Introdução: A Cobertura Universal de Saúde (CUS), apesar das ambiguidades que possam ser atribuídas ao termo, levando a diferentes interpretações e abordagens por parte das autoridades sanitárias e governamentais do mundo todo, continua sendo na atualidade o centro dos debates sobre a prestação de serviços sanitários acessíveis e de qualidade, particularmente, num momento histórico caraterizado pela recessão econômica, desemprego, estilo de vida não saudável, surgimento de calamidades sanitárias, e manejo de doenças crônicas não transmissíveis associadas ao envelhecimento da população, entre outros fatores. Objetivos: Explorar, mediante análise crítica, os pressupostos e alcances relacionados à proposta da CUS com base na sua concretude e contexto contemporâneo. Igualmente, discorrer sobre as implicações desta concepção no direito à saúde, na procura de estabelecer paralelismos e identificar entraves no desempenho do Sistema Único de Saúde Brasileiro (SUS), com especial atenção ao câncer. Materiais e Métodos: Foi realizada revisão bibliográfica sistemática na procura de artigos científicos, nas bases de dados Medline, Lilacs e Scielo, assim como, documentos e separatas oficiais de organizações internacionais não publicadas em revistas. Resultados: Não podem ser apresentados em dados numéricos, pois trata-se de uma análise conjuntural, enquanto necessidades e determinantes em matéria de saúde, onde participam modelos de atenção específicos, gestão de serviços, financiamento e políticas públicas com baixa cobertura assistencial ao câncer, de limitado alcance social. Conclusões: Trata-se de um problema multifatorial que coloca em perspectiva a necessidade de aprofundar a discussão com o intuito de garantir acesso e proteção das populações nos países de baixa renda contra gastos catastróficos em saúde. Comprova-se clara urgência de encontrar soluções que possam minimizar ou reverter o cenário atual, investindo em sistemas de saúde pública robustos, inclusivos e equitativos.