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2. FATORES ASSOCIADOS À INCIDÊNCIA DE SÍFILIS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM SALVADOR
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Rafaella Tambone Barral, Monaliza Cardozo Rebouças, Maria Fernanda Bahia Bacellar Souza, Thiago Pinho Cordeiro Araújo, Leonardo Bandeira Cerqueira Zollinger, Maria Alice Magalhães Marques, Ana Julia do Nascimento Araújo, Priscila Alkmim de Oliveira Magnavita de Sousa, Marcio Pires dos Santos, José Adriano Goes Silva, Miralba Freire de Carvalho Ribeiro da Silva, and Fabianna Márcia Maranhão Bahia
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HIV Sífilis Incidência ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: A sífilis ainda se constitui um grave problema de Saúde Pública, com frequência e gravidade maiores entre as pessoas que vivem com HIV (PVHIV). Um aumento acentuado na incidência de sífilis ocorreu em vários países nos últimos anos, incluindo o Brasil. Nosso objetivo foi investigar os fatores associados à incidência de sífilis em PVHIV acompanhados no Centro de Referência Estadual DST/HIV/AIDS em Salvador. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte, envolvendo PVHIV matriculadas no CEDAP em 2017 e que realizaram investigação para sífilis na ocasião da matrícula. O diagnóstico da sífilis foi realizado com o teste rápido treponêmico (teste qualitativo) e o VDRL (teste quantitativo) no soro. Identificamos incidência de sífilis como viragem de teste treponêmico positivo ou um aumento ≥2 vezes nos títulos consecutivos de VDRL, conforme fluxograma laboratorial definido pelo Ministério da Saúde, realizado após o exame basal até 31/12/2022. Calculamos o risco relativo e a densidade de incidência de sífilis ao longo de 5 anos. O cálculo amostral considerou o poder estatístico de 80% e erro de 5%, com amostragem aleatória simples. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab e obteve apoio financeiro do CNPQ. Resultados: A amostra foi composta por 381 PVHIV, com média de idade de 36,7 (±10,9) anos. Do total, 64,6% eram do sexo masculino, residentes em Salvador (77,7%), autodeclarados negros ou pardos (87,4%), solteiros (71,7%), com até 8 anos de estudo (49,8%), heterossexuais (55,7%). Na ocasião da matrícula, 21,8% tiveram diagnóstico de sífilis, 23,1% com passado de sífilis. Ocorreram 37 casos novos de sífilis com densidade de incidência 30,3 casos por pessoa-ano. Cerca de 29,7% dos casos eram sintomáticos (manchas e lesões de pele mais descritas) e 37,8% foram classificados como sífilis latente. Os pacientes com casos novos de sífilis eram ligeiramente mais jovens (34,9 versus 36,8 anos de idade média; p > 0,05), mais propensos a serem homens (p = 0,02; RR 3,5 IC95% 1,4 – 8,8), solteiros (p = 0,58), homem que faz sexo com homem (p < 0,01; RR 3,2 IC95% 1,6 – 6,3;), negros e pardos (p > 0,05). Conclusão: Os casos novos de sífilis foram frequentes entre PVHIV, com taxas mais elevadas entre homens e HSH com sífilis adquirida no período. Estratégias de diagnóstico para infecções sexualmente transmissíveis devem priorizar esse grupo de pacientes (PVHIV).
