funcionais de torque de rotação lateral excêntrico/rotação medial concêntrico (RLExc/RMCon) e rotação medial excêntrico/rotação lateral concêntrico (RMExc/RLCon) foram comparados entre os grupos. O grupo de atletas assintomáticos apresentou maior pico de torque/peso corporal de rotação medial concêntrica, a 180°/s, e menor relação RLExc/RMCon, a 90°/s e 180°/s, quando comparado ao controle. A velocidade de 240°/s foi excluída das análises, pois muitos participantes não conseguiram atingir a velocidade pré-determinada nos testes excêntricos, principalmente de rotação lateral. Essa dificuldade foi atribuída ao baixo pico de torque de rotação lateral capaz de ser gerado nessa posição. Em conjunto, os resultados demonstram que o treino de arremesso gera adaptações no torque máximo e na flutuação do torque submáximo de rotação medial em arremessadores saudáveis, possivelmente relacionados ao desempenho do arremesso. Entretanto, não é possível concluir se estas alterações predispõem esses atletas ao desenvolvimento de lesões, uma vez que o grupo de atletas com sintomas de impacto não se apresentou diferente dos outros grupos em nenhuma das situações avaliadas.

The overhead throwing motion is a complex dynamic activity involving the entire body and this task requires high velocity, high load and a large range of motion with a high degree of precision. This task require a kinetic chain to transfer the force from lower limbs to the trunk and then to the upper limbs, thus allowing a optimum throwing performance. Appearing from this segment interdependence for throwing performance, the assessment of trunk and upper limb function in throwing athletes needs investigation, especially in the adolescent population. The first manuscript of this dissertation was a methodological study aimed at evaluating the reliability and validity of a video analysis of trunk muscle endurance tests in adolescents’ throwers. Fifty-nine male and female athletes between 15 and 18 years old participated. The isometric endurance time of extensor, anterior flexors and right/left lateral flexors trunk muscles which were evaluated by McGill Test by qualitative criterion (VISUAL) and quantitative by bidimensional kinematics analysis (GREATER ISOMETRY). We used Intraclass Correlation Coefficient for reliability, Pearson and Spearman correlation for validity, and Bland Altman plot for agreement. Video analysis using VISUAL or GREATER ISOMETRY criteria to assess trunk endurance in adolescents has excellent reliability and validity in identifying position changes during testing in adolescent athletes. However, these measures do not agree, so the methods are not equivalent. The second paper was an observational study aimed at comparing between genders and analyzing the relationship of trunk endurance and shoulder rotation strength with upper limb functional performance in adolescent throwers. Trunk endurance was assessed by the McGill test (VISUAL and GREATER ISOMETRY, shoulder rotation isometric strength by a hand-held dynamometer, and dominant upper limb functional performance by Y Balance Test Upper Quarter (YBTUQ) and Closed Kinetic Chain Upper Extremity Stability Test (CKCUEST) in 54 healthy handball and volleyball players, both gender. It was concluded that boys have higher trunk lateral flexor strength, shoulder rotation strength and power score by CKCUEST; and there is a relationship between extensor, lateral flexors trunk endurance, shoulder rotation isometric strength and dominant upper limb functional performance in adolescent throwers, mostly with height normalized CKCUEST scores. O arremesso com o braço acima da cabeça é uma atividade dinâmica complexa que envolve todo corpo e requer alta velocidade e grande amplitude de movimento com alto grau de precisão. Esta tarefa exige uma cadeia cinética de transferência de força dos membros inferiores para o tronco e então para o membro superior, permitindo assim um desempenho ótimo de arremesso. Aparecer dessa interdependência dos segmentos para o desempenho do arremesso, a avaliação da função do tronco e dos membros superiores em atletas arremessadores carece de investigação, especialmente na população adolescente. O primeiro manuscrito dessa dissertação foi um estudo metodológico com o objetivo de avaliar a confiabilidade e validade de uma análise por vídeo dos testes de resistência dos músculos do tronco em arremessadores adolescentes. Participaram 59 atletas arremessadores, de ambos os sexos, com idade entre 15 e 18 anos. O tempo de