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Após o tratamento endodôntico, o surgimento ou a permanência de sinais e/ou sintomas inflamatórios e infecciosos refletem o insucesso, sendo indicado o retratamento endodôntico. Neste relato de caso, foi descrito o retratamento do incisivo lateral superior esquerdo realizado em sessão única com instalação de retentor intra-radicular de fibra de vidro. Paciente foi encaminhada para a Clínica de Especialização em Endodontia da Faculdade COESP com achados de escurecimento dentário, restauração em resina composta infiltrada, tratamento endodôntico insatisfatoriamente obturado e rarefação óssea circunscrita na região periapical. O diagnóstico clínico pulpar e periapical estabelecido foi de tratamento endodôntico prévio e periodontite apical assintomática. Após abertura coronária, removeu-se guta-percha com inserto ultrassônico e microscópio operatório, seguido do uso de instrumento mecanizado Reciproc® R25. Durante o procedimento, foi usada solução de NaOCl a 2,5%. A odontometria eletrônica foraminal foi seguida de novo preparo do canal com os instrumentos Reciproc® Blue R40 e R50. Para qualificar a limpeza, foram utilizados instrumentos mecanizados XP Endo Finisher e irrigação ultrassônica passiva com solução de NaOCl a 2,5% e EDTA a 17%. Após a obturação do canal e preparo de espaço intra-radicular, instalou-se um retentor de fibra de vidro e a coroa selada com resina composta. O retratamento realizado com auxílio de tecnologias favorece a limpeza e desinfecção dos canais. A reabilitação de forma imediata e minimamente invasiva permite a satisfação estética, funcionalidade biomecânica e menor chance de recontaminação intracanal. Tais fatores associados permitem a manutenção de dentes naturais e saudáveis na cavidade oral.

A Covid-19, originada em dezembro de 2019, se espalhou rapidamente pela China tornando-se uma emergência pública. Pacientes com diagnóstico de câncer são considerados um grupo altamente vulnerável devido ao seu estado sistêmico imunossuprimido causado pelo tratamento oncológico, logo, este trabalho tem como objetivo descrever as apresentações clínicas e alterações orais em pacientes oncológicos diagnosticados com Covid-19. Trata-se de um estudo transversal com 20 pacientes oncológicos internados com Covid-19. Dados sobre o câncer, presença de comorbidades e sintomas relacionados a Covid-19 foram coletados, exame clínico da cavidade oral foi realizado durante todo o internamento, com o intuito de verificar alterações em boca. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 53 anos e a maioria era do sexo feminino. Tumores sólidos representaram 90%, sendo o útero a região mais frequente. A maioria dos pacientes não estavam sob tratamento oncológico no período em que foram infectados com o vírus (50%). Hipertensão arterial sistêmica foi a comorbidade mais frequente (30%), seguida de Diabetes Mellitus (25%). Nenhum dos pacientes foram admitidos em UTI, a média de internamento foi de 13 dias e todos receberam alta hospitalar. Tosse e hipogeusia estavam entre os sintomas mais frequentes. Hipossalivação e infecção fúngica foram as alterações mais frequentemente observadas. Conclusão: Alterações orais apresentadas em pacientes oncológicos estão de acordo com os achados da literatura, enquanto que as apresentações clínicas foram opostas as evidências de que doença oncológica é um fator de possível piora clínica em pacientes infectados pela Covid-19. Covid-19, originated in December 2019, spread rapidly through China, becoming a public emergency. Patients diagnosed with cancer are considered a highly vulnerable group due to their immunosuppressive condition caused by oncological treatment, therefore, this research aims to describe the clinical presentations and oral alterations in cancer patients diagnosed with Covid-19. It is a cross-sectional study with 20 oncology patients hospitalized with Covid-19. Oncological data, presence of comorbidities and symptoms related to Covid-19 were collected, and a clinical examination of the oral cavity was performed throughout the hospitalization, in order to identify oral changes. Results: The mean age of the patients was 53 years and the majority were female. Solid tumors represented 90%, the uterus being the most frequent region. Most patients were not under cancer treatment at the time of contamination (50%). Systemic arterial hypertension was the most frequent comorbidity (30%), followed by Diabetes Mellitus (25%). No patient was admitted to the ICU or required mechanical ventilation, the average length of stay was 13 days and all were hospital discharged. Cough and hypogeusia were among the most frequent symptoms. Hyposalivation and fungal infection were the most frequently observed oral alterations. Conclusion: The oral changes presented in oncological patients are in line with the findings of the literature, while the clinical presentation was contrary to the evidence that points to the oncological disease as a factor suggestive of a worse clinical condition in the face of Covid-19. El Covid-19, originado en diciembre de 2019, se propagó rápidamente por China, convirtiéndose en una emergencia pública. Los pacientes con diagnóstico de cáncer son considerados un grupo altamente vulnerable debido a su condición inmunosupresora, por ello, esta investigación tiene como objetivo describir las presentaciones clínicas y alteraciones bucales en pacientes oncológicos diagnosticados con Covid-19. Se trata de un estudio transversal con 20 pacientes oncológicos hospitalizados con Covid-19. Se recogieron datos sobre cáncer, presencia de comorbilidades y síntomas relacionados con el Covid-19, se realizó examen clínico de la cavidad oral durante toda la hospitalización. Resultados: La edad media de los pacientes fue de 53 años y la mayoría eran mujeres. Los tumores sólidos representaron el 90%. La mayoría de los pacientes no estaban bajo tratamiento contra el cáncer en el momento en que se infectaron con el virus (50%). La hipertensión arterial sistémica fue la comorbilidad más frecuente (30%), seguida de la Diabetes Mellitus (25%). Ninguno de los pacientes ingresó en UCI ni requirió ventilación mecánica, la estancia media fue de 13 días y todos fueron dados de alta. La tos y la hipogeusia estuvieron entre los síntomas más frecuentes. La hiposalivación y la infección por hongos fueron los cambios observados con mayor frecuencia. Conclusión: Las alteraciones orales presentadas en pacientes oncológicos concuerdan con lo encontrado en la literatura, mientras que las presentaciones clínicas fueron contrarias a la evidencia de que la enfermedad oncológica es un factor de posible empeoramiento clínico en pacientes infectados por Covid-19.