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3. FATORES ASSOCIADOS ÀS MUDANÇAS DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL INICIAL EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NA BAHIA – BRASIL
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Monaliza Cardozo Rebouças, Leonardo Bandeira Cerqueira Zollinger, Scarlat Marjory de Oliveira Moura, Laiane dos Santos Ribeiro Machado, Rafaella Tambone Barral, Maria Fernanda Bahia Bacellar Souza, Thiago Pinho Cordeiro Araújo, Simone murta Martins, Marcio Pires dos Santos, José Adriano Goes Silva, Anderson Vinicius Mota de Souza, Fabianna Márcia Maranhão Bahia, and Carlos Roberto Brites Alves
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Terapia Antirretroviral HIV Mudança ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar os fatores associados às mudanças da terapia antirretroviral (TARV) inicial dos indivíduos acompanhados no serviço de referência estadual em Salvador, Bahia. Métodos: Estudo longitudinal, incluindo todas as PVHIV, maiores de 18 anos, matriculadas no Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP) em 2017 e em uso de TARV. Foram analisadas mudanças ocorridas até 31/12/2022. Os dados foram extraídos dos prontuários e de sistemas nacionais (SISCEL e SICLOM). Foram coletados variáveis epidemiológicas, clínicas, tratamento, motivo da troca, adesão suficiente (superior a 80% das retiradas de ARV na farmácia), sucesso virológico na troca (carga viral inferior a 50 cópias/mL) e óbito. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab. Resultados: Foram incluídos 493 indivíduos em TARV. A idade média foi 36,8±10,8 anos e variou de 18 a 73 anos. Prevaleceu o sexo masculino (64,1%), autodeclarados negros e pardos (84,6%), com até 8 anos de estudo (48,2%), residentes em Salvador (78,7%). O tempo médio de seguimento foi 154 semanas. A TARV inicial mais frequente foi a combinação de lamivudina (3TC) + tenofovir (TDF) + Dolutegravir (DTG) (60,4%), seguido de 3TC+TDF associado ao Efavirenz (25,0%) ou Atazanavir/ritonavir (4,9%). Ocorreram 173 trocas de esquema inicial, com tempo médio 50 semanas entre o início da TARV e a troca. As mudanças foram menos frequentes na TARV inicial baseada em DTG (15,9%) do que naquela sem DTG (65,1%), com risco 2,4 vezes maior de necessitar mudança na TARV (p < 0,01; IC 2,0 – 2,9). A ocorrência de reações adversas foi o principal motivo para as mudanças (41,0%), respondendo por 23,9% para esquemas baseados em DTG versus 76,1% para outros ARV (p > 0,05). A reação adversa ao DTG ocorreu em 15,2%, com ocorrência de alteração no padrão de sono, peso e tontura. O EFV foi associado a 29,9% de reações como alucinação, alteração no padrão de sono, ansiedade e depressão. Houve associação negativa entre a ocorrência de trocas e insucesso virológico (p < 0,01; IC 1,6-3,9). Foram observados 39 óbitos na amostra e, em 16 casos (41,0%), houve mudança de tratamento. Conclusão: O principal determinante das mudanças de TARV inicial foi a ocorrência de RAM. A maioria dos pacientes mudou a TARV inicial uma única vez. A TARV inicial baseada em DTG reduz a necessidade de mudanças no tratamento e favorece a manutenção do sucesso virológico.
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4. IMPACTO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL A PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS- EXPERIÊNCIA DO CENTRO ESTADUAL DE REFERÊNCIA NA BAHIA, BRASIL
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Rodrigo Almeida Magalhães Oliveira, Monaliza Cardozo Rebouças, Marcio Pires dos Santos, Fabianna Marcia Maranhão Bahia, Leila Regina Amorim Araújo de Azavedo, Silvio Romero da Silva Larangeira Junior, and Miralba Freire de Carvalho Ribeiro da Silva
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HIV COVID-19 Assistência médica ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: A pandemia de COVID-19 causou prejuízos na qualidade assistencial a Pessoas Vivendo com HIV/AIDS (PVHA) no Brasil e no mundo, sendo que a dimensão deste impacto ainda não foi plenamente mensurada. Este estudo avaliou o impacto da pandemia no tratamento de PVHA no Centro Estadual de Referência da Bahia, considerando os aspectos clínicos, de adesão à terapia antirretroviral (TARV) e de falhas terapêuticas, com base na assistência pré-pandemia. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal e retrospectivo oriundo do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa, de 03/2018 a 02/2022. Foram analisadas a adesão à TARV, a frequência de consultas médicas e as falhas terapêuticas. Os dados foram coletados de prontuários e sistemas de informações nacionais. Foram incluídas PVHA em seguimento no centro com diagnóstico de HIV, maiores de 18 anos e com retirada de TARV 3 meses antes do estudo. A seleção foi por amostragem aleatória simples, em uma população de 357 PVHA do Estudo de Coorte Ambispectiva em pacientes HIV acompanhados em um Centro de Referência na Bahia, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. O cálculo amostral considerou um erro padrão de 5%. Resultados: A amostra foi composta por 162 participantes que atenderam aos critérios de inclusão, com cerca de 51,2% de indivíduos do sexo masculino (média de 49,73 anos; ± 10,62 anos). Houve uma redução significativa na taxa de consultas médicas, de exames de carga viral e linfócitos T CD4, assim como na adesão à TARV, quando comparado ao ano pré-pandemia com o primeiro ano de pandemia (média de 0,74; ±2,67; p < 0,05). A taxa de falhas virológicas manteve-se estável, mas houve um menor número de exames realizados durante a pandemia. A proporção de PVHA sem nenhuma dispensa de ARV no ano aumentou 4 vezes entre o período pré-pandemia e o período de vigência da pandemia (p < 0,05), apesar do centro ter um funcionamento pleno da farmácia, distribuição otimizada de ARV e atendimento clínico com triagem nos primeiros 2 meses de pandemia, seguido de atendimento universal. Conclusão: Este estudo evidenciou impactos importantes na adesão à TARV, na realização de exames e de consultas médicas ambulatoriais na pandemia, apesar das medidas adotadas. Tais resultados ratificam a necessidade de serviços especializados em cuidado a PVHA desenvolverem novas estratégias com o objetivo de mitigar falhas no tratamento em situações-limite, como pandemias ou emergências de doenças infecciosas.
