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As mudanças no ensino de Geografia no Brasil têm sido, nos últimos anos, cada vez mais perceptíveis a partir das práticas escolares dos professores dessa disciplina, do desenvolvimento de pesquisas sobre educação geográfica e da publicação de documentos oficiais que orientam o trabalho docente. Essas alterações nem sempre foram/são positivas, contudo estão ocorrendo e transformam o processo de ensino-aprendizagem de Geografia na escola. Diante dessa situação temos como foco neste artigo discutir e refletir algumas mudanças que aconteceram no ensino de Geografia que foram representativas na construção e/ou concepção do trabalho escolar dessa ciência e que marcam e se materializam numa ação efetiva da Cartografia escolar. Para isso será fundamental resgatar os desafios e entraves destacados por alguns estudiosos, e que ainda persistem em muitas práticas docentes, como a ação mnemônica, valorização da descrição, fragmentação do saber e a negligência do mapa. Para superar esses contextos, salientamos a contribuição de pesquisas na área de ensino de Geografia que buscaram fortalecer o trabalho docente assentado no destaque aos conceitos geográficos, análise escalar e cotidiano, e que se tornaram referências para o desenvolvimento das práticas escolares dessa disciplina na Educação Básica, principalmente no que tange a Cartografia escolar.

Due to the Covid-19 pandemic, several institutions and government entities developed online platforms to represent the distribution and the increase in the number of people infected and deaths by this illness. These tools available online grant the comprehension of the spatialization and propagation of the new coronavirus on various cartographic scales, as well as enabling the geographical analysis of this phenomenon. In light of this context, a group of researchers in the area of Geography teaching idealized the construction of didactic-pedagogical guiding material entitled “The Cartography of Covid-19: guidance for use in a school environment”, seeking to contribute to the practice of Geography teachers in basic education. In this sense, this article presents the conception and the goal of this material and the possibilities to explore these platforms in the process of teaching-learning of Geography in schools., Em decorrência da pandemia da Covid-19, diversas instituições e órgãos governamentais desenvolveram plataformas online para a representação da distribuição e do incremento do número de contaminados e de óbitos por esta enfermidade. Essas ferramentas disponibilizadas na internet possibilitam a compreensão da espacialização e disseminação do novo coronavírus em distintas escalas cartográficas, bem como permitem a leitura e a análise geográfica deste fenômeno. Diante desse contexto, um grupo de pesquisadores da área de ensino de Geografia idealizou a construção de um material de orientação didático-pedagógica intitulado “Cartografia da Covid-19: orientações para o uso no ambiente escolar”, tendo a perspectiva de contribuir com a prática escolar dos professores de Geografia da educação básica. Neste sentido, este artigo apresenta a concepção e a proposta deste material, assim como as possibilidades de exploração dessas plataformas para o processo de ensino-aprendizagem da Geografia escolar.

Resumo Em decorrência da pandemia da Covid-19, diversas instituições e órgãos governamentais desenvolveram plataformas online para a representação da distribuição e do incremento do número de contaminados e de óbitos por esta enfermidade. Essas ferramentas disponibilizadas na internet possibilitam a compreensão da espacialização e disseminação do novo coronavírus em distintas escalas cartográficas, bem como permitem a leitura e a análise geográfica deste fenômeno. Diante desse contexto, um grupo de pesquisadores da área de ensino de Geografia idealizou a construção de um material de orientação didático-pedagógica intitulado “Cartografia da Covid-19: orientações para o uso no ambiente escolar”, tendo a perspectiva de contribuir com a prática escolar dos professores de Geografia da educação básica. Neste sentido, este artigo apresenta a concepção e a proposta deste material, assim como as possibilidades de exploração dessas plataformas para o processo de ensino-aprendizagem da Geografia escolar.

Em decorrência da pandemia da Covid-19, diversas instituições e órgãos governamentais desenvolveram plataformas online para a representação da distribuição e do incremento do número de contaminados e de óbitos por esta enfermidade. Essas ferramentas disponibilizadas na internet possibilitam a compreensão da espacialização e disseminação do novo coronavírus em distintas escalas cartográficas, bem como permitem a leitura e a análise geográfica deste fenômeno. Diante desse contexto, um grupo de pesquisadores da área de ensino de Geografia idealizou a construção de um material de orientação didático-pedagógica intitulado “Cartografia da Covid-19: orientações para o uso no ambiente escolar”, tendo a perspectiva de contribuir com a prática escolar dos professores de Geografia da educação básica. Neste sentido, este artigo apresenta a concepção e a proposta deste material, assim como as possibilidades de exploração dessas plataformas para o processo de ensino-aprendizagem da Geografia escolar., Finisterra, vol. 55 n.º 115 (AOP) (2020): Número especial: COVID-19

This text paper shows refers to the postdoctoral internship that had as its goal the analysis of how Geography teachers from Childhood to Higher Education deal with the map as cartographic language in their classes in Madrid (Spain) and in Goiânia (Brazil), from the perspective of contributing to the geographic education. With that purpose in mind, interviews were conducted with a reduced group of working teachers from different scholar levels. As a result, it was noticed that the map has been valued in these teachers’ Geography classes, however, mainly from the perspective of the spatial thought by Spanish teachers, whereas Brazilian teachers link the map to daily readings and practices. Yet, as these teachers’ academic training was heavily tied to Cartography in an Euclidian perspective, the work with maps revealed itself greatly associated with the teaching of cartographic subjects. It is expected to identify similarities and differences between these teachers’ practices with this study, as well as to better guide the work with the cartographic language in Geography classes using the obtained analyses. Keywords: Map; Cartographic language; Geography teaching; Teachers’ academic training. El artículo presenta los resultados de una estancia postdoctoral que tuvo como objetivo analizar el uso del mapa, en tanto lenguaje cartográfico para contribuir a la educación geográfica, en la enseñanza obligatoria y superior en Madrid (España) y Goiânia (Brasil). La metodología cualitativa consistió en la realización de entrevistas semiestructuradas a un grupo de profesores de las dos regiones. El resultado muestra la importancia del uso del mapa en el aula desde la perspectiva del pensamiento espacial para los docentes españoles, mientras que los docentes brasileños relacionan el mapa con las lecturas y prácticas de la vida cotidiana. Asimismo, se ha comprobado que en la formación inicial del profesorado existe un uso de la cartografía vinculada a la perspectiva euclidiana. El planteamiento docente se relaciona con una enseñanza del mapa desde los contenidos conceptuales cartográficos. Esta investigación pretende identificar las semejanzas y diferencias entre los docentes a lo largo de la enseñanza, tras el análisis que conduce a orientar la implementación del lenguaje cartográfico en el aula. Palabras clave: Mapa; Lenguaje cartográfico; Enseñanza de la geografía; Formación de profesorado. Este texto apresenta resultados de um estágio de pós-doutorado que teve como objetivo analisar como os professores de Geografia da Educação Infantil até o Ensino Superior de Madrid (Espanha) e de Goiânia (Brasil) trabalham com o mapa, enquanto linguagem cartográfica, em suas aulas na perspectiva de contribuir para a educação geográfica. Para isso foram realizadas entrevistas a um grupo de professores em exercício que atuam em distintos níveis escolares. Como resultado, observou-se que o mapa nas aulas de Geografia desses docentes tem sido valorizado, porém mais na perspectiva do pensamento espacial para os professores espanhóis, enquanto que os docentes brasileiros relacionam o mapa nas leituras e práticas do cotidiano. Contudo, como a formação inicial desses professores esteve vinculada fortemente à Cartografia numa perspectiva euclidiana, o trabalho com o mapa se revelou mais associado ao ensino dos conteúdos cartográficos. Espera-se com este estudo identificar proximidades e diferenças entre as práticas desses professores e que as análises provenientes possam orientar melhor o trabalho com a linguagem cartográfica nas aulas de Geografia. Palavras-chave: Mapa; Linguagem cartográfica; Ensino de Geografia; Formação de Professores.

Made available in DSpace on 2014-06-11T19:33:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-09-02Bitstream added on 2014-06-13T20:45:24Z : No. of bitstreams: 1 richter_d_dr_prud.pdf: 14474536 bytes, checksum: 172a8796fba235950667cc67e8d55f1f (MD5) PROPG A Educação Básica é responsável pela formação escolar do indivíduo durante onze anos, no mínimo. Ao longo desse processo, o estudante tem contato com o conhecimento científico provindo das diversas disciplinas que fazem parte do currículo da escola. Cada uma dessas disciplinas possui seus objetivos e contribuições para a aprendizagem do aluno e que o ajudam a compreender os contextos que interferem na organização da realidade, seja na perspectiva das relações sociais, culturais, políticas, ambientais-naturais etc. Dentre essas disciplinas, destacamos a presença da Geografia como conhecimento necessário para a formação intelectual do indivíduo. Essa ciência tem a responsabilidade de desenvolver uma leitura espacial dos inúmeros contextos que interferem na produção da sociedade, fato que caracteriza a própria Geografia e, portanto, a diferencia das demais áreas do saber. Nesse sentido, um estudante que teve contato com o conhecimento específico da Geografia, durante a Educação Básica, deve ser capaz de interpretar os elementos do cotidiano, da realidade, sob a perspectiva espacial - o que... Basic Education is responsible for the school training of an individual for at least eleven years. Throughout this process, the student has contact with the scientific knowledge coming from various subjects which are part of the school curriculum. Each of these subjects has their objectives and contributions to the student learning which help them understand the contexts which influence in the organization of the reality, whether from the perspective of social, cultural, political, natural-environmental, etc. Among these subjects, we highlight the presence of geography as knowledge necessary for the intellectual training of the individual. This science has the responsibility to develop a spatial reading of the many contexts that influence the production of society, a fact... (Complete abstract click electronic access below)

Aquaculture is a burgeoning industry, requiring diversification into new farmed species, which are often at risk from infectious disease. We used a mesocosm technique to investigate the susceptibility of sharpsnout seabream (Diplodus puntazzo) larvae to potential environmental pathogens in seawater compared to control borehole water. Fish exposed to seawater succumbed to epitheliocystis from 21 days post hatching, causing mortality in a quarter of the hosts. The pathogen responsible was not chlamydial, as is often found in epitheliocystis, but a novel species of the γ-proteobacterial genus Endozoicomonas. Detailed characterisation of this pathogen within the infectious lesions using high resolution fluorescent and electron microscopy showed densely packed rod shaped bacteria. A draft genome sequence of this uncultured bacterium was obtained from preserved material. Comparison with the genome of the Endozoicomonas elysicola type strain shows that the genome of Ca. Endozoicomonas cretensis is undergoing decay through loss of functional genes and insertion sequence expansion, often indicative of adaptation to a new niche or restriction to an alternative lifestyle. These results demonstrate the advantage of mesocosm studies for investigating the effect of environmental bacteria on susceptible hosts and provide an important insight into the genome dynamics of a novel fish pathogen.