resistência isométrica dos músculos extensores, flexores anteriores e flexores laterais direito e esquerdo do tronco foram avaliados pelo teste de McGill por vídeo de forma qualitativa (VISUAL) e quantitativa por análise cinemática bidimensional (MAIOR ISOMETRIA). Foram avaliadas a confiabilidade (coeficiente de correlação intraclasse), validade (correlação de Pearson e Spearman) e concordância (gráfico de Bland Altman) entre os critérios. A análise por vídeo utilizando o critério VISUAL ou MAIOR ISOMETRIA apresentou excelente confiabilidade e validade para identificar mudanças de posição durante os testes em atletas adolescentes. No entanto, essas medidas não apresentaram concordância de forma que os métodos não foram equivalentes. O segundo manuscrito comparou e relacionou a resistência do tronco e a força dos músculos rotadores do ombro com o desempenho funcional do membro superior em arremessadores adolescentes do sexo masculino e feminino. Cinquenta e quatro atletas foram avaliados para a resistência do tronco pelo teste de McGill (critérios VISUAL e MAIOR ISOMETRIA), força isométrica dos rotadores do ombro pela dinamometria manual e para o desempenho funcional do membro superior dominante pelos testes Y Balance Test Upper Quarter (YBTUQ) e do Closed Kinetic Chain Upper Extremity Stabilty Test (CKCUEST). Os meninos apresentaram maior resistência dos flexores laterais do tronco, força dos rotadores do ombro e potência no CKCUEST. Houve relação da resistência dos extensores, flexores laterais do tronco, da força isométrica dos rotadores do ombro com o desempenho funcional do membro superior dominante em arremessadores adolescentes, principalmente nos escores do CKCUEST normalizados pela estatura.

Introdução: Aspectos posturais e demais variáveis biomecânicas da coluna apresentam relação com a dinâmica escapular. No entanto, essas relações não são claras em indivíduos sem queixas de dor nos ombros ou coluna. Objetivo: Avaliar a postura, flexibilidade muscular, amplitude de movimento e força da musculatura da coluna cervical e toracolombar em indivíduos assintomáticos com e sem discinese escapular. Métodos: 52 indivíduos foram divididos em dois grupos: sem discinese escapular (idade 22,95±2,86) e com discinese escapular (idade 22,06±2,73). Foram avaliadas a discinese escapular por meio do Scapular Dyskinesis Test, a postura do quadrante superior do corpo através da biofotogrametria, o comprimento do peitoral menor e elevador da escápula com uma fita métrica, as amplitudes de movimento de flexão, extensão, flexão lateral das colunas cervical e toracolombar e rotação da coluna cervical foram avaliadas com um inclinômetro digital, e a força máxima dos músculos flexores, extensores e flexores laterais cervicais e toracolombar com um dinamômetro manual. Para todas as variáveis, a comparação entre os grupos foi utilizada por meio da análise de variância (ANOVA one way), considerando p≤0,05. Resultados: Não foi observada diferença (p>0,05) entre os grupos para nenhuma das variáveis. Conclusão: Os aspectos de postura, mobilidade e força muscular da coluna vertebral não se diferem entre em indivíduos com ou sem discinese escapular. Introduction: Postural aspects and other variables of the spine are related to the scapula dynamics. However, the relationships are not clear in individuals without complaints of pain in the shoulder or spine. Objective: to evaluate the flexibility, muscle flexibility, range of motion and strength of the cervical and thoracolumbar spine musculature in asymptomatic individuals with and without scapular dyskinesis. Methods: Fifty-two individuals were divided into two groups: scapular free (age 22.95 ± 2.86) and scapular dyskinesis (age 22.06 ± 2.73). A scapular dyskinesis was evaluated through the Scapular Dyskinesis Test, a posture of the upper quadrant of the body through biophotogrammetry, such as flexion, extension, lateral flexion of the cervical and thoracolumbar spine and cervical spine rotation were evaluated with a digital inclinometer, and maximal strength of the flexor, extensor and lateral flexor cervical and thoracolumbar muscles with a manual dynamometer. For all variables, a comparison between the groups was used through analysis of variance (ANOVA one way), considering p≤0.05. Results: There was no difference (p> 0.05) between the groups for any of the variables. Conclusion: The aspects of posture, mobility and muscular strength of the spine do not differ between individuals with or without scapular dyskinesis.