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- 2023
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5. MORTALIDADE E PRINCIPAIS DESFECHOS CLÍNICOS EM PESSOAS VIVENDO COM HIV: 20 ANOS DE ACOMPANHAMENTO EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NA BAHIA – BRASIL
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Monaliza Cardozo Rebouças, Priscila Alkmim de Oliveira Magnavita de Sousa, Rafaella Tambone Barral, Gabriel Rian Santos da Cruz, Maria Fernanda Bahia Bacellar Souza, Thiago Pinho Cordeiro Araújo, Maria Alice Magalhães Marques, Leonardo Bandeira Cerqueira Zollinger, Talita Andrade Oliva, Marcio Pires dos Santos, José Adriano Goes Silva, Fabianna Márcia Maranhão Bahia, and Carlos Roberto Brites Alves
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Mortalidade Desfechos clínicos HIV ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: A Coorte ECOAH (Estudo de Coorte Ambispectiva em pacientes HIV acompanhados em um centro de referência na Bahia–Brasil, 2001–2030) visa entender a epidemia por HIV na Bahia. Objetivamos descrever a mortalidade das pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV) em 20 anos de acompanhamento no CEDAP (Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa). Métodos: Estudo longitudinal, incluindo todas as PVHIV, maiores de 18 anos, matriculadas no CEDAP, entre 2002 a 2021. Os dados foram obtidos a partir dos registros individuais, com busca ativa de óbito das PVHIV, no Sistema de Informação de Mortalidade com declarações de óbito disponíveis até 31/06/2022. As causas de morte foram agrupadas em 13 categorias baseadas na 10ª edição da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab, com apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Resultados: Ocorreram 21.689 matriculas no CEDAP no período. Do total, 61,0% (n = 13.240) relacionavam-se ao HIV/AIDS em maiores de 18 anos e destas, 48,0% (n = 10.508) foram acompanhadas no centro. A taxa de mortalidade geral foi 19,3% (n = 2026), o tempo médio de seguimento 6,1 anos (±3,9) e a média de idade ao morrer 42,9 (±12,6) anos. Em 5,5% dos casos, os óbitos ocorreram no mesmo ano de matrícula. Prevaleceu o sexo masculino (62,4%), solteiros (57,7%), autodeclarados negros e pardos (79,1%), com até 8 anos de estudo (40,7%), residentes em Salvador (70,7%). O óbito foi mais frequente em hospitais (76,2%) e 5,5% dos casos ocorreram no mesmo ano de matrícula, podendo refletir o acesso tardio ao tratamento e/ou cuidados clínicos. A causa básica associada ao HIV/Aids ocorreu em 63,2%, seguida das causas externas (8,8%), neoplasias (5,3%) e doenças cardiovasculares (5,1%). A tuberculose foi a coinfecção mais frequentemente relatada como causa imediata ou associada ao óbito (8,4%). Considerando os óbitos ocorridos a partir de 2020 (n = 310), cerca de 15% foram associados à infecção pelo coronavírus (COVID-19), reflexo do impacto da coinfecção por COVID nas PVHIV. Conclusão: Os resultados relativos à mortalidade das PVHA acompanhadas no centro de referência da Bahia demonstram que as principais causas de morte nessa população ainda são aquelas diretamente relacionadas ao HIV/Aids, a despeito de dados recentes demonstrando uma redução das mortes associadas ao HIV/Aids.