Aquaculture is a burgeoning industry, requiring diversification into new farmed species, which are often at risk from infectious disease. We used a mesocosm technique to investigate the susceptibility of sharpsnout seabream (Diplodus puntazzo) larvae to potential environmental pathogens in seawater compared to control borehole water. Fish exposed to seawater succumbed to epitheliocystis from 21 days post hatching, causing mortality in a quarter of the hosts. The pathogen responsible was not chlamydial, as is often found in epitheliocystis, but a novel species of the γ-proteobacterial genus Endozoicomonas. Detailed characterisation of this pathogen within the infectious lesions using high resolution fluorescent and electron microscopy showed densely packed rod shaped bacteria. A draft genome sequence of this uncultured bacterium was obtained from preserved material. Comparison with the genome of the Endozoicomonas elysicola type strain shows that the genome of Ca. Endozoicomonas cretensis is undergoing decay through loss of functional genes and insertion sequence expansion, often indicative of adaptation to a new niche or restriction to an alternative lifestyle. These results demonstrate the advantage of mesocosm studies for investigating the effect of environmental bacteria on susceptible hosts and provide an important insight into the genome dynamics of a novel fish pathogen., Scientific Reports, 5, ISSN:2045-2322

Chlamydia are obligate intracellular bacteria and important pathogens of humans and animals. Chlamydia-related bacteria are also major fish pathogens, infecting epithelial cells of the gills and skin to cause the disease epitheliocystis. Given the wide distribution, ancient origins and spectacular diversity of bony fishes, this group offers a rich resource for the identification and isolation of novel Chlamydia. The broad-nosed pipefish (Syngnathus typhle) is a widely distributed and genetically diverse temperate fish species, susceptible to epitheliocystis across much of its range. We describe here a new bacterial species, Candidatus Syngnamydia venezia; epitheliocystis agent of S. typhle and close relative to other chlamydial pathogens which are known to infect diverse hosts ranging from invertebrates to humans

Chlamydia are obligate intracellular bacteria and important pathogens of humans and animals. Chlamydia-related bacteria are also major fish pathogens, infecting epithelial cells of the gills and skin to cause the disease epitheliocystis. Given the wide distribution, ancient origins and spectacular diversity of bony fishes, this group offers a rich resource for the identification and isolation of novel Chlamydia. The broad-nosed pipefish (Syngnathus typhle) is a widely distributed and genetically diverse temperate fish species, susceptible to epitheliocystis across much of its range. We describe here a new bacterial species, Candidatus Syngnamydia venezia; epitheliocystis agent of S. typhle and close relative to other chlamydial pathogens which are known to infect diverse hosts ranging from invertebrates to humans., PLoS ONE, 8 (8), ISSN:1932-6203

Sendo a Inclusão Escolar obrigatória em todos os níveis e modalidades de ensino, e tendo ainda o professor como Norte na efetivação desse processo, com seu papel de mediador no processo de ensino e aprendizagem e frente a possíveis demandas de trabalho com estudantes cegos no Ensino Básico, uma vez que, neste contexto, aulas de Geografia quando inclusivas, exigem recursos inclusivos que permitam acessibilidade e seus usos requererem também metodologias adequadas, sendo também é importante discutir as formas como esses recursos são mobilizados em sala de aula. uma vez que no contexto escolar, quando se trata de inclusão de pessoas cegas ou com baixa visão, o emprego de recursos e metodologias adequados se fazem imprescindíveis. Uma vez que a revisão de literatura sobre inclusão escolar de estudantes cegos (VASCONCELOS, 1993; CARMO 2009, 2011; VENTORINI e FREITAS, 2003, 2011; FREITAS, 2011, 2017) aponta que a ausência de formação profissional adequada dos professores pode dificultar ou até impossibilitar a contemplação da efetiva Inclusão Escolar por meio da Cartografia Tátil como recurso didático, quer seja em sua adequação ou em seu efetivo uso. Desse modo esta pesquisa objetivou-se em compreender como tem ocorrido a formação de professores de Geografia, voltada à inclusão de estudantes cegos por meio da Cartografia Tátil, sobretudo após 2015 com a promulgação da Lei Brasileira de Inclusão-LBI. Para isso, em 14 cursos de Licenciaturas em Geografia de Instituições de Ensino Superior públicas distribuídas nos estados de Goiás e Pará, procederam-se análises tanto nos PPCs buscando a presença, ou não, da Cartografia Tátil enquanto conteúdo de disciplinas ou como atividades complementares, quanto também análises nas projeções desses cursos, através de seus dirigentes sobre Inclusão e uso da Cartografia Tátil na formação inicial e ainda com professores responsáveis por disciplinas que abordam Cartografia Tátil, sobre a percepção da formação atuação com estudantes cegos, onde pudemos perceber que na maioria dos cursos analisados, tanto o preparo para atuação com estudantes cegos quanto abordagens com Cartografia Tátil não se fazem presentes, indo de encontro ao que preconiza a LBI, mas que nas projeção da maioria desses cursos está essa adequação já nos próximos anos. Since School Inclusion is mandatory at all levels and teaching modalities, and with the teacher as the North in the effectiveness of this process, with his role as a mediator in the teaching and learning process and in the face of possible demands of work with blind students in Basic Education , since, in this context, Geography classes, when inclusive, require inclusive resources that allow accessibility and their uses also require adequate methodologies, and it is also important to discuss the ways in which these resources are mobilized in the classroom. since in the school context, when it comes to the inclusion of people who are blind or have low vision, the use of adequate resources and methodologies are essential. Since the literature review on school inclusion of blind students (VASCONCELOS, 1993; CARMO 2009, 2011; VENTORINI e FREITAS, 2003, 2011; FREITAS, 2011, 2017) points out that the absence of adequate professional training for teachers can make it difficult or even impossible to contemplate effective School Inclusion through Tactile Cartography as a didactic resource, whether in its adequacy or in its effective use. Thus, this research aimed to understand how the training of Geography teachers has occurred, focused on the inclusion of blind students through Tactile Cartography, especially after 2015 with the enactment of the Brazilian Inclusion Law. For this, in 14 Licentiate courses in Geography of public Higher Education Institutions distributed in the states of Goiás and Pará, analyzes were carried out both in the PPCs seeking the presence, or not, of Tactile Cartography as content of disciplines or as complementary activities, as well as analyzes in the projections of these courses, through their leaders on Inclusion and use of Tactile Cartography in initial training and even with teachers responsible for disciplines that address Tactile Cartography, on the perception of training working with blind students, where we could see that in most Of the analyzed courses, both the preparation for working with blind students and approaches with Tactile Cartography are not present, going against what the LBI advocates, but that in the projections of most of these courses this adequacy will come in the coming years.

O trabalho aqui apresentado é fruto de uma série de inquietações de interesse pela Educação, pela Geografia, e pela sociedade. Refletimos sobre elementos do universo da Educação Inclusiva, das Linguagens, da Educação Geográfica e do Pensamento Geográfico, entendendo que a falta de uma melhor articulação e sistematização no uso de Linguagens Sensoriais para o ensino de Geografia aos deficientes visuais acarreta entendimentos frágeis que não potencializam a significação aos fenômenos do cotidiano que ocorrem no espaço urbano. Dito isto, neste texto, objetivamos compreender as possibilidades apresentadas pelas Linguagens Sensoriais nas ações cognitivas dos deficientes visuais no desenvolvimento de Pensamento Geográfico sobre a Cidade com fins à inclusão escolar e às práticas da cidadania. Metodologicamente, a abordagem da pesquisa é qualitativa, e os procedimentos para coleta de dados foram diversos, sendo estes, levantamentos bibliográficos e documentais, observações, entrevistas (narrativas e estruturadas), e rodas de conversa/oficinas temáticas que auxiliaram na produção de uma proposta para mediação didática de professores de Geografia. Os nossos sujeitos pesquisados são estudantes com Deficiência Visual apoiados pelo Centro Brasileiro de Reabilitação e Apoio ao Deficiente Visual – CEBRAV e matriculados em instituições escolares da Cidade de Goiânia/GO, bem como os professores de alguns desses estudantes que aceitaram participar na pesquisa e que autorizaram a observação das aulas de Geografia em que atuam. Ao final da pesquisa e do texto aqui apresentado, defendemos a tese de que o uso de linguagem sensorial, de forma individual ou conjunta com outros vieses linguísticos sensórios, no contexto de mediação didática na Educação Geográfica, em salas de aula, com a presença de pessoas com Deficiência Visual, é capaz de possibilitar, minimamente, no trabalho com os conceitos de Paisagem e Lugar, a construção de espacialidades e Pensamento Geográfico lídimo relativo aos fenômenos desencadeados nas cidades. Deste modo, tais possibilidades permitem aprender geograficamente sobre o espaço urbano, com fins para a cidadania, compreendida como processo cultural que se concretiza enquanto práticas socioespaciais cotidianas, alinhada com os direitos universais. The work presented here is the result of a series of concerns of interest in Education, Geography, and society. We reflect on elements of the universe of Inclusive Education, Languages, Geographic Education and Geographic Thinking, understanding that the lack of better articulation and systematization in the use of Sensory Languages for the teaching of Geography to the visually impaired leads to fragile understandings that do not enhance the meaning to everyday phenomena that occur in urban space. That said, in this text, we aim to understand the possibilities presented by Sensory Languages in the cognitive actions of the visually impaired in the development of Geographical Thinking about the City with the aim of school inclusion and citizenship practices. Methodologically, the research approach is qualitative, and the procedures for data collection were diverse, being these, bibliographic and documentary surveys, observations, interviews (narrative and structured), and conversation circles/thematic workshops that helped in the production of a proposal for didactic mediation of Geography teachers. Our research subjects are students with Visual Impairment supported by the Brazilian Center for Rehabilitation and Support for the Visually Impaired - CEBRAV and enrolled in school institutions in the City of Goiânia/GO, as well as the teachers of some of these students who agreed to participate in the research and who authorized observation of the Geography classes in which they work. At the end of the research and the text presented here, we defend the thesis that the use of sensory language, individually or together with other sensory linguistic biases, in the context of didactic mediation in Geographical Education, in classrooms, with the presence of Visually Impaired people, is capable of enabling, minimally, in the work with the concepts of Landscape and Place, the construction of spatialities and legitimate Geographic Thought related to the phenomena triggered in the cities. In this way, such possibilities make it possible to learn geographically about the urban space, with the aim of citizenship, understood as a cultural process that takes place as everyday socio-spatial practices, in line with universal rights.

