This text analyzes conflicts over two territories in which there are large-scale mining projects: Marmato (Caldas) in Colombia and the Cóndor Mirador Project in Ecuador. It seeks to emphasize the political dimension of the category of territory and its fundamental dimensions in social struggles by highlighting what is disputed and how social and collective orientations relate to the conflict. This analysis brings out a plurality of actors and interests that is interwoven with and interacts in the struggles for these territories as well as the multiple dimensions and various relations between territorial and social conflicts, which are viewed from what political sociology and the theory of social movements call frames of collective action. Based on these considerations, the following questions are raised: What role does territory play in the two conflicts relating to large-scale mining projects? How are the territories collectively oriented? What is their relationship with the arrangement of mobilized local actors? It is argued, first, that what is at play in each case depends on the actors and the relation constructed between the territories at the moment of conflict, and second, that the way the territories are collectively oriented in the conflict owes a great deal to how the forms and spaces for life created for the territories are affected or are seen to be threatened. The centrality of each territory and its political dimension are contextualized below; they are assumed by the frames of collective action and their importance for understanding social conflicts. Later, comparable cases and aspects are described in their political contexts. Next, a brief reconstruction of the two organizational processes and their relevant mechanisms is presented to continue with the aspects of the (re)creation of meaning and the broad, contradictory and heterogeneous set of evaluations regarding the territory, which have been gathered into two complementary sets called life space, Neste texto, analisam-se dois conflitos por territórios nos quais existem projetos de mineração em grande escala: Marmato (Caldas), na Colômbia, e o Projeto Condor Observador, no Equador; procura-se ressaltar a dimensão política em torno da categoria território e suas dimensões fundamentais nas lutas sociais, ao destacar o que se disputa destes e como se orienta social e coletivamente, em função do conflito. Essa análise resgata a pluralidade de atores e interesses que se tecem e se entrecruzam nas lutas por esses territórios, assim como suas múltiplas dimensões e as distintas relações entre o território e os conflitos sociais, relações vistas a partir do que a sociologia política e a teoria dos movimentos sociais chamam marcos de ação coletiva. A partir disso, elaboram-se as seguintes perguntas: qual o papel do território nos dois conflitos no âmbito de projetos de mineração em grande escala? Como os territórios se orientam coletivamente? E qual é a relação na formação de atores locais mobilizados? Argumenta-se que o que está em jogo em cada caso depende, primeiro, dos atores e da relação construída sobre os territórios e do momento da contenda e, segundo, que a forma de orientar coletivamente os territórios no conflito deve-se, em grande medida, à maneira como se afetam ou se veem ameaçados as formas e os espaços de vida criados sobre esses territórios. A centralidade do território e sua dimensão política contextualizam-se mais adiante; assumem-se por marcos de ação coletiva e a importância que estas fornecem para a compreensão dos conflitos sociais. Posteriormente, estabelecem-se os casos e os aspectos a comparar, em seus contextos políticos. Em seguida, realiza-se uma breve reconstrução dos dois processos organizativos e seus mecanismos intervenientes, para prosseguir com os aspectos de (re)criação de sentido e o conjunto amplo, contraditório e heterogêneo de avaliações sobre o território, o qual foi recolhido em dois elementos complementares denominados espaços, En este texto se analizan dos conflictos por territorios en los que existen proyectos de minería a gran escala: Marmato (Caldas) en Colombia y el Proyecto Cóndor Mirador en Ecuador; se busca resaltar la dimensión política alrededor de la categoría territorio y sus dimensiones fundamentales en las luchas sociales, al destacar lo que se disputa de estos y cómo se orienta social y colectivamente, en función del conflicto. Este análisis rescata la pluralidad de actores e intereses que se tejen y entrecruzan en las luchas por esos territorios, así como sus múltiples dimensiones y las distintas relaciones entre el territorio y los conflictos sociales, relaciones vistas desde lo que la sociología política y la teoría de los movimientos sociales llaman marcos de acción colectiva. A partir de lo anterior, se plantean los siguientes interrogantes: ¿qué papel juega el territorio en los dos conflictos bajo proyectos mineros a gran escala?, ¿cómo se orientan colectivamente los territorios? y ¿cuál es la relación en la conformación de actores locales movilizados? Se argumenta que lo que está en juego en cada caso depende, primero, de los actores y de la relación construida sobre los territorios y del momento de la contienda y, segundo, que la forma de orientar colectivamente los territorios en el conflicto se debe, en gran medida, a cómo se afectan o se ven amenazados las formas y los espacios de vida creados sobre esos territorios. La centralidad del territorio y su dimensión política se contextualizan más adelante; se asumen por marcos de acción colectiva y la importancia que éstas brindan para la comprensión de los conflictos sociales. Posteriormente se establecen los casos y aspectos a comparar, en sus contextos políticos. A continuación se realiza una breve reconstrucción de los dos procesos organizativos y sus mecanismos intervinientes, para seguir con los aspectos de (re)creación de sentido y el conjunto amplio, contradictorio y heterogéneo de valoraciones sobre el territo