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O estudo analisa a evolução psicogenética da escrita de crianças da escola pública do Rio Grande do Norte, tendo como referência as pesquisas de Emilia Ferreiro e colaboradores. A coleta de escritas foi embasada no Método de Indagação, adaptado do método clínico de Piaget. O corpus de pesquisa contém escritas integrantes de uma coleção finita de produções, construída ao longo de 20 anos de pesquisa sobre a produção psicogenética de escritas de alfabetizandos. Nos resultados, destacam-se a caracterização e análise dos níveis de conceitualização da língua escrita, as hipóteses construídas e suas ilustrações com as escritas produzidas pelos sujeitos da pesquisa.

As professoras Marta Maria de Araújo e Maria Estela Costa Holanda Campelo elaboraram as perguntas da Entrevista que foram respondidas por escrito. A educadora Maria Isaura de Medeiros Pinheiro trabalhou na Universidade Federal do Rio Grande do Norte no período de 1965 a 1990 como professora, Vice-Diretora da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, Vice-Coordenadora do Curso de Pedagogia, Chefe do Departamento de Educação e Pró-Reitora de Graduação.

Professoras do Departamento de Educação/UFRN — Betânia Leite Ramalho, Maria Estela Costa Holanda Campelo, Marlúcia Paiva, Marta Maria de Araújo e Rosanália de Sá Leitão Pinheiro — elaboraram as questões enviadas ao Prof. Dr. António Nóvoa que as respondeu por e-mail.

Este trabalho se constitui numa discussão preliminar sobre a origem do pensamento e da linguagem, segundo Piaget e Vygotsky.

No âmbito da formação de professores,tem sido discutida a importância de açõesformativas que tenham como foco a análisede necessidades na formação docente.Preocupadas com essas questões e com oinsucesso na alfabetização de crianças daescola pública, realizamos uma pesquisa--ação que teve como objetivo investigar/intervir nas necessidades formativas de professoresdo Ensino Fundamental da escolapública, no âmbito das dificuldades ortográficasdos seus alunos, construindo comesses professores conhecimentos sobre oprocesso de ensinar/aprender ortografia.Desenvolvemos o estudo numa escola municipalde Ensino Fundamental I, com seteprofessoras e uma vice-diretora. Os principaisresultados apontaram que a reflexãodas docentes sobre as suas necessidadesformativas contribuiu para (trans)formação desuas concepções e práticas relacionadas aoensino da ortografia, mesmo diante de dificuldadesencontradas na prática pedagógica.

O projeto “Ensino Fundamental - estudo dos seus mecanismos eletivos e discriminatórios” é constituído por um conjunto de ações que visam ampliar e consolidar o Grupo de Estudo sobre Educação Fundamental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN. Os resultados de pesquisas isoladas de alguns pesquisadores dos Departamentos de Educação e Letras levaram os pesquisadores a somar esforços no sentido de desenvolver atividades conjuntas de pesquisa, qualificação de recursos humanos e produção científica.

Quais as concepções das crianças acerca do seu direito ao Ensino Fundamental, como etapa obrigatória da educação básica? Que avaliações são feitas pelas crianças sobre a escola de Ensino Fundamental, quanto a sua finalidade, prática pedagógica e aquisições proporcionadas aos seus destinatários notadamente no que concerne à alfabetização? São questões de pesquisa que nortearam a elaboração deste trabalho. Visando respondê-las, trabalhamos com 20 crianças dos anos iniciais do ensino fundamental de duas escolas: uma estadual e outra municipal, tendo, como eixo fundante da pesquisa, a fala das crianças acerca do seu contexto escolar. Como resultado inicial, alertamos os atores da dinâmica escolar a lançarem um olhar mais acurado para o que dizem as crianças e como delineiam o seu lócus principal de aprendizagens sistematizadas.

Como aluna do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRN, no período compreendido entre novembro de 83 a junho de 85, realizamos uma série de estudos numa escola de 1º grau da rede estadual de ensino, em Natal-RN, que mantinha o atendimento pré-escolar. O presente trabalho se constitui parte daqueles estudos e aborda o conhecimento que elaboramos sobre crianças pré-escolares, historicamente situadas. Assim sendo, as informações, aqui contidas, desvelam aquelas crianças, para além dos muros da escola, nos informando acerca das suas condições materiais de existência e de suas famílias, condições estas determinadas pela posição que ocupam no sistema produtivo - informações que o estudo também nos permite conhecer, além das atividades extra-escolares desempenhadas pelas crianças, desde o lúdico até as obrigações/trabalho.

O estudo se inscreve no âmbito das funções atribuídas à Educação de Jovens e Adultos, pelo Conselho Nacional de Educação/Brasil, através do Parecer CNE/CEB nº 11/2000. Objetiva investigar como está se efetivando – numa escola pública – a função reparadora da EJA no ensino fundamental. O trabalho se desenvolveu através do estudo de caso de uma classe do Nível I da EJA, no contexto da abordagem qualitativa da pesquisa. Na coleta de dados, foram utilizadas a observação participante e a entrevista semidiretiva. O estudo evidencia que há escolas públicas brasileiras que desenvolvem ações educativas efetivas, mediadas por professores que convertem as suas dificuldades em desafios, transformando em realidade as possibilidades de aprendizagem dos seus alunos, contribuindo, assim, para uma construção mais democrática da educação básica brasileira.

Ao pensarmos sobre a nossa visão de criança, concluímos que tal visão reflete uma abordagem de desenvolvimento a ela subjacente. Da mesma maneira, ao analisarmos o modo como percebemos a criança pré-escolar e o seu desenvolvimento, não podemos fazê-lo desvinculado de outras visões que encontramos explícita ou implicitamente em propostas pedagógicas de educação pré-escolar. Tais visões — que têm influenciado a nossa prática pedagógica com a criança pré-escolar — são conteúdos que estão atrelados a diversos momentos da história da Psicologia. São as visões: predeterministas, ambientalista, interacionista, e sócio-histórica.