No decorrer da execução das aulas expositivas de Geografia, é necessário que os alunos possam compreender os fenômenos a partir da lógica espacial e sua relação com as práticas cotidianas para que possam entender sobre os fenômenos que ocorrem no mundo, sendo estes próximos ou distantes de suas práticas sociais. Em virtude disso, a problemática deste trabalho consiste em investigar se a aula expositiva de Geografia tem se constituído a partir da ideia do desenvolvimento do pensamento geográfico, apresentando, de fato, os elementos que caracterizam a identidade geográfica. Para isto, parte-se da hipótese de que é necessário que, durante as aulas expositivas de Geografia, estejam presentes elementos que possam encaminhar os alunos ao desenvolvimento do pensamento geográfico, como o mapa e outros produtos cartográficos. Neste sentido, acreditase que, quando o professor alia o discurso geográfico – através do método geográfico – com a linguagem cartográfica na aula expositiva de Geografia, ele fortalece a construção do pensamento geográfico. Para a realização desta pesquisa objetivou-se, de forma geral, analisar quais são os elementos e contextos que constituem e identificam uma aula expositiva de Geografia no Ensino Médio na perspectiva da construção do pensamento geográfico. O estudo tomou como pano de fundo a relevância da melhoria na qualidade do processo de ensino e aprendizagem, especialmente, o desenvolvimento dos conceitos geográficos como meio para o desenvolvimento do pensamento dos estudantes de modo que possam mudar seu olhar sobre a realidade. Assim, trata-se de um estudo de natureza qualitativa, valendo-se de técnicas consagradas a esse tipo de pesquisa, como: a observação, a entrevista, o tratamento dos dados via software computacional (Nvivo) e a análise de conteúdo (BARDIN, 1977). Do ponto de vista teórico-conceitual, o estudo foi desenvolvido com base nos seguintes eixos convergentes ao objeto de pesquisa: em primeiro lugar, considera as reflexões sobre a ciência geográfica; em segundo, focaliza na Teoria da Aprendizagem e a Didática; em terceiro, sublinha sobre o ensino de Geografia e o desenvolvimento da aula expositiva; e, por fim, foram consideradas as reflexões sobre a Cartografia Escolar e a linguagem cartográfica. De maneira geral, a análise da prática docente revelou-nos a presença dos elementos que favorecem o desenvolvimento do pensamento geográfico no desenvolvimento da aula expositiva, mas que, por muitas vezes, ocorreu de forma inconsciente pelos docentes. Outro fato constatado foi a relevância do uso do mapa no desenvolvimento da cognição geográfica nas aulas expositivas, embora reconheça-se que ainda é preciso integrar os alunos no processo de leiturização e elaboração de mapas para que possam expressar sua forma de ver a espacialização dos fenômenos e a relação com a realidade. In the geography lectures, it is necessary that students understand the phenomena from the spatial logic and everyday practices relationship in intention to understand about the phenomena that occur in the world, being these close to those far from their social practices. Therefore, the research problem of this work is to investigate whether the lecture of Geography has been constituted from the idea of the development of geographic thought, presenting, in fact, the elements that characterize the geographic identity. It assumes the hypothesis that it is necessary in the Geography classes’ elements are present those can lead students to the development of geographic thinking, such as the map and other cartographic products. It is believed that when the teacher combines the geographic discourse - through the geographic method - with the cartographic language in the Geography class, he strengthens the construction of geographic thought. The objective of this academic research, in general, is to analyze which elements and contexts identify and bring the class of Geography in High School up in the perspective of the construction of the geographic thought. The study took as a background the relevance of improving the quality of the teaching and learning process, especially the development of geographic concepts as a means for the development of students' thinking in a way that they can change their view of reality. Thus, it is a qualitative study, using established techniques for this type of research, such as observation, interviews, data processing via computer software (Nvivo) and content analysis (BARDIN, 1977). The theoretical-conceptual point of view, the study was based on the following axes converging to the research object: first of all it considers the reflections on geographic science; second it focuses on Learning Theory and Didactics; third, it highlights the teaching of Geography and the development of the lecture; and, finally, reflections on School Cartography and cartographic language were considered. In general, the analysis of teaching practice revealed the presence of elements that favor the development of geographical thinking in the classes; however, it occurs unconsciously by the teachers many times. Another aspect reveled in data analysis was the relevance of the map uses in the geographic cognitive development in the expository classes, although it is recognized that is necessary to integrate students in the process of reading and elaboration of maps so that can express the student’s view of spatialization of the phenomena and the relationship with reality

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES The relationship between School Cartography, Multiple Intelligences, Multimodality and Neurosciences is very relevant to the current context, as it helps to understand how the learning process occurs and how to think about different activities highlighting cartographic and central concepts for the teaching of Geography. Based on these premises, this work aims to study the contribution of the Theory of Multiple Intelligences and Neurosciences from the use of (Geo)Technologies and multimodal resources in the construction of geographic and cartographic knowledges in Elementary School. The theoretical foundation is organized into three chapters, covering the historical development of Cartography, Thematic Cartography, curricular guidelines, active methodologies and Multimodality, besides the historical conception of intelligences and the Theory of Multiple Intelligences. The research method is the inductive one with a quali-quantitative approach, considering the discussion of subjective elements regarding learning, as well as the quantification of the data collected to support the discussion. A didactic sequence was carried out in classes 71 and 72 of the Vicente Farencena Municipal Elementary School, located in Santa Maria, Rio Grande do Sul, using questionnaires to assess the students' preliminary knowledge, another one after the workshop to analyze the learning of the participants. Two months after the end of the activities, the students answered the third questionnaire with the aim of understanding the consolidation of memory about the themes addressed. In addition, participants were asked to answer some questionnaires about their daily activities, carried out during the night shift of the day when some activity in the didactic sequence took place, and also about the use of electronic devices before bed and the duration of sleep. The activities started with the pedagogical workshop, which presented fundamental theoretical concepts for mapping practices. This activity was carried out synchronously in class 71, on Google Meet, while in class 72, the “Remote Flipped Classroom” was implemented, with videos on contextualized themes. Afterwards, manual and digital maps on land use and occupation and sociodemographic variables of Santa Maria were made, as well as an activity highlighting the principles of mapping with a compass. The didactic sequence demonstrated that the students assimilated the worked concepts, with outliers, however, which were analyzed in the light of the students' daily activities. This allowed us to identify possible patterns that collaborate or not with learning. However, as they are individuals endowed with subjectivity, there may be variations in the data collected. Furthermore, the concept of Multi(Geo)Modal School Cartography was proposed, which synthesizes the observations of the workshop's methodological proposal, involving the intersection of School Cartography, Multiple Intelligences, Multimodality and Neurosciences, and dealing with the central concept of this Thesis. A relação entre Cartografia Escolar, Inteligências Múltiplas, Multimodalidade e Neurociências se mostra muito relevante ao contexto atual, pois auxilia na compreensão de como o processo de aprendizagem ocorre e como pensar atividades diversas destacando conceitos cartográficos e centrais para o ensino de Geografia. Partindo dessas premissas, esse trabalho tem como objetivo geral estudar a contribuição da Teoria das Inteligências Múltiplas e da Neurociências a partir do uso de (Geo)Tecnologias e recursos multimodais na construção de conhecimentos geográficos e cartográficos no Ensino Fundamental. A fundamentação teórica está organizada em três capítulos, abordando o desenvolvimento histórico da Cartografia, a Cartografia Temática, orientações curriculares, metodologias ativas e Multimodalidade, além da concepção histórica sobre inteligências e a Teoria das Inteligências Múltiplas. O método de pesquisa é o indutivo com abordagem quali-quantitativa, tendo em vista a discussão de elementos subjetivos frente a aprendizagem, assim como a quantificação dos dados levantados para embasar a discussão. Realizou-se uma sequência didática nas turmas 71 e 72 da Escola Municipal de Ensino Fundamental Vicente Farencena, localizada em Santa Maria, Rio Grande do Sul, contando com aplicações de questionários para avaliar o conhecimento preliminar dos estudantes, outro posterior à oficina para analisar a aprendizagem dos participantes. Dois meses após o término das atividades, os discentes responderam ao terceiro questionário com o objetivo de compreender a consolidação da memória acerca das temáticas abordadas. Além disso, solicitou-se aos participantes para responderem alguns questionários sobre suas atividades do cotidiano, realizadas no turno da noite do dia que ocorreu alguma atividade da sequência didática e, também, sobre o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir e a duração do sono. As atividades foram iniciadas com a oficina pedagógica, que apresentou conceitos teóricos fundamentais para as práticas de mapeamento. Essa atividade foi realizada de maneira síncrona na turma 71, no Google Meet, enquanto que, na turma 72, implantou-se a “Sala de Aula Invertida Remota” com a disponibilização de vídeos sobre as temáticas contextualizadas. Após, ocorreu a confecção de mapas sobre uso e ocupação da terra e de variáveis sociodemográficas de Santa Maria, manuais e digitais, e de uma atividade ressaltando os princípios do mapeamento com bússola. A sequência didática demonstrou que os estudantes assimilaram os conceitos trabalhados, havendo, porém, outliers, que foram analisados a luz das atividades cotidianas dos estudantes. Isso permitiu identificar possíveis padrões que colaboram ou não com a aprendizagem. Contudo, por se tratar de indivíduos dotados de subjetividade, podem ocorrer variações nos dados levantados. Ademais, propôs-se o conceito de Cartografia Escolar Multi(Geo)Modal que sintetiza as observações da proposta metodológica da oficina, envolvendo a intersecção Cartografia Escolar, Inteligências Múltiplas, Multimodalidade e Neurociências, e tratando-se do conceito central dessa Tese.

