JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Em estudo com células endoteliais de veias umbilicais humanas expostas à indometacina, foi observado aumento da atividade pró-coagulante. Estudo em coelhos comprovou a presença de trombose nas veias auriculares após administração de tenoxicam com seu diluente ou de seu diluente isolado. Não foram encontrados estudos na literatura consultada que tenham avaliado o endotélio venoso após a administração do tenoxicam, em seres humanos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar se o tenoxicam com cloreto de sódio a 0,9% (NaCl a 0,9%) provoca alterações no endotélio venoso de coelhos, como as observadas quando associado ao seu diluente (água bidestilada). MÉTODO: Noventa coelhos (2.000 - 3.500 g) foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: Controle, com administração de NaCl a 0,9%; Experimento, com tenoxicam (20 mg) associado à água bidestilada ou ao NaCl a 0,9%. O volume injetado nos dois grupos foi constante de 2 ml. A anestesia foi induzida com maleato de acepromazina, cloridrato de cetamina e cloridrato de xilazina, sendo a punção das veias auriculares caudais direita e esquerda realizada com agulha tipo borboleta 27G. Os animais foram mantidos no biotério por 6 h, 12 h e 24 h, novamente anestesiados e submetidos à eutanásia, sendo então realizada exérese das aurículas em sua base e posterior avaliação microscópica das veias. RESULTADOS: Observou-se trombose no grupo Experimento, numa porcentagem de 19,4% após administração do tenoxicam com água bidestilada e 22,2% após administração do tenoxicam com NaCl a 0,9%. No grupo Controle, em que foi injetado somente NaCl a 0,9%, nenhuma das veias apresentou trombose. CONCLUSÕES: Os resultados encontrados permitem concluir que o tenoxicam, com água bidestilada ou com solução de cloreto de sódio a 0,9%, produziu trombose nas veias em que foi injetado.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: En estudio con células endoteliales de venas umbilicales humanas expuestas a la indometacina, fue observado aumento de la actividad pró-coagulante. Estudio en conejos comprobó la presencia de trombosis en las venas auriculares después de la administración de tenoxicam con su diluyente o de su diluyente aislado. No fueron encontrados estudios en la literatura consultada que hayan evaluado el endotélio venoso después de la administración de tenoxicam, en seres humanos. El objetivo de esta pesquisa fue evaluar se el tenoxicam con cloreto de sodio a 0,9% (NaCl a 0,9%) provoca alteraciones en el endotélio venoso de conejos, como las observadas cuando asociado a su diluyente (agua bidestilada). MÉTODO: Noventa conejos (2.000 - 3.500 g) fueron distribuidos aleatoriamente en dos grupos: Control, con administración de NaCl a 0,9%; Experimento, con tenoxicam (20 mg) asociado a agua bidestilada o al NaCl a 0,9%. El volumen inyectado en los dos grupos fue constante de 2 ml. La anestesia fue inducida con maleato de acepromazina, clorhidrato de cetamina y clorhidrato de xilazina, siendo la punción de las venas auriculares caudales derecha e izquierda realizada con aguja tipo mariposa 27G. Los animales fueron mantenidos en el biotério por 6 h, 12 h e 24 h, nuevamente anestesiados y sometidos a eutanasia, siendo entonces realizada exéresis de las aurículas en su base y posterior evaluación microscópica de las venas. RESULTADOS: Se observó trombosis en el grupo Experimento, en una porcentaje de 19,4% después de administración del tenoxicam con agua bidestilada y 22,2% después administración del tenoxicam con NaCl a 0,9%. En el grupo Control, en que fue inyectado, solamente NaCl a 0,9%, ninguna de las venas presento trombosis. CONCLUSIONES: Los resultados encontrados permiten concluir que el tenoxicam, con agua bidestilada o con solución de cloreto de sodio a 0,9%, produjo trombosis en las venas en que fue inyectado.BACKGROUND AND OBJECTIVES: After exposure to indomethacin, human umbilical vein endothelial cells have shown increased procoagulant activity. Thrombosis in rabbit auricular veins has been observed after injection of tenoxicam with its diluent or of the diluent alone ². Human studies evaluating venous endothelium after tenoxican injection were not found in the literature. This study aimed at evaluating whether tenoxicam with 0.9% sodium chloride changes the venous endothelium of rabbits as it is observed when associated to its diluent (bidistilled water). METHODS: The study involved 90 rabbits (2000 and 3500 grams) divided in two groups: Control group, which received 0.9% NaCl; Experimental group, which received tenoxicam (20 mg) with bidistilled water or with 0.9% NaCl. A constant volume of 2 ml was administered to both groups. Anesthesia was induced with acepromazine maleate, ketamine hydrochloride and xylazine hydrochloride, and the puncture of right and left caudal auricular veins was performed with a 27G butterfly needle. Animals were confined for 6 hrs, 12 hrs, and 24 hrs, when they were once more anesthetized and sacrificed, with extraction of the auriculae at their base, followed by microscopic venous study. RESULTS: Thrombosis was observed in 19.4% of the Experimental Group after the administration of tenoxicam with bidistilled water and in 22.2% after the administration of tenoxicam with 0.9% sodium chloride. In the Control group, which has only received 0.9% sodium chloride, no thrombosis was observed. CONCLUSIONS: It was possible to conclude that tenoxicam, either with bidistilled water or 0.9% sodium chloride, has induced thrombosis in the veins it was injected.