Background Head and neck radiotherapy is typically associated with toxicities that can have profound effects on the patient's quality of life. Xerostomia, which may or may not be related to hypofunction of the salivary gland, leading to negative consequences, mainly in quality of life, leaving patients more susceptible to the development of oral mucositis, dental caries, oral infection and difficulties in speech is one of the most common side effects of such treatment. The aim of the present study was to evaluate salivary function of patients in treatment with radiotherapy for head and neck cancer submitted to photobiomodulation. Material and Methods A cross-sectional study with a quantitative approach was carried out in the Dentistry Department of the Hospital de Câncer de Pernambuco between February and September 2019. Results The study sample comprised 23 patients of both genders, treated with radiotherapy for cancer in the head and neck region. The patients were submitted to photobiomodulation with infrared laser, as intraoral applications in order to prevent mucositis and extraoral applications to stimulate salivary glands. The applications were undertaken three times a week on alternate days throughout the radiotherapy period. The following parameters were used: Intraoral 15mW, 12J / cm2, 10s / point, 2.4 J / point, and extraoral 30mW, 7.5J / cm2, 10s / point, 0.3J / point, both with a wavelength of 830nm and area of 0.028cm². Subjective and objective symptoms were evaluated by measuring the unstimulated salivary flow (USF) using the spitting technique before, during and after radiotherapy treatment. For statistical analysis, a significance level of 5% was adopted. Most patients were male (70%) with 60 years of age on average. At the beginning of treatment, 22 patients had USF> 0.2 ml / min (grade 1), at the end of which 15 patients remained unchanged and only 3 patients progressed to grade 3. As for the subjective classification, most (52%) remained in grade 1 (absence of disability) throughout the treatment. Conclusions Based upon the results of this study it was possible to conclude that the use of photobiomodulation did not significantly interfere with the xerostomia complaint of patients in treatment with radiotherapy, however, it does seem to prevent patients from reaching higher degrees of xerostomia taking into account salivary flow measures. Key words:Photobiomodulation, head and neck neoplasms, radiotherapy, xerostomia, saliva.

Objetivo: Avaliar a condição dentária e descrever a necessidade de adequação do meio bucal prévio ao tratamento radioterápico em pacientes com câncer na região de cabeça e pescoço. Metodologia: Foi realizado um estudo transversal com 103 pacientes diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço com indicação de tratamento com radioterapia, através de entrevista com o paciente e exame clínico. Foram coletados dados sociodemográficos do paciente, informações da doença oncológica, indicação e tratamentos odontológicos realizados. Resultados: Apenas 19% da amostra teve indicação de tratamento cirúrgico, 66% de quimioterapia e todos tiveram indicação de RT tridimensional, com uma dose média de 63,5 Gy. Quanto aos hábitos de higiene oral, 82% relataram escovação dentária pelo menos uma vez ao dia e 88% relataram nunca ter usado fio dental. Foi observada uma média de 14 dentes presentes por paciente, 76% tiveram exodontia indicada no plano de tratamento e o motivo mais frequente foi exposição radicular/lesão de furca (46%). 62% dos pacientes finalizaram todo o tratamento odontológico indicado e houve uma média de 18 dias entre a triagem e a alta para início da radioterapia. Conclusão: A maior parte da população realizou a adequação do meio bucal completa e em tempo hábil para início da radioterapia. O acesso aos serviços de saúde e a possibilidade de adesão ao acompanhamento odontológico pós radioterapia, devem ser levados em consideração diante do planejamento do tratamento.