Submitted by Helena Bejio (helena.bejio@unioeste.br) on 2022-05-30T14:35:09Z No. of bitstreams: 2 Vanderson_Dapper_2021.pdf: 5654015 bytes, checksum: ba6014b19b5d2bc4a7e78766e7c29876 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Made available in DSpace on 2022-05-30T14:35:09Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Vanderson_Dapper_2021.pdf: 5654015 bytes, checksum: ba6014b19b5d2bc4a7e78766e7c29876 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2021-11-26 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES The Common National Curriculum Base (BNCC) is a normative document that defines the essential learning, as well as the competences and abilities that must be developed in basic schooling. Its implementation will guide the preparation of school curricula for public and private establishments, whether municipal, state or federal. By understanding that the BNCC does not exhaust the debates about the curriculum organization, nor does it solve the problems and gaps that were observed during the preparation of the document, with the research it will seek to analyze the inclusion of geographic contents related to cartographic literacy in the BNCC, in order to assess the organization of contents and identify the weaknesses in the teaching of Geography experienced by teachers in the Early Years of Elementary School. To this end, we analyzed the official documents that guide school curricula and the content of questionnaires answered by 600 teachers, distributed throughout all Brazilian states and who teach in this modality of education to understand how teachers in the Initial Years of Elementary Education are interpreting the contributions of the BNCC on cartographic literacy and ascertaining whether they will be prepared for its implementation in the coming years. Thus, it is observed from the research results that the development of cartographic literacy is far from being a reality for all Brazilian schools due to a set of factors that involve the working conditions and training of teachers in the Early Years of Elementary School. Therefore, it allows us to conclude that, in addition to the re-elaboration of school curricula according to the objects of knowledge present in the thematic unit on forms of representation and spatial thinking present in the BNCC, it is necessary for each Brazilian school, based on its educational reality, to identify and seek to overcome the weaknesses that make the success of cartographic literacy unfeasible. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo que define as aprendizagens essenciais, assim como, as competências e habilidades que devem ser desenvolvidas na escolarização básica. A sua implementação norteará a elaboração dos currículos escolares dos estabelecimentos públicos e particulares, sejam eles municipais, estaduais ou federais. Pelo entendimento de que a BNCC não esgota os debates sobre a organização curricular, como também não resolve os problemas e lacunas que foram observados durante a elaboração do documento, essa pesquisa buscará analisar a inclusão dos conteúdos geográficos referentes à alfabetização cartográfica na BNCC, a fim de avaliar a organização dos conteúdos e identificar as fragilidades no ensino de Geografia vivenciadas pelos professores do Ensino Fundamental - Anos Iniciais. Para tanto, procedeu-se a análise dos documentos oficiais que norteiam os currículos escolares e análise de conteúdos dos questionários respondidos por 600 professores entre 2019 e 2020, distribuídos por todos os estados brasileiros e que lecionam nesta modalidade de ensino para compreender como os professores do Ensino Fundamental - Anos Iniciais estão interpretando as contribuições da BNCC sobre a alfabetização cartográfica e averiguar se estarão preparados para a sua implementação nos próximos anos. Desse modo, observa-se a partir dos resultados da pesquisa que o desenvolvimento da alfabetização cartográfica está longe de ser uma realidade para todas as escolas brasileiras por um conjunto de fatores que envolvem as condições de trabalho e a formação dos professores do Ensino Fundamental - Anos Iniciais. Logo, permite concluir que além da reelaboração dos currículos escolares de acordo com os objetos de conhecimentos presentes da unidade temática sobre formas de representação e pensamento espacial, presentes na BNCC, se faz necessário que cada escola brasileira identifique e busque superar as fragilidades que inviabilizam o êxito da alfabetização cartográfica a partir da sua realidade educacional.

A educação de surdos a partir de uma perspectiva inclusiva tem sido cada vez mais discutida ao longo do século XXI, no entanto, quando se direciona ao ensino de Geografia e sua relação com a linguagem cartográfica e o uso da Libras no processo de ensino e aprendizagem as pesquisas ainda são escassas. Ciente disso, a presente pesquisa tem como objetivo compreender de que forma o trabalho com a Cartografia Escolar e Inclusiva potencializa o ensino de Geografia para alunos surdos do Ensino Fundamental II na cidade de Imperatriz, no estado do Maranhão. Para tanto, foi necessário discutir o processo de formação inicial e continuada dos professores de Geografia para trabalhar com alunos surdos, assim como apresentar os percursos teórico-metodológicos para sua utilização nas aulas dessa disciplina. Especificamente, buscou-se sistematizar um percurso de sequência didática a partir do trabalho com a Cartografia Escolar e Inclusiva para alunos surdos. Diante disso, os meios de investigação compreenderam a pesquisa bibliográfica, apoiada em diferentes autores, que discutem sobre Educação Inclusiva, Educação de Surdos, Ensino de Geografia, Cartografia Escolar e Inclusiva e a formação de professores de Geografia. Ainda, foi realizada pesquisa de campo em 02 (duas) escolas da Rede Municipal de Ensino do município citado, sendo esse momento dividido em duas etapas: a primeira etapa refere-se à aplicação de questionários aos professores e intérpretes de Libras, bem como entrevista com a coordenação do Setor de Inclusão e Atenção à Diversidade (SIADI), responsável pela implementação da política de inclusão. Já na segunda etapa do campo foi desenvolvida a proposta de sequência didática, que, em decorrência da chegada da pandemia de Covid-19 precisou ser reformulada, utilizando-se de estratégias de vídeos para aplicação do percurso metodológico. Sendo assim, este estudo se apresenta como uma possibilidade para a realização de um trabalho escolar que considera e respeita as diferenças dos estudantes surdos. Tal aspecto pode ser evidenciado nos resultados, que apontam para a importância de saber a forma como esses indivíduos se comunicam e os recursos e metodologias que o professor poderá utilizar em sala de aula. Para isso, é necessário que o docente conheça, mesmo que minimamente, a língua do surdo e que a Libras esteja presente tanto na formação inicial quanto continuada. Outro aspecto relevante é que os professores e intérpretes de Libras precisam desenvolver um trabalho colaborativo, pois a ausência do planejamento conjunto dificulta o seu trabalho, visto que tais sujeitos possuem uma formação que não lhes fornece as bases necessárias para trabalhar os conteúdos da Geografia. Ademais, o trabalho com os mapas para alunos surdos, possibilita a compreensão da espacialização dos fenômenos geográficos, respeitando os aspectos culturais e linguísticos destes sujeitos, bem como, potencializa o ensino de Geografia a estes estudantes. Ciente disso, destacamos a importância não só de uma escola para todos, mas de propostas de ensino em que todos possam aprender. Deaf education from an inclusive perspective has been increasingly discussed throughout the 21st century, however, when it comes to teaching Geography and its relationship with cartographic language and the use of Libras in the teaching and learning process publications are still scarce. Aware of this, this research aims to understand how the work with School and Inclusive Cartography enhances the teaching of Geography for deaf students in Elementary School II in the city of Imperatriz, in the state of Maranhão. Therefore, it was necessary to discuss the initial and continuing education process of Geography teachers to work with deaf students, as well as to present the theoretical-methodological paths for its use in the classes of this discipline. Specifically, we sought to systematize a course of didactic sequence based on the work with School and Inclusive Cartography for deaf students. Therefore, the means of investigation included the bibliographic research, supported by different authors, who discuss Inclusive Education, Deaf Education, Geography Teaching, School and Inclusive Cartography and the training of Geography teachers. Also, field research was carried out in 02 (two) schools of the Municipal Education Network in the city mentioned, and this moment was divided into two stages: the first stage refers to the application of questionnaires to Libras teachers and interpreters, as well as an interview with the coordination of the Inclusion and Attention to Diversity Sector (SIADI), responsible for implementing the inclusion policy. In the second stage of the field, the proposal for a didactic sequence was developed, which, as a result of the arrival of the Covid-19 pandemic, needed to be reformulated, using video strategies to apply the methodological path. Therefore, this study presents itself as a possibility to carry out a school work that considers and respects the differences of deaf students. This aspect can be evidenced in the results, which point to the importance of knowing how these individuals communicate and the resources and methodologies that the teacher can use in the classroom. For this, it is necessary that the teacher knows, even minimally, the language of the deaf and that Libras is present in both initial and continuing education. Another relevant aspect is that Libras teachers and interpreters need to develop collaborative work, as the absence of joint planning makes their work difficult, as these subjects have a training that does not provide them with the necessary bases to work with the contents of Geography. Furthermore, the work with maps for deaf students makes it possible to understand the spatialization of geographic phenomena, respecting the cultural and linguistic aspects of these subjects, as well as enhancing the teaching of Geography to these students. Aware of this, we highlight the importance not only of a school for everyone, but of teaching proposals in which everyone can learn. Outro

