A tomada de decisão por parte da gestão das empresas para recorrerem a financiamentos bancários necessita de ser bem avaliada, uma vez que trará oscilações nas demonstrações financeiras. Desta forma é crucial compreender de que maneira a relação com os bancos e as condições do mercado bancário poderão afetar a empresa económica e financeiramente. Os objetivos desta dissertação passam por avaliar de que forma o poder do mercado bancário e o poder relativo dos bancos condicionou as empresas portuguesas, nas várias dimensões empresariais (micro, pequena, média e grande empresa), entre o período de 2006 a 2018, considerando os períodos de crise, nomeadamente nos custos de financiamento suportados, na rentabilidade empresarial e na estrutura de capital das empresas. Esta investigação foi elaborada em parceria com o Banco de Portugal que cedeu o programa de estatística STATA, onde foram trabalhados os dados em painel, e que remeteu posteriormente os resultados originais apenas com as informações autorizadas. A metodologia utilizada para o tratamento dos dados foi através de painéis estáticos com efeitos fixos, Pooled OLS e com erros padrão Driscoll-Kraay. Relativamente aos resultados obtidos, revelou-se que quando o poder bancário de mercado aumenta, os encargos financeiros suportados pelas empresas também aumentam, sendo que o poder relativo dos bancos não tem qualquer influência nos mesmos. Tal conclusão também se verificou nos anos de crise. Relativamente ao desempenho empresarial, este aumenta nas PME quando recorre ao crédito bancário em mercados concentrados e diminui quando um banco tem um maior poder relativo. Nos anos de crise, as duas variáveis independentes aumentam a rentabilidade das empresas. Por fim, a estrutura de capital das empresas melhorou quando se verificou um maior poder de mercado, o que também aconteceu nos anos de crise. Mas perante um banco com maior quota, esta variável piorou nas grandes empresas e melhorou nas PME, tal como nos períodos de crise. Pretende-se com esta dissertação auxiliar a gestão das empresas na tomada de decisões bancárias, tendo presente o impacto que terão. Em investigações futuras sugere-se que seja feita uma análise onde sejam incluídos outros indicadores e variáveis, de modo a complementar a informação, tal como as condições de crédito e outros espaços geográficos e temporais. ABSTRACT The decision making by a company´s management board in order to access bank financing needs to be thoroughly evaluated since it will bring financial demonstrations oscillation. Thus, it’s crucial to understand in what way can the relationship with banks and the market conditions affect the company economically and financially. The objective of this dissertation is to evaluate in what way the power of the banking market and the bank related power has conditioned portuguese companies, in various dimensions (micro, small, medium and large enterprises), between the years of 2006 and 2018, considering periods of economic crisis, namely in the financing costs, firm performance and in the firm capital structure. This investigation was done in collaboration with Banco de Portugal that gave away the STATA statistics program, where the data was processed, and later sent the original data containing only authorized information. The methodology used to process the raw data was using static panels with fixed effects, Pooled OLS and with standard errors Driscoll-Kraay. Relative to the results obtained, it was revealed that when the bank market power increases, the financial charge also increases and the relative power of banks has no influence on this. This conclusion was also verified on the years of economic crisis. Relative to the firm performance, it increases on Small and Medium-Sized Enterprises (SMEs) when they resort to credit in concentrate's bank markets and diminishes when the bank has higher relative power. During the years of economic crisis both independent variables increased companies' profitability. Lastly, the enterprises’ capital structure has improved when a greater market power was noticeable, which also was the case during economic crisis years. But when facing a bank with a larger quota, the firm capital structure was worse for bigger enterprises and better for SMEs as seen on the economic crisis period. The intention of this dissertation is to be a management aid for companies when undertaking banking decisions by elucidating the impact these decisions can have. In future investigations it’s suggested a more comprehensive analysis of the data and that other indicators and variables are taken into account to have a more complete information set, such as contractual credit conditions and other geographic and temporal spaces.