A Covid-19, originada em dezembro de 2019, se espalhou rapidamente pela China tornando-se uma emergência pública. Pacientes com diagnóstico de câncer são considerados um grupo altamente vulnerável devido ao seu estado sistêmico imunossuprimido causado pelo tratamento oncológico, logo, este trabalho tem como objetivo descrever as apresentações clínicas e alterações orais em pacientes oncológicos diagnosticados com Covid-19. Trata-se de um estudo transversal com 20 pacientes oncológicos internados com Covid-19. Dados sobre o câncer, presença de comorbidades e sintomas relacionados a Covid-19 foram coletados, exame clínico da cavidade oral foi realizado durante todo o internamento, com o intuito de verificar alterações em boca. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 53 anos e a maioria era do sexo feminino. Tumores sólidos representaram 90%, sendo o útero a região mais frequente. A maioria dos pacientes não estavam sob tratamento oncológico no período em que foram infectados com o vírus (50%). Hipertensão arterial sistêmica foi a comorbidade mais frequente (30%), seguida de Diabetes Mellitus (25%). Nenhum dos pacientes foram admitidos em UTI, a média de internamento foi de 13 dias e todos receberam alta hospitalar. Tosse e hipogeusia estavam entre os sintomas mais frequentes. Hipossalivação e infecção fúngica foram as alterações mais frequentemente observadas. Conclusão: Alterações orais apresentadas em pacientes oncológicos estão de acordo com os achados da literatura, enquanto que as apresentações clínicas foram opostas as evidências de que doença oncológica é um fator de possível piora clínica em pacientes infectados pela Covid-19.

The purpose of this cross-sectional, quantitative study was to evaluate the salivary flow of 20 patients undergoing conventional 2-dimensional radiotherapy in the head and neck region. Unstimulated salivary flow was measured with the spitting technique. In addition, xerostomia was evaluated through the Eisbruch grading system and the Xerostomia Inventory (XI). The patients were evaluated 3 times: D0, before the first radiotherapy session; D17, after the 17th radiotherapy session; and D35, after the last radiotherapy session. Most of the patients in the present study were men (70%). The larynx was the most frequent site of cancer in this sample (45%). The most prevalent oral alteration during radiotherapy was odynophagia (75%). The analysis of subjective symptoms of xerostomia revealed no statistically significant differences (P = 0.059). However, statistically significant differences in the XI were found, with scores increasing from D0 to D17 and D35 (P = 0.004). With regard to the objective symptoms of xerostomia, most patients started treatment in grade 1 and remained in the same category at the end of radiation. There was a slight increase in salivary volume during treatment, an atypical finding that can probably be explained by the use of low-level laser, which was applied to prevent oral mucositis in all of the patients. The mean total radiation dose (65 Gy) received by the patients in the present sample did not appear to influence the XI values or salivary volume. The data reinforced the subjective nature of xerostomia, which is not always related to hyposalivation.

Analisar o uso do protocolo medicamentoso de pentoxifilina mais tocoferol de forma preventiva para osteorradionecrose em pacientes submetidos a exodontia pós Radioterapia na região de cabeça e pescoço em um serviço de referência em oncologia. Foram realizadas 74 exodontias, os pacientes utilizaram pentoxifilina 400mg + tocoferol 400 mg 3 vezes ao dia iniciando quinze dias antes do procedimento cirúrgico até o recobrimento mucoso do alvéolo operado. Antibioticoterapia (amoxicilina 500mg ou clindamicina 300mg) foi realizada por dez dias, com início nas 48 horas prévias ao procedimento. Todas as exodontias foram feitas pelo mesmo cirurgião e a remoção de sutura ocorreu com 7 dias. Foram realizadas avaliações quanto a presença e intensidade de dor, presença de infecção, exposição óssea, uso de analgésicos, recobrimento mucoso e efeitos adversos dos medicamentos a cada 7 dias durante 28 dias (D7, D14 e D28). 61% dos pacientes não apresentou quadro de sintomatologia dolorosa no D7 e 74% não utilizou analgésicos neste mesmo período. Presença de infecção foi observada em 2% dos participantes e total recobrimento mucoso foi observado no D14 em 86% dos casos. Não houve registro de alveolite assim como de osteorradionecrose. Náusea e tontura, 14 e 12% respectivamente, foram os efeitos adversos mais comuns. Baseando-se nos resultados obtidos,sugere-se que a associação medicamentosa sugerida pode desempenhar papel importante na prevenção da osteorradionecrose além de diminuir a necessidade do uso de analgésicos.