Esta tese investiga diferentes formas de expressões de violência no cotidiano da escola e dos seus agentes, tendo como pressuposto que a sua interpretação é mais que um exercício de leitura socioespacial. Constitui-se em si fundamento essencial para se pensar e planejar o lidar pedagógico e didático com os jovens escolares. A obra tem como objetivo geral avaliar de que forma o fenômeno da violência interatua no espaço escolar como fator essencial para se pensar a espacialidade da escola. Para tanto, analisa-se a violência enquanto fenômeno complexo, que se manifesta sob três perspectivas dialeticamente relacionadas: direta, estrutural e simbólica. A partir dessa noção, a tese constrói-se também a partir de referenciais e técnicas de coletas de dados por meios dos quais se observa que as expressões de violência operam dispositivos capazes de alterar a ordem material e imaterial no espaço escolar e da cidade. Com essas referências, investigam-se os desdobramentos socioespaciais da violência, tendo como recorte espacial as escolas públicas da cidade de Goiânia/GO. No que diz respeito ao recorte teóricometodológico, a pesquisa se divide em três eixos. O primeiro se refere à busca bibliográfica por concepções de violência, com fins à problematização e adequação dos debates científicos à realidade investigada; e à análise de documentos institucionais que tratam dos casos de violência na escola. O segundo tem nas práticas espaciais da pesquisa as possibilidades de coletar dados e de estabelecer contato com os sujeitos investigados. Por isso, congrega observações nas escolas e entrevistas realizadas com professores de Geografia dessas instituições com intuito de sistematizar aspectos associados à violência e seus impactos mútuos nas dimensões morfológicas da paisagem, nos discursos de violência e na institucionalidade escolar. O terceiro eixo centra-se na síntese das dinâmicas da violência na espacialidade escolar, tendo como objeto as formas e as representações de violência na concepção pedagógica do professor de Geografia, na corporeidade juvenil e na relação da escola com a cidade enquanto realidades interdependentes. A dimensão analítica do trabalho visa o desvelamento das dinâmicas espaciais da violência a partir do exercício de pensar geograficamente a realidade dos sujeitos escolares. Nesse ponto, entende-se que o desenvolvimento do conhecimento geográfico da violência é um aspecto fundamental a ser considerado na prática docente e nas tomadas de decisão do contexto escolar e no exercício da educação geográfica, pois, assim, é possível pensar a multiescalaridade do fenômeno da violência, em sua micro e macro escalas, que atravessam de forma específica o cotidiano de cada sujeito que compõe a dinâmica escolar segundo os marcadores sociais de classe, raça, gênero, localização geográfica. O produto dessa relação, é uma abordagem sensível dos sintomas da violência na corporeidade dos jovens escolares e de suas necessidades derivadas das condições objetivas da vida pautadas em processos de precarização, o que se torna um conhecimento relevante para as práticas espaciais do professor frente aos desafios da violência na espacialidade da escola. This thesis aimed to evaluate how the violence phenomenon impacts the school space as a strategic factor to think about the school's spatiality towards the multiple expressions of violence. For this, violence is analyzed as a complex phenomenon, which manifests itself under three essential perspectives: direct, structural, and symbolic. Based on these perspectives, which were verified in dialectical processes, the thesis is also built from theoretical referentials and data collecting techniques, through which was possible to observe that the expressions of violence operate devices capable of altering the material and immaterial order in the school space and in the city. With these references, the socio-spatial consequences of violence are investigated, with the spatial cutout of public schools in the city of Goiânia/GO. In regard to the theoretical-methodological approach, the research is divided into three axes. The first axis refers to the bibliographic search for concepts of violence, aiming the problematization and adaptation of scientific debates to the investigated reality; and the analysis of institutional documents that deal with cases of violence at school. The second axis has in the spatial practices of the research, the possibilities to collect data and to establish contact with the investigated subjects. For this reason, it gathers observations at schools and interviews realized with Geography teachers from these institutions, in order to systematize aspects associated with violence and its impacts on the morphological dimensions of the landscape, in the speeches of violence, and in the school institutionality. The third axis focuses on the synthesis of the dynamics of violence in school spatiality, aiming at the forms and representations of violence in the pedagogical conception of the Geography teacher, in the youthful corporeality, and in the school's relationship with the city as interdependent realities. The analytical dimension of the work aims to unveil the spatial dynamics of violence from the exercise of geographically thinking the reality of school subjects. At this point, it is understood that the development of the geographical knowledge of violence is a fundamental aspect to be considered in teaching practice and in decision-making in the school context, because that way, it is possible to think about the multiscaling of the violence phenomenon, in its micro and macro scales, which specifically cross the quotidian life of each subject that comprise the school dynamics, according to the social markers of class, race, gender, geographic location. The product of this relationship is a sensitive approach to the violence symptoms in the corporeity of young schoolchildren and their needs derived from the objective conditions of life-based on precarious processes, which becomes a relevant knowledge for the teacher's spatial practices in the face of challenges of violence in the school's spatiality.

A Geografia, como ciência que se ocupa da análise do espaço geográfico, por meio de seus mediadores conceituais, é, também, componente curricular presente na Educação Básica e participa dos processos de constituição humana. Seus conhecimentos podem favorecer a leitura crítica e reflexiva da realidade e propiciar modos específicos de pensar e raciocinar a espacialidade geográfica. Nesse processo, as crianças, como atores sociais portadores de histórias e geografias se aproximam da forma escolar dessa ciência, oficialmente, no Ensino Fundamental I, segmento no qual atua o profissional docente pedagogo. Assim, uma evidente relação entre Geografia, Infância e Educação escolar coloca a necessidade de ampliação de olhares acerca do ensino de Geografia com crianças. O que oportuniza, a esta pesquisa, analisar a mediação didática do professor pedagogo no processo de ensino de Geografia dos Anos Iniciais, e a potencialidade da linguagem do desenho e do conceito de paisagem do lugar aos processos de mediação didática e para a produção de conhecimentos geográficos (mediação cognitiva), nesse segmento escolar. Para isso, a pesquisa apoiou-se nas referências do campo da Educação, particularmente na teoria histórico-cultural e nos aportes teóricos do campo do Ensino de Geografia, em diálogo com a Geografia da Infância. Apresenta natureza qualitativa, sendo do gênero participante e orientada pela abordagem de investigação sócio-histórica-geográfica. Tem a dialética como princípio básico para a interpretação e análise dos resultados, permitindo, ao mesmo tempo, valorizar os atores sociais envolvidos nos processos de ensino-aprendizagem e o próprio conhecimento geográfico. A pesquisa de campo teve como lócus duas escolas públicas da rede municipal de ensino de Goiânia, Goiás. Contou com a participação de duas professoras pedagogas e 41 crianças, dos 4º e 5º anos do Ensino Fundamental I, na faixa etária entre 9 e 12 anos de idade, sendo realizada em 2018 e 2019, respectivamente. A observação participante foi adotada como um dos instrumentos metodológicos que viabilizou a observação direta de aulas e a realização de intervenções didáticas nas duas turmas. O Cerrado se constituiu como tema das intervenções e emergiu da própria Geografia Escolar. Outras técnicas de investigação também compuseram a pesquisa, tais como: entrevista semiestruturada aberta, questionário, narrativa autobiográfica e narrativa avaliativa, realizadas com as professoras. Além dessas, foram desenvolvidas com as crianças narrativas diagnósticas e avaliativas, efetivadas por meio de desenhos. Os dados revelaram, por um lado, a potência da linguagem do desenho, como uma das lógicas presentes na infância, que mobiliza os motivos das crianças, pois articula ao processo pedagógico, um conhecimento sensível de dimensão artística que congrega imaginação, criação e criatividade. E, por outro, mostraram a paisagem geográfica do lugar como dimensão conceitual e metodológica que, ao lado do desenho, forma uma proposta metodológica potente aos processos de mediação (didática e cognitiva), pois carrega elementos de natureza, tanto social quanto físico-natural. Com isso, o desenho alçou a condição de linguagem geográfica, tornando-se desenho geográfico, e a paisagem do lugar assumiu a definição de paisagem-lugar. No entanto, a potencialidade, tanto do desenho quanto da paisagem, ainda é pouco evidenciada, especialmente no conjunto das pesquisas sobre ensino de Geografia, em Anos Iniciais. Ainda, como parte dos resultados, despontaram princípios que podem orientar as práticas pedagógicas do professor pedagogo, na perspectiva da mediação. Tais princípios se inter-relacionam mutualmente e se desdobram em ações que podem subsidiar e favorecer o processo de ensino-aprendizagem de Geografia com crianças, quais sejam: 1) A indissociabilidade entre teoria e prática; 2) Relações pautadas pela alteridade; 3) Ensino como ato responsivo; 4) Ensino como mediação da mediação cognitiva; 5) Planejamento consciente e intencional; 6) Paisagem-lugar como construção conceitual e metodológica. Geography as a science that deals with the analysis of geographic space through its conceptual mediators, is also a curricular component present in Basic Education and participates in the processes of human constitution. Their knowledge can favor critical and reflective reading of reality and provide specific ways of thinking and reasoning geographic spatiality. In this process, children, as social actors with histories and geographies, officially approach the school form of this science in Elementary School I, segment in which the teacher Pedagogo to act. Thus, an evidente relationship between Geography, Childhood and School Education raises the need to broaden views about teaching Geography with children. What gives this research the opportunity to analyze the didactic mediation the teacher Pedagogo in the processo of teaching Geographyand the potential of the language of drawing and of the concept of landscape of the place for the processes of mediation didactic and for the production of knowledge geographic (cognitive mediation), in this school segment. For this, the research was supported by references in the field of Education, particularly in the historical-cultural theory and in the theoretical contributions of the field of Teaching Geography in dialogue with the Geography of Childhood. It is of a qualitative nature, being of the participant genre and guided by the socio-historical-geographical research approach. Dialectics is the basic principle for the interpretation and analysis of results, allowing, at the same time, to value the social actors involved in the teaching-learning processes and the geographic knowledge itself. The field research had as its locus two public schools in the municipal education network of Goiânia, Goiás. It counted with the participation two teachers pedagogas and 41 children from the 4th and 5th year of Elementary Education, in the age group of 9 to 12 years, in 2018 and 2019, respectively. Participant observation was adopted as one of the methodological instruments that allowed direct observation of classes and the carrying out of didactic interventions in both classes. Other research techniques were also included in the research, such as: open semi-structured interview, questionnaire, autobiographical narrative and evaluative narrative, carried out with the teachers.In addition, diagnostic and evaluative narratives were developed with the children through drawings.The data revealed, on the one hand, the power of the language of drawing, as one of the logics present in childhood that mobilizes children's motives, as it articulates to the pedagogical process, a sensitive knowledge of an artistic dimension that brings together imagination, creation and creativity.On the other hand, it revealed the geographical landscape of the place as a conceptual and methodological dimension that, together with the drawing, constitutes a powerful methodological proposal for mediation processes (didactic and cognitive), because it carries elements of a social and physical-natural nature.With this, the design raised the condition of the geographical language, becoming the geographical design and the landscape of the place assumed the definition of landscape-place. However, the potential of design and landscape is still under-evidenced, especially in the set of research on teaching Geography in the early years. Still, as part of the results, principles emerged that can guide the pedagogical practices of professor pedagogo, from the perspective of mediation.Such principles are interrelated and are developed in actions that can subsidize and favor the teaching-learning process of Geography with children, namely: 1) The inseparability between theory and practice; 2) Relationships oriented by otherness; 3) Teaching as a responsive act; 4) Teaching as mediation of cognitive mediation; 5) Conscious and intentional planning; 6) Landscape-place as a conceptual and methodological construction. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

