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FATORES ASSOCIADOS ÀS MUDANÇAS DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL INICIAL EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NA BAHIA – BRASIL

Authors :
Monaliza Cardozo Rebouças
Leonardo Bandeira Cerqueira Zollinger
Scarlat Marjory de Oliveira Moura
Laiane dos Santos Ribeiro Machado
Rafaella Tambone Barral
Maria Fernanda Bahia Bacellar Souza
Thiago Pinho Cordeiro Araújo
Simone murta Martins
Marcio Pires dos Santos
José Adriano Goes Silva
Anderson Vinicius Mota de Souza
Fabianna Márcia Maranhão Bahia
Carlos Roberto Brites Alves
Source :
Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103011- (2023)
Publication Year :
2023
Publisher :
Elsevier, 2023.

Abstract

Introdução/Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar os fatores associados às mudanças da terapia antirretroviral (TARV) inicial dos indivíduos acompanhados no serviço de referência estadual em Salvador, Bahia. Métodos: Estudo longitudinal, incluindo todas as PVHIV, maiores de 18 anos, matriculadas no Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (CEDAP) em 2017 e em uso de TARV. Foram analisadas mudanças ocorridas até 31/12/2022. Os dados foram extraídos dos prontuários e de sistemas nacionais (SISCEL e SICLOM). Foram coletados variáveis epidemiológicas, clínicas, tratamento, motivo da troca, adesão suficiente (superior a 80% das retiradas de ARV na farmácia), sucesso virológico na troca (carga viral inferior a 50 cópias/mL) e óbito. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Sesab. Resultados: Foram incluídos 493 indivíduos em TARV. A idade média foi 36,8±10,8 anos e variou de 18 a 73 anos. Prevaleceu o sexo masculino (64,1%), autodeclarados negros e pardos (84,6%), com até 8 anos de estudo (48,2%), residentes em Salvador (78,7%). O tempo médio de seguimento foi 154 semanas. A TARV inicial mais frequente foi a combinação de lamivudina (3TC) + tenofovir (TDF) + Dolutegravir (DTG) (60,4%), seguido de 3TC+TDF associado ao Efavirenz (25,0%) ou Atazanavir/ritonavir (4,9%). Ocorreram 173 trocas de esquema inicial, com tempo médio 50 semanas entre o início da TARV e a troca. As mudanças foram menos frequentes na TARV inicial baseada em DTG (15,9%) do que naquela sem DTG (65,1%), com risco 2,4 vezes maior de necessitar mudança na TARV (p < 0,01; IC 2,0 – 2,9). A ocorrência de reações adversas foi o principal motivo para as mudanças (41,0%), respondendo por 23,9% para esquemas baseados em DTG versus 76,1% para outros ARV (p > 0,05). A reação adversa ao DTG ocorreu em 15,2%, com ocorrência de alteração no padrão de sono, peso e tontura. O EFV foi associado a 29,9% de reações como alucinação, alteração no padrão de sono, ansiedade e depressão. Houve associação negativa entre a ocorrência de trocas e insucesso virológico (p < 0,01; IC 1,6-3,9). Foram observados 39 óbitos na amostra e, em 16 casos (41,0%), houve mudança de tratamento. Conclusão: O principal determinante das mudanças de TARV inicial foi a ocorrência de RAM. A maioria dos pacientes mudou a TARV inicial uma única vez. A TARV inicial baseada em DTG reduz a necessidade de mudanças no tratamento e favorece a manutenção do sucesso virológico.

Details

Language :
English
ISSN :
14138670
Volume :
27
Issue :
103011-
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Brazilian Journal of Infectious Diseases
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.fb5cfa87121b41719aa71a0c091ff2e3
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103011