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- 2023
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6. SIMPLIFICAÇÃO TERAPÊUTICA COM LAMIVUDINA (3TC) E DOLUTEGRAVIR (DTG) EM PESSOAS VIVENDO COM HIV NA BAHIA: DADOS DE VIDA REAL
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Thiago Pinho Cordeiro Araújo, Maria Fernanda Bahia Bacellar Souza, Monaliza Cardozo Rebouças, Priscila Alkmim de Oliveira Magnavita de Sousa, Ana Julia do Nascimento Araújo, Leonardo Bandeira Cerqueira Zollinger, Maria Alice Magalhães Marques, Rafaella Tambone Barral, Janli Kelly Pereira Fontes dos Santos, Marcio Pires dos Santos, José Adriano Goes Silva, and Fabianna Márcia Maranhão Bahia
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Antirretrovirais Simplificação Duplaterapia HIV Dolutegravir ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: A terapia dupla 3TC/DTG (lamivudina/dolutegravir) em pessoas vivendo com HIV (PVHIV), estáveis e com supressão viral, foi liberada no Brasil em 2019. Os estudos com pacientes virgens de tratamento ou experimentados apresentaram excelentes resultados de supressão virológica a longo prazo. Objetivamos avaliar a supressão virológica de PVHIV em simplificação terapêutica com 3TC/DTG no CEDAP (Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa). Métodos: Estudo longitudinal prospectivo da utilização na prática clínica de esquema antirretroviral (ARV) simplificado com 3TC/DTG há pelo menos 6 meses em PVHIV, maiores de 18 anos, em acompanhamento no CEDAP, entre 2019 a 2022, com carga viral (CV) pós simplificação disponível. Foi utilizada a CV para avaliação da resposta terapêutica e considerados “sucesso virológico” CV < 50 cópias/mL nas semanas 48 (sem48) e 96 (sem96) após a simplificação. A adesão foi avaliada pelo número de retiradas dos ARV e definida como “adesão suficiente” para retiradas superiores a 80%. O cálculo amostral considerou o poder estatístico de 80% e erro de 5%, com amostragem aleatória simples. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab. Resultados: A amostra foi composta por 223 PVHIV em uso de 3TC/DTG até 2022, com média de idade de 50,5 (±12,4) anos, 65,0% do sexo masculino, residentes em Salvador (83,0%), autodeclarados negros ou pardos (82,5%), com até 8 anos de estudo (69,0%). A média de linfócitos CD4 (CD4) pré-simplificação foi de 445,7 (±311,1) células/mm3. O número médio de esquemas ARV foi 3,0 (±1,4) e o tempo médio de tratamento de 9,8 (±5,4) anos até a simplificação. Do total de pacientes 99,1% mantiveram supressão virológica (
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7. TRANSMISSÃO VERTICAL, RETENÇÃO E ADESÃO AO TRATAMENTO DO HIV NO CONTEXTO DA MATERNIDADE EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA, SALVADOR, BAHIA
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Simone Andrade Porto São Pedro, Monaliza Cardozo Rebouças, Scarlat Marjory de Oliveira Moura, Janli Kelly Pereira Fontes dos Santos, Fabianna Márcia Maranhão Bahia, Ana Gabriela Alvares Travassos, and Maria de Fátima Dias Costa
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Transmissão vertical Adesão Retenção HIV ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A transmissão de infecção pelo HIV de mãe para filho, durante a gestação, o trabalho de parto, o nascimento e o aleitamento ainda constituem um grave problema de saúde pública no Brasil. O objetivo geral do presente estudo foi investigar a transmissão vertical (TV), retenção ao tratamento de HIV e adesão à medicação antirretroviral de mulheres nos na gestação e primeiros doze meses após o parto. Método: Este é um estudo do mundo real, baseado em uma amostra de conveniência obtida em centro especializado na assistência às gestantes com HIV na Bahia (Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa, CEDAP). Desenho longitudinal, retrospectivo, com coleta de dados das gestantes maiores de 18 anos, em acompanhamento pré-natal no CEDAP nos anos de 2015 e 2018, com seguimento de até 12 meses no pós-parto. Além disso, foram avaliados os neonatos expostos ao HIV até o desfecho sobre a TV. Resultados: Participaram 235 mulheres com HIV, 42,6% gestantes em 2015 e 57,4% em 2018. A média de idade foi 28,4 (±6,7) e variou de 18 a 41 anos. As gestantes, em sua maior parte, tinham baixo nível de escolaridade, eram solteiras, se autodeclararam pretas e pardas, procedentes de Salvador e com diagnóstico do HIV anterior à gestação atual. A gravidez foi não planejada, para a maioria, e muitas tiveram diagnóstico de sífilis no período do acompanhamento pré-natal. A taxa de não detecção da carga viral (CV) foi superior a 60% no período mais próximo do parto, e mais de 90% estavam com adequação às recomendações do protocolo de prevenção da TV. No entanto, observou-se redução nas taxas de adesão e retenção (53% e 28%, respectivamente), considerando os períodos pré e pós-parto. A taxa de TV foi de 2,6% e a CV do parto, não detectável, foi considerada fator de proteção para transmissão vertical (p = 0,014; RR = 0,928). As gestantes não experimentadas e aquelas que tiveram diagnóstico de sífilis no período pré-natal apresentaram maior risco de TV para o RN (p < 0,01; RR = 1,1; p < 0,01; RR = 6,4, respectivamente). Conclusão: As gestantes que descobrem o HIV na gestação e aquelas com diagnóstico de sífilis no período pré-natal apresentaram maior risco de TV para o RN. Por outro lado, a CV não detectada pré-parto foi considerada fator de proteção para transmissão vertical. Os resultados encontrados apontam um melhor desempenho das mulheres durante o período do pré-natal do que no período do pós-parto.