As construções identitárias se dão nos contextos socioculturais entre as relações pessoais e coletivas que são estabelecidas entre os integrantes de determinados grupos sociais. As identidades quilombolas são marcadas por processos de lutas e resistências na historiografia do Brasil. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é compreender os processos de construção das identidades das crianças quilombolas da comunidade do Engenho II localizada no Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga no município de Cavalcante (GO), levando-se em conta três dimensões onde são socializadas, a família, o ambiente escolar e a sociedade envolvente, marcada pelo ecoturismo. Trata-se de uma pesquisa participativa, que utiliza como instrumentos de pesquisa e fontes desenhos e relatos históricos elaborados por crianças e adolescentes moradores da comunidade em questão, com idades entre 08 e 17 anos. Os desenhos e relatos destacaram os elementos naturais, como as cachoeiras, trilhas, que são também explorados pelo turismo, bem como as festas religiosas, as danças (Sussa) e as memórias dos antepassados. Entendendo a criança e os adolescentes como sujeitos históricos atravessados pelos elementos patrimonializados da comunidade e os da sociedade envolvente, a proposta metodológica contribuiu efetivamente para compreender essas identidades quilombolas das crianças do Engenho II. Identity constructions take place in socio-cultural contexts between personal and collective relationships that are established between members of certain social groups. Quilombola identities are marked by processes of struggle and resistance in the historiography of Brazil. In this sense, the objective of this research is to understand the processes of construction of the identities of quilombola children from the Engenho II community located at the Kalunga Historical and Cultural Heritage Site in the municipality of Cavalcante (GO), taking into account three dimensions where they are socialized, the family, the school environment and the surrounding society, marked by ecotourism. It is a participatory research, which uses as research instruments and sources drawings and historical reports prepared by children and adolescents living in the community in question, aged between 8 and 17 years. The drawings and reports highlighted the natural elements, such as waterfalls, trails, which are also explored by tourism, as well as religious festivals, dances (Sussa) and the memories of ancestors. Understanding children and adolescents as historical subjects crossed by the patrimonial elements of the community and those of the surrounding society, the methodological proposal effectively contributed to understand these quilombola identities of the children of Engenho II.

No cotidiano escolar, normalmente os filmes são utilizados de maneira recreativa e pouco conectada com os conteúdos escolares, não utilizando todo o potencial que a linguagem cinematográfica apresenta. Com base do planejamento das aulas, da aplicação de uma Sequência Didática para verificar a relação entre a tríade filme, conteúdos didáticos e cotidiano dos alunos, a linguagem cinematográfica pode apresentar grande potencial como metodologia de ensino de Geografia. Baseando-nos deste pressuposto, nossa dissertação apresentou como objetivo principal analisar como a linguagem cinematográfica pode contribuir no ensino de Geografia a partir do conteúdo de cidades, em uma perspectiva que valorize a leitura espacial crítica dos fenômenos urbanos, contribuindo para uma formação autônoma, cidadã e libertadora dos alunos. A partir de pesquisa qualitativa e participante, procedemos diálogos com os professores das escolas-campo, aplicamos questionários, elaboramos Sequência Didática para verificar a apreensão dos conteúdos pelos participantes, propusemos produção cartográfica colaborativa e procedemos análise dos mapas elaborados durante a pesquisa. No decorrer de nossa pesquisa, procuramos demonstrar a potencialidade da utilização da linguagem cinematográfica como metodologia de ensino de Geografia a partir dos conteúdos de cidades, a partir da mediação didática do professor, relacionando os fenômenos reconstruídos no filme, os conteúdos didáticos e os cotidianos dos alunos. Dentre os resultados de nossa pesquisa, percebemos que a linguagem cinematográfica possui a capacidade de mobilizar conhecimentos capazes de levar à compreensão de conceitos e apreensão de conteúdos a partir da mediação didática dos conteúdos feita pelo professor, trazendo assim o desenvolvimento da cidadania, a partir do exercício pleno que os jovens tem do direito à cidade e na construção de espacialidades que possam atender seus anseios e desejos, criando ainda mais espaços de estudo, lazer e trabalho, proporcionando uma vida urbana autônoma, livre e cidadã. En la rutina escolar, las películas se usan generalmente de forma recreativa y poco relacionadas con el contenido escolar, sin utilizar todo el potencial que presenta el lenguaje cinematográfico. A partir de la planificación de las clases, la aplicación de una secuencia didáctica para verificar la relación entre la tríada cinematográfica, el contenido didáctico y la vida cotidiana de los estudiantes, el lenguaje cinematográfico puede presentar un gran potencial como metodología para enseñar Geografía. Con base en investigaciones cualitativas y participativas, llevamos a cabo diálogos con los maestros de las escuelas de campo, aplicamos cuestionarios, desarrollamos secuencias didácticas para verificar la comprensión de los contenidos por parte de los participantes, propusimos producción cartográfica colaborativa y procedimos al análisis de los mapas elaborados durante la investigación. En el curso de nuestra investigación, buscamos demostrar el potencial del uso del lenguaje cinematográfico como metodología para enseñar Geografía desde los contenidos de las ciudades, desde la mediación didáctica del profesor, relacionando los fenómenos reconstruidos en la película, los contenidos didácticos y la vida cotidiana de estudiantes. Entre los resultados de nuestra investigación, nos damos cuenta de que el lenguaje cinematográfico tiene la capacidad de movilizar conocimientos capaces de conducir a la comprensión de conceptos y la comprensión de los contenidos a partir de la mediación didáctica de los contenidos realizados por el profesor, trayendo así el desarrollo de la ciudadanía, desde el ejercicio completo que los jóvenes tienen del derecho a la ciudad y en la construcción de espacios que puedan satisfacer sus anhelos y deseos, creando aún más espacios para el estudio, espacios recreativos y de trabajo, proporcionando una vida urbana autónoma, libre y ciudadana.