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Introduction: The shoulder joint is considered unstable due to poor bone congruence and due to being exposed to large ranges of motion. The scapular muscles provide a stable base for the humerus during movements at extreme amplitudes of arm elevation above the head. The scapular protractors are continually required during different activities of daily living and sports. Considering the biomechanical aspects of the protractors, some studies have reported different methods of evaluating their strength using the hand held dynamometer (HHD). Despite the HHD is an instrument that has demonstrated excellent reliability and validity for measures of muscular strength in the lower and upper limbs, there is a lack of studies that tested and found the validity of the HHD force measurements for the scapular protractors in relation to the dynamometer isokinetic considered gold standard for these measures. Objective: To perform a concurrent validity of the HHD scapular protraction measures at two different positions in three different populations. Methods: Sixty subjects of both sexes, divided into three groups, group glenoumeral instability (GI), swimmers group (SG) and healthy group (HG) participated in the study. All subjects were evaluated by the HHD in two positions, sitting and supine position, and by Biodex. Results: A moderate correlation was found between the HHD measurements in the sitting and supine positions in relation to Biodex for all individuals. There was a strong correlation between the measurements of HHD in sitting position and Biodex for all groups. Conclusion: The data suggest that the HHD is a valid instrument to measure the force of the protractors of the scapula in the sitting position, since these measures are closer to the measures of the Biodex and to provide better stability than the position lying in supine, independent of the shoulder condition. Introdução: A articulação do ombro é considerada instável devido à pobre congruência óssea e devido a estar exposta a grandes amplitudes de movimento. Os músculos escapulares proporcionam uma base estável para o úmero, durante os movimentos em amplitudes extremas de elevação do braço acima da cabeça. Os protratores da escápula são continuamente exigidos durante diferentes atividades de vida diária e esportivas. Considerando os aspectos biomecânicos dos protratores, alguns estudos têm reportado diferentes métodos de avaliação da sua força usando o dinamômetro hand held (HHD). Apesar de ser um instrumento que tem demonstrado excelente confiabilidade e validade para as medidas de força muscular nos membros inferiores e superiores, existe uma escassez de estudos que testaram e encontraram a validade das medidas de força do HHD para os protratores da escápula em relação ao dinamômetro isocinético considerado padrão ouro para essas medidas. Objetivo: Foi realizar uma validação concorrente das medidas de protração escapular do HHD em duas posições diferentes, em três diferentes populações. Métodos: Participaram do estudo 60 sujeitos de ambos os sexos, divididos em três grupos, grupo instabilidade glenoumeral (GI), grupo nadadores (GN) e grupo saudáveis (GS). Todos os sujeitos foram avaliados pelo HHD em duas posições, decúbito dorsal e sentado e também pelo Biodex. Resultados: Foi encontrada uma correlação moderada entre as medidas de HHD nas posições sentada e deitada em relação ao Biodex para todos os indivíduos. Houve forte correlação entre as medidas do HHD na posição sentado e Biodex para todos os grupos. Conclusão: Os dados encontrados sugerem que o HHD é uma ferramenta válida para medir a força dos protratores da escápula na posição sentado, uma vez que essas medidas estão mais próximas das medidas do Biodex e por proporcionar melhor estabilidade que a posição deitada em supino, independente da condição do ombro.