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- 2023
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8. PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM INFECÇÃO POR GONOCOCOS RESISTENTES AO CIPROFLOXACINO ATENDIDOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA ESTADUAL PARA INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS NA BAHIA
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Douglas Pires Pereira, Miralba Freire de Carvalho Ribeiro da Silva, Claudilson José de Carvalho Bastos, Monaliza Cardozo Rebouças, and Leila Regina Amorim Araújo de Azevedo
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Gonorreia Ciprofloxacino Resistência Microbiana a Medicamentos ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a gonorreia é a segunda infecção sexualmente transmissível (IST) bacteriana mais frequente no mundo, gerando um forte impacto econômico e social na população. No Brasil, os dados epidemiológicos sobre a gonorreia são escassos. Nesse contexto, é de suma importância conhecer as características clínicas e epidemiológicas dos indivíduos acometidos pela doença. Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico de pacientes atendidos entre outubro/2015 e dezembro/2016, em um centro de referência para IST na Bahia com diagnóstico de uretrite gonocócica resistente a ciprofloxacino. Método: Trata-se de um estudo de corte transversal envolvendo pacientes com diagnóstico de uretrite gonocócica, confirmada por métodos laboratoriais e com perfil de sensibilidade a antibióticos, que participaram de um programa sentinela multicêntrico, ocorrido entre outubro/2015 e dezembro/2016. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa em dezembro de 2018. Os dados foram obtidos através da revisão de prontuários. Foi realizada uma análise descritiva e estatística inferencial visando verificar associações entre a presença de resistência a ciprofloxacino com outras variáveis. Resultados: Noventa e nove participantes foram incluídos no estudo. Foi encontrada resistência a ciprofloxacino em 53 pacientes. A média de idade dos pacientes com gonococos resistentes a ciprofloxacino foi de 25 anos. Desses pacientes, 64,2% eram pardos, 50,9% heterossexuais, 98,2% solteiros e procedentes da capital. Corrimento e disúria foram os sintomas mais frequentes e o esquema de tratamento empregado em maior escala foi a associação ciprofloxacino e azitromicina. A taxa de infecção pelo HIV entre os resistentes foi de 5,7% e por sífilis de 13,2%. Não houve casos de infecção pelo vírus HTLV e Hepatites B ou C. A história de gonorreia prévia foi um fator associado à ocorrência de resistência, sendo estatisticamente significante (p < 0,05). Conclusão: Entre os pacientes com gonorreia resistente a ciprofloxacino predominaram os adultos jovens, heterossexuais, pardos e solteiros. O número de coinfectados por gonorreia e sífilis foi alto. Não houve disparidades relevantes entre fatores clínicos e epidemiológicos apresentados pelos pacientes dos grupos resistente e sensível. Foi encontrada associação entre passado de gonorreia e infecção por cepas resistentes, sugerindo que o uso prévio de antibiótico teve correlação com resistência.
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9. PREVALÊNCIA DE SÍFILIS E COINFECÇÃO COM HIV NA POPULAÇÃO TRANSGÊNERO ACOMPANHADA NO AMBULATÓRIO MULTIDISCIPLINAR DE ATENÇÃO À SAÚDE DA POPULAÇÃO TRANSGÊNERO NO CENTRO ESTADUAL ESPECIALIZADO EM DIAGNÓSTICO, ASSISTÊNCIA E PESQUISA - BAHIA (CEDAP-BA)
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Júlia Brito Vieira Thimmig, Miralba Freire de Carvalho Ribeiro da Silva, Patrícia Maria Almeida Silva, Ailton da Silva Santos, Monaliza Cardozo Rebouças, Luciana Mattos Barros Oliveira, and Leila Regina Amorim Araújo de Azevedo
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Sífilis Transgênero Transexualidade Infecções sexualmente transmissíveis ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução/Objetivo: Segundo o Ministério da Saúde, em 2021, foram registrados no Brasil mais de 167 mil novos casos de sífilis adquirida, e até junho de 2022, somaram-se mais 79.587 casos. Em 2018 foi relatado prevalência de sífilis de 26,9% em homens que fazem sexo com homens, valores 355 vezes maiores que os da população geral brasileira, com variação de 30 a 75% em mulheres transgênero, dependendo da região do país. É conhecida a dificuldade de acesso da população transgênero a serviços de saúde, que leva a escassez de dados deste recorte populacional e influi negativamente no planejamento de assistência e promoção da qualidade de vida. Este estudo objetiva contribuir para o conhecimento da saúde da população transgênero, provendo dados para a melhoria da assistência. Métodos: Trata-se de um estudo original, descritivo e de corte transversal, com amostragem por conveniência, não probabilística. Os dados foram coletados a partir de questionários elaborados para um estudo de coorte em atenção à saúde das pessoas transgênero atendidas no CEDAP. A população inclui todos os homens e mulheres transexuais, travestis, gênero Queer e não binário cadastradas no CEDAP, maiores de 18 anos, em acompanhamento ambulatorial, que tenham assinado o termo de consentimento livre e esclarecido. Resultados: Foram colhidos 108 questionários. A maioria dos participantes foram mulheres trans, heterossexuais, negras, que se relacionavam com homens cisgêneros. Dos pacientes testados para sífilis, 53,8% apresentaram teste rápido (treponêmico) reagente e 62,7% VDRL reagente, sendo esses, 100% mulheres trans. Cerca de 30% dos pacientes apresentaram ambos os testes treponêmico e VDRL positivos (infecção recente) e 27,8% tinham coinfecção entre HIV e sífilis. Os pacientes envolvidos foram majoritariamente heterossexuais e relataram relações com homens cis. Essas informações associadas ao baixo uso de preservativos em todas as relações sexuais são fatores de risco para a incidência de infecções sexualmente transmissíveis em mulheres transgêneros. Tais dados se refletem na alta taxa de prevalência de sífilis encontrada na população estudada, muito superior à da população geral, somando-se ao fato de que todos os testes reagentes ocorreram em mulheres trans. Conclusão: Os dados obtidos reforçam a necessidade de campanhas educacionais para prevenção da sífilis, além do tratamento e acompanhamento desse recorte populacional, que se mostra mais sujeito aos fatores de risco dessa patologia.
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- 2023
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10. Factors associated with mortality in HIV patients failing antiretroviral therapy, in Salvador, Brazil
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Tatiana Haguihara, Márcio da Oliveira Silva, Monaliza Cardozo Rebouças, Eduardo Martins Netto, and Carlos Brites
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Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Highly active antiretroviral therapy (HAART) has significantly improved survival of people living with HIV/Aids (PLWHA). However, poor treatment adherence to HAART and other problems, still cause therapy failure and contribute to increased morbidity and mortality of PLWHA. In this retrospective cohort study (2013–2015), we sought to evaluate the factors associated with mortality of PLWHA failing HAART in 2013, who were receiving care at a reference center for sexually transmitted diseases (STD) and HIV/AIDS. A total of 165 individuals over 18 years of age who were failing antiretroviral therapy were evaluated. In two-year follow-up, 19 (11.5%) deaths were documented. There were a significant association between mortality and report of illicit drug use (53%, p
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- 2019
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11. Tuberculosis incidence among people living with HIV/AIDS with virological failure of antiretroviral therapy in Salvador, Bahia, Brazil
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Monaliza Cardozo Rebouças, Márcio Oliveira da Silva, Tatiana Haguihara, Carlos Brites, and Eduardo Martins Netto
- Subjects
Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Antiretroviral therapy for HIV has led to increased survival of HIV-infected patients. However, tuberculosis remains the leading opportunistic infection and cause of death among people living with HIV/AIDS. Tuberculosis has been shown to be a good predictor of virological failure in this group. This study aimed to evaluate the incidence of tuberculosis and its consequences among individuals diagnosed with virological failure of HIV. This was a retrospective cohort study involving people living with HIV/AIDS being followed-up in an AIDS reference center in Salvador, Bahia, Brazil. Individuals older than 18 years with HIV infection on antiretroviral therapy for at least six months, diagnosed with virological failure (HIV-RNA greater than or equal to 1000 copies/mL), from January to December 2013 were included. Tuberculosis was diagnosed according to the criteria of the Brazilian Society of Pneumology. Fourteen out of 165 (8.5%) patients developed tuberculosis within two years of follow-up (incidence density = 4.1 patient-years). Death was directly related to tuberculosis in 6/14 (42.9%). A high incidence and tuberculosis-related mortality was observed among patients with virological failure. Diagnosis of and prophylaxis for tuberculosis in high-incidence countries such as Brazil is critical to decrease morbidity and mortality in people living with HIV/AIDS. Keywords: Tuberculosis, Virological failure, HIV infection
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- 2017
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12. Sucesso virológico após switch para esquemas antirretrovirais contendo dolutegravir em pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana/aids, Salvador-Bahia, em 2018
- Author
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Beatriz Tejo Dantas, Monaliza Cardozo Rebouças, José Adriano Góes Silva, Ciro Chang Carvalho Santana, João Marcelo Bahia Bacellar Souza, Maria Fernanda Bahia Bacellar Souza, Marina Tejo Dantas, Talita Andrade de Oliva, Miralba Freire de Carvalho Ribeiro da Silva, and Fabianna Márcia Maranhão Bahia
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Introdução: O dolutegravir é um antirretroviral com diversos estudos mostrando sua eficácia, segurança e tolerabilidade. Nesse cenário, o Ministério da Saúde do Brasil instituiu a nota técnica 03/2018, que recomenda a substituição (switch) de esquemas antiretrovirais em pacientes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana, estáveis e com supressão viral, para esquemas baseados em dolutegravir. Entretanto existem fatores que podem comprometer tanto a segurança quanto a eficácia dessa estratégia. Objetivo: Avaliar a resposta virológica, a taxa de eventos adversos e descontinuações após o switch para esquemas baseados em dolutegravir. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, observacional, de dados secundários, que incluiu pacientes positivos para o vírus da imunodeficiência humana acompanhados em um centro de referência da Bahia, Brasil, que realizaram switch para esquemas baseados em dolutegravir em 2018. Foram avaliadas as cargas virais do vírus da imunodeficiência humana, contagens de linfócitos T-CD4+, peso, entre outras variáveis, antes e após um ano do switch. Variáveis categóricas foram expressas em frequências absolutas e relativas, e as quantitativas em média e desvio padrão. Para análise de associação entre as variáveis categóricas, foi utilizado o teste de qui-quadrado, ou McNemar, e, para as quantitativas, teste t de Student ou teste t de Student pareado. Foram considerados estatisticamente significantes os valores de p
- Published
- 2021
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13. GANHO DE PESO APÓS 'SWITCH' PARA ESQUEMAS ANTIRRETROVIRAIS CONTENDO DOLUTEGRAVIR EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS, SALVADOR-BAHIA, EM 2018
- Author
-
Beatriz Tejo Dantas, Monaliza Cardozo Rebouças, José Adriano Góes Silva, Ciro Chang Carvalho Santana, Miralba Freire de Carvalho Ribeiro da Silva, and Fabianna Márcia Maranhão Bahia
- Subjects
Microbiology (medical) ,Infectious Diseases - Published
- 2022
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14. SOBREVIDA DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS EM TRATAMENTO ESPECIALIZADO NO CEDAP, SALVADOR, BAHIA, 2002-2022
- Author
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Monaliza Cardozo Reboucas, Leonardo Bandeira Cerqueira Zollinger, Scarlat Marjory de Oliveira Moura, Laiane dos Santos Ribeiro Machado, Erica Paixão de Araújo, Simone Murta Martins, Talita Andrade Oliva, Marcio Pires dos Santos, Indira Lobo Bastos Silva Pereira, José Adriano Goes Silva, Anderson Vinicius Mota de Souza, Carlos Roberto Brites Alves, and Fabianna Márcia Maranhão Bahia
- Subjects
Sobrevida HIV/AIDS Tratamento Antirretoviral Mortalidade ,Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: O tempo de sobrevida de pacientes após o diagnóstico de aids têm sofrido alterações, com aumento significativo da expectativa de vida. Existem poucos dados epidemiológicos e estudos de evolução clínica no estado da Bahia. Nosso objetivo foi avaliar os fatores associados à sobrevida das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) em 20 anos de acompanhamento no centro de referência estadual, Salvador, Bahia. Método: Trata-se de um estudo de coorte ambispectiva, incluído PVHIV, maiores de 18 anos, matriculadas no CEDAP entre 2002-2020, Salvador (Bahia), randomizados após mapeamento dos motivos de matrícula no centro. Durante a consulta clínica de rotina, as PVHIV foram convidadas para participar da coorte com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido no período de 2018 a 2022. Utilizou-se o cálculo amostral simples, com nível de confiança de 95% e erro amostral de 5%. Os dados foram analisados com o programa SPSS (versão 20.0), através de estatística descritiva e inferencial. Para análise de sobrevida foram utilizadas curva de Kaplan Meier e teste long-rank. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab e foi realizado com apoio do CNPq. Resultados: A amostra randomizada foi composta por 155 PVHIV matriculados no período de 2002 a 2020. A média de idade foi 36,2 anos (±10,5), com predomínio do sexo masculino (60,0%), solteiros (44,4%), autodeclarados negros e pardos (91,1%) e residentes em Salvador (95,6%). O tempo médio de seguimento foi de 9,2 (±7,0) anos. Na ocasião da matrícula, 68,4% estavam sintomáticos, 34,2% tiveram diagnóstico de Aids e 13,5% diagnóstico de tuberculose (TB); a média da contagem de linfócitos T CD4 pré-TARVc foi de 220,6 cél/mm3 (±193,4) e 45,8% apresentaram CV superior a 100.000 cp/mL no momento pré-tratamento. Ao longo do seguimento, a incidência de TB foi de 21,9% (2,4 casos de TB/100 pessoas-ano. Os indivíduos avaliados usaram, em média, 4 esquemas ARV; 21,9% já falharam o tratamento (2,4 falhas/100 pessoas-ano) e 38,1% já abandonaram TARV (4,1 abandonos/100 pessoas-ano). A taxa de mortalidade foi de 25,8% (2,8 óbitos/100 pessoas-ano). A sobrevida foi menor em indivíduos com CV pré tarv > 100.000 cp/mL (p < 0,05) e história de abandono do tratamento (p
- Published
- 2023
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15. Tuberculosis incidence among people living with HIV/AIDS with virological failure of antiretroviral therapy in Salvador, Bahia, Brazil
- Author
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Márcio Oliveira da Silva, Carlos Brites, Eduardo Martins Netto, Monaliza Cardozo Rebouças, and Tatiana Haguihara
- Subjects
0301 basic medicine ,Microbiology (medical) ,Adult ,Male ,medicine.medical_specialty ,Pediatrics ,Tuberculosis ,Adolescent ,Opportunistic infection ,Anti-HIV Agents ,030106 microbiology ,lcsh:QR1-502 ,lcsh:Microbiology ,lcsh:Infectious and parasitic diseases ,Cohort Studies ,Virological failure ,03 medical and health sciences ,Young Adult ,0302 clinical medicine ,Acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) ,Antiretroviral Therapy, Highly Active ,medicine ,Humans ,lcsh:RC109-216 ,030212 general & internal medicine ,Treatment Failure ,Cause of death ,Aged ,Retrospective Studies ,AIDS-Related Opportunistic Infections ,business.industry ,Incidence (epidemiology) ,Incidence ,Retrospective cohort study ,Middle Aged ,HIV infection ,medicine.disease ,Antiretroviral therapy ,Surgery ,Infectious Diseases ,Female ,business ,Brazil - Abstract
Antiretroviral therapy for HIV has led to increased survival of HIV-infected patients. However, tuberculosis remains the leading opportunistic infection and cause of death among people living with HIV/AIDS. Tuberculosis has been shown to be a good predictor of virological failure in this group. This study aimed to evaluate the incidence of tuberculosis and its consequences among individuals diagnosed with virological failure of HIV. This was a retrospective cohort study involving people living with HIV/AIDS being followed-up in an AIDS reference center in Salvador, Bahia, Brazil. Individuals older than 18 years with HIV infection on antiretroviral therapy for at least six months, diagnosed with virological failure (HIV-RNA greater than or equal to 1000 copies/mL), from January to December 2013 were included. Tuberculosis was diagnosed according to the criteria of the Brazilian Society of Pneumology. Fourteen out of 165 (8.5%) patients developed tuberculosis within two years of follow-up (incidence density = 4.1 patient-years). Death was directly related to tuberculosis in 6/14 (42.9%). A high incidence and tuberculosis-related mortality was observed among patients with virological failure. Diagnosis of and prophylaxis for tuberculosis in high-incidence countries such as Brazil is critical to decrease morbidity and mortality in people living with HIV/AIDS. Keywords: Tuberculosis, Virological failure, HIV infection
- Published
- 2017
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