A Geografia, através das múltiplas abordagens teóricas e percursos metodológicos, edificou uma estrutura conceitual própria, que sustenta uma forma singular de pensar os fenômenos, atestando sua especificidade e sua identidade epistemológica. Esse pensamento conecta a ciência geográfica à disciplina escolar, sendo uma relevante contribuição da Geografia à sociedade. O professor, nesse contexto, exerce papel fundamental por ser mediador do processo de desenvolvimento cognitivo dos escolares. Logo, é imprescindível que o Pensamento Geográfico se constitua como centralidade nas práticas de ensino dos docentes. Por esta razão, nesta tese, investigou-se o Pensamento Geográfico de licenciandos em Geografia da Universidade Federal de Jataí, em seus períodos finais de formação, objetivando compreender indícios do Pensamento Geográfico na formação e sua relação com a prática docente. Especificamente, objetivou-se: a) compreender os processos de constituição do Pensamento Geográfico no contexto da formação inicial; b) verificar se o Pensamento Geográfico estava proposto no PPP do curso; c) investigar a percepção dos licenciandos no que tange à ciência geográfica, à Geografia escolar e à docência em Geografia; d) avaliar se os licenciandos analisam fenômenos geograficamente e; e) analisar se os licenciandos abordam geograficamente os conteúdos em suas práticas de ensino no estágio. Por meio de uma investigação qualitativa, realizou-se pesquisa participante, com 15 sujeitos, utilizando-se de procedimentos e instrumentos de coleta e análise de dados variados. Realizou-se pesquisa bibliográfica, levantamento de dados por meio de pesquisa documental, observação, questionário, situações-problemas e mediação didática. A análise dos dados conduziu à ideia de que o tema Pensamento Geográfico tem passado por certo amadurecimento teórico e, em suas particularidades, as pesquisas demonstram certos consensos para a definição de um modo de pensar geograficamente: o desenvolvimento de uma estrutura conceitual da Geografia. Constatou-se, portanto, que o desenvolvimento do Pensamento Geográfico por futuros professores apresenta carências que refletem a conservação e/ou constituição de incoerências epistemológicas. Ademais, a investigação empreendida trouxe à tona os seguintes resultados: a) os licenciandos expressaram compreensão incipiente do que é específico da Geografia, baseando-se, principalmente, na generalização de Geografia que construíram na condição de escolares; b) na análise dos fenômenos a maior parte dos licenciandos não foi capaz de operar com o Pensamento Geográfico, restringindo-se à descrição do fenômeno; c) nas práticas de ensino, em uma amostra de três participantes, dois deles não abordaram o conteúdo geograficamente. Essas constatações sustentam a conclusão de que o ponto nevrálgico da fragilidade da operação com o Pensamento Geográfico reside na insuficiência da aprendizagem da base epistemológica da Geografia. Em síntese, defende-se a seguinte tese: há uma problemática central que envolve a construção do Pensamento Geográfico na formação inicial de professores de Geografia. Esta decorre da aprendizagem incipiente dos conhecimentos específicos que subsidiam a apropriação da base epistemológica da Geografia como instrumento cognitivo. Portanto, como possibilidade de desenvolvimento do Pensamento Geográfico, torna-se fundamental que os conhecimentos geográficos estejam articulados em todas as disciplinas formativas da Licenciatura conferindo singularidade à Geografia e seu ensino. Geography, through multiple theoretical approaches and methodological paths, has built its own conceptual structure, which supports a unique way of thinking about phenomena, attesting to its specificity and its epistemological identity. This thought connects geographic science to school discipline, making Geography a relevant contribution to society. The teacher, in this context, plays a fundamental role for mediating the students' cognitive development process. for that, it is essential that Geographic Thinking is central to the teaching practices of teachers. For this reason, in this thesis, the Geographic Thinking of undergraduate students in Geography at the Federal University of Jataí was investigated, in their final training periods, aiming to understand evidence of Geographic Thinking in training and its relationship with teaching practice. Specifically, it aimed to: a) understand the processes of constituting Geographic Thinking in the context of initial formation; b) assess whether Geographic Thinking was proposed in the course PPP; c) ) investigate the perception of undergraduate students regarding geographic science, school geography and teaching in geography; d) assess whether the undergraduates analyze phenomena geographically; e) analyze whether the undergraduate students approach the content geographically in their teaching practices in the internship. Through a qualitative investigation, participant research was conducted with 15 subjects, using procedures and instruments for the collection and analysis of varied data. It was carried out bibliographic research, data collection through documentary research, observation, questionnaire, problem situations and didactic mediation. The analysis of the data led to the idea that the topic Geographic Thinking has undergone a certain theoretical maturity and, in its particularities, research shows certain consensus for the definition of a way of thinking geographically: the development of a conceptual structure of Geography. It was found, therefore, that the development of Geographic Thinking by future teachers has deficiencies that reflect the conservation and / or constitution of epistemological inconsistencies. In addition, the investigation undertaken brought to light the following results: a) the undergraduate students expressed an incipient understanding of what is specific to Geography, based mainly on the generalization of Geography that they built as schoolchildren; b) in the analysis of the phenomena, most of the graduates were not able to operate with Geographic Thinking, being restricted to the description of the phenomenon; c) in teaching practices, in a sample of three participants, two of them did not address the content geographically. These findings support the conclusion that the sore point of the weakness of the Geographical Thought operation lies in the insufficient learning of the epistemological basis of Geography. In summary, the following thesis is defended: there is a central problem that involves the construction of Geographic Thinking in the initial training of Geography teachers. This stems from the incipient learning of specific knowledge that supports the appropriation of the epistemological basis of Geography as a cognitive instrument. Therefore, it is essential that geographic knowledge is articulated in all formative disciplines of the Degree as a possibility for the development of Geographic Thinking, giving uniqueness to geography and its teaching. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

Essa pesquisa tem como objetivo analisar as práticas espaciais dos alunos da EAJA em Goiânia e sua potencial relação com o ensino de Geografia, com alunos em duas escolas municipais que ofertam essa modalidade de ensino. Para contemplar o objetivo, a pesquisa visa responder o seguinte problema: Considerando o contexto da EAJA junto com o perfil de seu alunado, em que medida as práticas espaciais dos estudantes contribuem para um Ensino de Geografia significativo que seja atrelado as suas realidades cotidianas? Nesse sentido, as práticas espaciais, a partir de leituras e referenciais sobre o conceito, pode ser entendida com as trajetórias e rotinas que os sujeitos realizam diariamente em seu cotidiano e as formas que eles se estruturam no espaço para sobreviver. Desse modo, as rotinas e todas as práticas cotidianas dos alunos da EAJA é marcada por uma luta da sobrevivência, no qual esses educandos, vivenciam, transitam e perambulam por várias paisagens contidas no espaço urbano, que resultam na multiplicidade de visões, concepções, problemas e contradições sobre a cidade em que vivem. Esses aspectos são cruciais para pensar como o Ensino de Geografia, atrelado à temática cidade, pode colaborar ao contemplar as práticas espaciais desses estudantes, articulando aos mesmos um conhecimento crítico, problematizador e integrado sobre os elementos que eles se deparam diariamente em seus espaços de vivência. Para a realização da referida pesquisa, utilizou-se a metodologia da pesquisa participante. Diante disso, foi feita a análise do Projeto Político Pedagógico, elaborado pela Secretaria Municipal de Educação, da área de Geografia, um documento que norteia o encaminhamento do processo de ensino-aprendizagem para essa modalidade de ensino, além da leitura do planejamento anual de Geografia para o ano letivo de 2019 dos dois professores das escolas-campo da pesquisa. A observação das aulas de Geografia realizada em todas as séries da EAJA, tinham o intuito de vivenciar e compreender toda a dinâmica do ensino de Geografia nessa modalidade de ensino, observando os conteúdos abordados e a relação aluno-docente durante as aulas; nessas escolas, as conversas informais com os professores, também foram alvos de análise. Além disso, foram aplicados alguns questionários. O primeiro tinha o objetivo de analisar o perfil socioeconômico dos educandos das duas escolas-campo da EAJA. O segundo visava compreender as práticas espaciais dos estudantes, com o objetivo de sistematizar e transformar em conteúdos para serem trabalhados em um modelo de sequência didática, conforme proposto por Cavalcanti (2013). Por fim, para sintetizar as atividades realizadas, foi aplicada uma atividade com o intuito de averiguar as visões dos estudantes após os momentos de intervenção realizados com os mesmo. Em linhas gerais, após as atividades realizadas, considera-se que é primordial trabalhar as práticas espaciais dos alunos em sala de aula, pois oportuniza aos mesmos terem uma compreensão mais científica dos dilemas, problemas e contradições que eles vivenciam e se deparam no seio da cidade. Essa constatação advém da reação e do comportamento dos alunos frente às atividades realizadas, que no geral, notou-se que um conteúdo atrelado à realidade dos estudantes promove uma melhor participação e aprendizagem por parte dos discentes, quando há uma ampla discussão do espaço vivido por eles. Além disso, pode-se inferir que a temática cidade é uma das possibilidades de conteúdo que pode levantar debates e discussões encaminhadas para a formação de um pensamento geográfico para os alunos. This research aims to analyze the spatial practices of students of EAJA in Goiânia and its potential relationship with the teaching of Geography, with students in two municipal schools that offer this type of teaching. To contemplate the objective, the research aims to answer the following problem: Considering the context of EAJA together with the profile of its students, how do students' spatial practices contribute to a meaningful Geography Teaching that is linked to their daily realities? In this sense, spatial practices, from readings and references about the concept, can be understood as the trajectories and routines that subjects perform daily in their daily lives and the ways that they structure themselves in space to survive. In this way, the routines and everyday practices of EAJA students are marked by a struggle for survival, in which these students experience, transit and wander through various landscapes contained in the urban space, that result in the multiplicity of visions, concepts, problems and contradictions about the city in which they live. These aspects are crucial to think how Geography Teaching, linked to the thematic city, can collaborate to contemplate the spatial practices of these students, articulating to them a critical, problematizing and integrated knowledge about the elements they encounter daily in their living spaces. To carry out the referred research, the participant research methodology was used. In view of that, the Pedagogical Political Project was analyzed, which is prepared by the Municipal Department of Education, in the area of Geography, and this document guides the forwarding of the teaching-learning process to this teaching modality. There was also a reading of the annual Geography planning for the 2019 academic year of the two teachers from the research field schools. The observation of Geography classes held in all EAJA series was intended to experience and understand the whole dynamics of Geography teaching in this teaching modality, observing the contents covered and the student-teacher relationship during classes; in these schools, informal conversations with teachers were also targets of analysis. In addition, some questionnaires were applied. The first had the objective of analyzing the socioeconomic profile of the students of the two EAJA field schools. The second aimed to understand the students' spatial practices, in order to systematize and transform into content to be worked on in a didactic sequence model, as proposed by Cavalcanti (2013). Finally, to summarize the activities carried out, an activity was applied in order to ascertain the students' views after the intervention moments carried out with them. In general terms, after the activities carried out, it is considered essential to work on the spatial practices of students in the classroom, because it gives them the opportunity to have a more scientific understanding of the dilemmas, problems and contradictions that they experience and encounter within the city. This finding comes from the students 'reaction and behavior towards the activities carried out, which in general, it was noticed that a content linked to the students' reality promotes better participation and learning by the students, when there is a wide discussion of the space lived by they. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES

