Neste trabalho foi avaliado o efeito do estresse calórico durante a maturação de oócitos sobre a produção in vitro de embriões ovinos. Os ovários foram obtidos em abatedouro e os oócitos colhidos de folículos de 2 a 6 mm de diâmetro. Após seleção, os oócitos, em 10 replicações, foram colocados para maturação in vitro (MIV) durante 24 horas. Os oócitos submetidos ao estresse térmico de 41º C durante 3, 6, 12, 18 e 24 horas foram posteriormente transferidos para completar a MIV a 39 ºC, mesma temperatura utilizada para maturação dos oócitos do grupo controle. O desenvolvimento dos embriões foi determinado nos dias 3, 4, 5 e 8 pós-fecundação. A avaliação da qualidade dos embriões foi efetuada através da contagem total de células coradas pelo DAPI e da determinação do número de blastômeros positivos para apoptose através do teste de TUNEL. Observou-se que o estresse térmico diminuiu (P < 0,05) a capacidade de maturação dos oócitos de acordo com o tempo de exposição à temperatura de 41º C. No grupo de oócitos incubados a 39° C, 70,70% maturou, enquanto que nos grupos expostos ao estresse térmico, apenas 45,28%, 35,17%, 12,30%, 9,74% e 4,60% maturaram, respectivamente, após 3, 6, 12, 18 e 24 horas de incubação. A duração de exposição dos oócitos ao estresse calórico foi inversamente proporcional (P < 0,05) à capacidade de desenvolvimento embrionário e diretamente proporcional (P < 0,05) ao número de blastocistos positivos para apoptose. Todavia, o efeito deletério do estresse térmico sobre a clivagem e os embriões nos estádios de 8 a 16 células e de mórula foi crescente (P > 0,05) somente até 18 horas de incubação. Os resultados permitem concluir que o estresse calórico durante a maturação in vitro de oócitos reduz a quantidade e a qualidade dos embriões ovinos produzidos in vitro determinadas pela alta incidência de apoptose. The aim of this work was to evaluate the effect of heat stress during oocyte maturation on ovine in vitro embryo production. Ovaries were collected at abattoirs and oocytes retrieved from follicles ranging from 2 and 6 mm in diameter. After selection, all oocytes, in 10 replicates, were placed in in vitro maturation (IVM) during 24 hours. The oocytes were submitted to heat stress at 41º C during 3, 6, 12, 18 and 24 hours and were further transferred to 39º C in order to complete IVM, which was the temperature of maturation of control oocytes. Embryonic development was determined on days 3, 4, 5, and 8 post-fertilization. Embryo evaluation was performed as total cell count by DAPI staining and determination of positive blastomere for apoptosis by the TUNEL assay. We observed that heat stress diminishes (P < 0.05) oocyte maturation capacity in accordance with exposure time at 41º C. In the group of oocytes incubated at 39 ºC, 70.70% matured, while in the groups exposed to heat stress at 41º C, only 45.28%, 35.17%, 12.30%, 9.74% and 4.60% matured after 3, 6, 12, 18 and 24 hours of incubation, respectively. The duration of exposure to heat stress was inversely proportional (P < 0.05) to embryonic developmental capacity and directly proportional (P < 0.05) to the number of blastocysts positive to apoptosis. However, the cleavage rate and embryonic development from 8 to 16 cells and morulae stages were affected by heat stress (P > 0.05) only up to 18 hours of incubation. The results allow the conclusion that heat stress during oocyte in vitro maturation reduces the quantity and quality of ovine embryos produced in vitro determined by the high incidence of apoptosis.