1. Osteoporose e quedas: problemas não valorizados pela comunidade médica portuguesa
- Author
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Brás da Silva, V, Boaventura Barbosa, S, Rodrigues, J, Amaral Silva, M, Miguéns, AC, Horta, L, and Soares Branco, P
- Subjects
Osteoporose/complicações ,Custos de Cuidados de Saúde ,Osteoporose Pós Menopausa/complicações ,Quedas Acidentais/prevenção e controlo ,Quedas Acidentais/economia ,Avaliação de Risco ,Accidental Falls/economics ,Accidental Falls/ prevention & control ,Health Care Costs ,Osteoporosis/ complications ,Osteoporosis, Postmenopausal/complications ,Risk Assessment ,osteoporose ,quedas ,fraturas osteoporóticas ,prevenção secundária ,tratamento ,HCC MFR - Abstract
Objetivos: a prevalência da osteoporose continua a aumentar, aumentando a morbimortalidade associada às fraturas osteoporóticas, na maioria resultantes de queda, sendo a fratura do fémur proximal a de maior impacto socioeconómico. O nosso objetivo foi caracterizar uma amostra da população hospitalar com fratura do fémur proximal quanto a medidas preventivas e terapêuticas da osteoporose e quedas. Material e métodos: realizámos um estudo transversal retrospetivo em mulheres com idade mínima de 65 anos e fratura recente do fémur proximal internadas num serviço de Ortopedia, durante um ano, através de questionário desenvolvido para o efeito e consulta do processo clínico. Resultados: avaliámos 100 doentes, a maioria com fratura decorrente de queda, no domicílio, durante o dia e em piso regular; 76% das doentes tinha antecedentes de queda e 42% história prévia de fratura osteoporótica. Considerando os critérios para instituição terapêutica apenas 5,3% da amostra se encontrava medicada. Estabeleceu-se uma associação estatisticamente significativa entre a ocorrência de quedas e as fraturas osteoporóticas bem como com a implementação de medidas de prevenção do risco de queda. Conclusões: os resultados corroboram a importância das quedas e das fraturas osteoporóticas na saúde. Tendo por base a literatura, os custos diretos estimados com esta amostra serão de 1,34M€ no primeiro ano pós-fratura. Considerando a taxa mínima de cobertura terapêutica e o potencial de redução de risco fraturário estabelecido, conclui-se que um tratamento adequado poderia reduzir estes valores em, no mínimo, 40-45%., Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, v. 31, n. 2 (2019): Ano 27
- Published
- 2019