A educação escolar, e de modo particular o Ensino de Geografia, tem usufruído, há décadas, de diferentes linguagens e recursos como auxiliares do processo de ensino e aprendizagem, entre esses recursos didáticos estão as fotografias. Diversas pesquisas e autores atestam o seu potencial na aprendizagem, pois podem promover a leitura de mundo e o entendimento do espaço geográfico. Assim sendo, a dimensão visual faz parte da Geografia, que utiliza-se das representações para auxiliar na compreensão da ordem espacial, dos fenômenos e dos processos geográficos. Partindo desse horizonte interpretativo, nesta tese buscou-se compreender de que maneira as imagens – enquanto recursos didáticos – participam do processo de ensino e aprendizagem da Geografia e atuam na formação de conceitos e do pensamento geográfico, especificamente ao se ensinar e aprender a paisagem urbana. A presente pesquisa configura-se em uma abordagem qualitativa, com dimensões metodológicas da pesquisa-ação e colaborativa. Considera-se os pressupostos da teoria histórico-cultural, tendo como premissa entender as práticas materiais dos sujeitos, seres históricos, inseridos em um contexto cultural, a partir de seus lugares, seus discursos, representações e significações. Detalha-se alguns conceitos propostos por Vigotski (como a mediação simbólica, a lei genética geral do desenvolvimento cultural e as funções psicológicas superiores) e, também, através de outros colaboradores que deram continuidade a seu trabalho, ou seja, autores que realizam a interpretação de sua obra com perspectivas correlatas. A pesquisa empírica desenvolveu-se em quatro escolas, em duas cidades na região oeste e sudoeste do Paraná, constando de quatro etapas (observações de aulas, entrevistas com professores, desenvolvimento de grupo de estudos e discussão, implementação de percurso didático com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental). A partir dos diferentes instrumentos utilizados (observação, diário de campo, entrevistas, registros imagéticos), através da análise e interpretação dos dados, defende-se a seguinte tese: as imagens fotográficas, inseridas no processo educativo, são recursos da mediação (semiótica, didática, cognitiva) para a aprendizagem. Para além de simples recursos didáticos, os meios visuais constituem-se como potencializadores do processo de ensino e aprendizagem de Geografia, capazes de mobilizar as operações cognitivas visando ao desenvolvimento de um pensamento geográfico, com e pelas imagens. Ao acompanhar a implementação do percurso didático com os jovens escolares, constatou-se que as imagens serviram para constituir os argumentos dos alunos, sendo que o pensamento elaborado por alguns deles, com a mediação das fotografias, desenvolveu-se pela análise das formas presente na imagem, ampliando sua reflexão sobre a paisagem, o espaço urbano. Postula-se que a imagem oferece elementos que somente no momento de sua leitura (pausa e afastamento), e sua análise são percebidos e questionados, residindo nesse exercício a ação do intérprete do signo que ao ler a fotografia atribui sentidos/significados e elabora seu pensamento. School education, and particularly the teaching of Geography, has benefitted from different languages and resources for decades as aids in the teaching and learning process. Among these didactic resources are photographs. Several researches and authors attest to their potential in learning, as they can promote the reading of the world and the understanding of the geographical space. Therefore, the visual dimension is part of Geography, which uses representations to help understand spatial order, phenomena and geographical processes. Based on this interpretative horizon, this thesis sought to understand how images - as didactic resources - participate in the teaching and learning process of Geography and act in the formation of concepts and geographical thought, specifically when teaching and learning the urban landscape. The present research is configured in a qualitative approach, with methodological dimensions of action-research and collaborative. It is considered the assumptions of the historical-cultural theory, having as premise to understand the material practices of the subjects, historical beings, inserted in a cultural context, from their places, their discourses, representations and meanings. Some concepts proposed by Vigotski are detailed (such as symbolic mediation, the general genetic law of cultural development and higher psychological functions) and, also, through other collaborators who continued their work, that is, authors who perform the interpretation of his work with related perspectives. The empirical research was carried out in four schools, in two cities in the western and southwestern region of Paraná, consisting of four stages (class observations, interviews with teachers, development of a study group and discussion, implementation of a didactic course with students of the 7th grade of Elementary School). From the different instruments used (observation, field diary, interviews, image records), through the analysis and interpretation of data, the following thesis is defended: the photographic images, inserted in the educational process, are mediation resources (semiotics, didactic, cognitive) for learning. In addition to simple didactic resources, the visual means are used to enhance the teaching and learning process of Geography, capable of mobilizing cognitive operations aiming at the development of a geographical thought, with and through images. When following the implementation of the didactic path with the young schoolchildren, it was found that the images served to constitute the students' arguments, and the thought elaborated by some of them, with the mediation of the photographs, was developed through the analysis of the forms present in the image, expanding their reflection on the landscape, the urban space. It is postulated that the image offers elements that only at the moment of its reading (pause and distancing), and its analysis are perceived and questioned, residing in this exercise the action of the sign interpreter who, when reading the photograph, assigns senses / meanings and elaborates his thought.

O ensino de Geografia nos anos inicias do Ensino Fundamental se caracteriza pelo trabalho articulado com as múltiplas linguagens na perspectiva de contribuir para a construção dos saberes geográficos dos alunos. Dentre essas linguagens podemos citar as histórias infantis e os desenhoscomo propostas de atividades que buscam fomentar a imaginação e a criatividade desses sujeitos, muito comum nessa fase da escolaridade. Desse modo, a presente dissertação tem como objetivo geral analisar a potencialidade do uso das histórias infantis associadas a construção de mapas mentais para o desenvolvimento dos saberes geográficos dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. Tendo por base esse foco, partimos do pressuposto que os conceitos geográficos pertinentes ao trabalho escolar de Geografia nesta fase, como Lugar e Paisagem, precisam ser associados às atividades didático-pedagógicas que possibilitem a compreensão dos alunos sobre o cotidiano e de suas práticas sociais. Assim buscamos integrar na prática escolar a contação de histórias infantis e a construção de mapas mentais, como linguagens potenciais ao universo desses alunos e como mediação para a construção dos saberes geográficos. Para isso, selecionamos duas turmas de 3o ano do EF de uma escola pública de Goiânia/GO para a contação de duas histórias, a saber: “O menino que colecionava lugares/Jader Janer” e “Chapeuzinho Vermelho/Irmãos Grimm”, e, posteriormente, foram realizadas duas atividades de elaboração de mapas mentais, sendo uma na perspectiva de contribuir para a construção do conceito de Lugar e outra para o conceito de Paisagem. Como resultados, pudemos observar inicialmente a forte potência dessas linguagens para o trabalho em sala de aula, pois os alunos mostrara-se motivados para desenvolver as atividades propostas a partir da contação de história e na construção das representações cartográficas. Além disso foi possível analisar como os conceitos de Lugar e Paisagem foram compreendidos de modo mais claro pelos alunos a partir da articulação com essas linguagens. Foi perceptível como a contação de histórias e os mapas mentais possibilitaram o entendimento desses conceitos, bem como sua articulação com o cotidiano desses sujeitos. Por fim, reconhecemos a potencialidade dessas linguagens associadas às práticas escolares de Geografia e construídas a partir de contextos de vivências e experiências dos alunos. La enseñanza de la Geografía en los primeros años de la Escuela Primaria se caracteriza por el trabajo articulado con múltiples idiomas en la perspectiva de contribuir a la construcción del conocimiento geográfico de los estudiantes. Entre estos idiomas podemos mencionar los cuentos infantiles y dibujos como propuestas de actividades que buscan fomentar la imaginación y creatividad de estos sujetos, muy comunes en esta etapa de la escolarización. De este modo, la presente disertación tiene como objetivo analizar el uso potencial de los cuentos infantiles asociados con la construcción de mapas mentales para el desarrollo del conocimiento geográfico de los estudiantes de los primeros años de la Escuela Primaria. Basados en este enfoque, asumimos que los conceptos geográficos pertinentes al trabajo escolar de Geografía en esta etapa, como Lugar y Paisaje, deben asociarse con actividades didácticas y pedagógicas que permitan a los estudiantes comprender la vida cotidiana y sus prácticas sociales. Así, buscamos integrar en la práctica escolar el relato de cuentos infantiles y la construcción de mapas mentales, como lenguajes potenciales para el universo de estos estudiantes y como mediación para la construcción del conocimiento geográfico. Para hacer esto, seleccionamos dos clases del tercer año del EF de una escuela pública en Goiânia / GO para contar dos historias, a saber: "El niño que coleccionó lugares / Jader Janer" y "Caperucita Roja / Hermanos Grimm" Más tarde, se llevaron a cabo dos actividades de mapeo mental, una de las cuales fue contribuir a la construcción del concepto de Lugar y otra al concepto de Paisaje. Como resultados, pudimos observar inicialmente el gran poder de estos idiomas para el trabajo en el aula, ya que los estudiantes se sintieron motivados a desarrollar las actividades propuestas a partir del conteo de historia y la construcción de las representaciones cartográficas. Además, fue posible analizar cómo los conceptos de Lugar y Paisaje se entendían más claramente por los estudiantes a partir de la articulación con estos idiomas. Se notó cómo la narración y los mapas mentales hicieron posible la comprensión de estos conceptos, así como su articulación con la vida diaria de estos sujetos. Finalmente, reconocemos lapotencialidad de estos idiomas asociados a las prácticas escolares de geografía y construidos a partir de contextos de experiencias y experiencias de los estudiantes. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES