CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Segundo a teoria da aprendizagem significativa proposta por David Ausubel, o ser humano vive cercado por situações e experiências representadas por conceitos que indicam a necessidade de compreensão dos seus significados. Dessa forma, para uma pessoa conseguir aprender determinado conteúdo é fundamental que procure a relação entre os conceitos que ela já sabe (saberes prévios ou “subsunçores”) e os novos, o que torna os conceitos indispensáveis em nossa vida, pois é através deles que consolidamos o conhecimento a partir das experiências. No ensino formal, para que ocorra a aprendizagem significativa, é imprescindível que o material didático empregado seja potencialmente significativo, ou seja, o aluno deve reconhecer no material uma relação entre o que ele já sabe e o que deverá aprender. O mapa conceitual (MC), criado por Joseph Novak, é um valioso instrumento de levantamento do conhecimento prévio para o dimensionamento de aulas ou materiais potencialmente significativos. Ademais, o MC pode ser utilizado para a avaliação do conhecimento, tanto qualitativa quanto quantitativa. O presente trabalho foi dividido em dois capítulos. No primeiro, buscamos analisar através de uma revisão bibliográfica sistemática os métodos de utilização dos MCs no ensino básico como instrumento de levantamento do conhecimento prévio e como instrumento de avaliação após a apresentação do novo conhecimento. Com a revisão, pudemos observar que os MCs ainda são pouco usados como método de avaliação do conhecimento e, quando são, não há um padrão ou consenso entre os trabalhos que, por vezes se distanciam do método de análise proposto pelos criadores do MC. Sendo assim, com o propósito de que o instrumento seja adotado nas escolas, sugerimos que sejam utilizadas algumas ferramentas como a questão focal, as palavras de estacionamento e o mapa esqueleto, essas duas últimas técnicas com o intuito de treinar os estudantes na confecção de seus próprios MCs. Após o treinamento, o professor poderia renunciar às técnicas para confecção do MC objetivando o distanciamento da aprendizagem mecânica ao encontro da aprendizagem significativa. O segundo capítulo traz um relato de experiência. Primeiro usei o MC para o diagnóstico do conhecimento prévio. Assim, reconheci as principais dificuldades apresentadas pelos alunos e elaborei uma aula para sanar as principais lacunas de conhecimento apresentadas. Ao término da aula, os estudantes confeccionaram um novo MC sobre o tema estudado. Tendo em mãos ambos os mapas, efetuei uma análise qualitativa dos mesmos, além da comparação com um MC elaborado por mim que foi usado como referência na correção dos MCs. Também realizei uma avaliação quantitativa com base nos critérios apontados como essenciais para a elaboração de MCs por J. Novak e D. Gowin. Com o relato, concluímos que o professor deve estimular o interesse pelo MC através do treinamento e uso recorrente para que os estudantes consigam expressar o conhecimento no MC com segurança e empenho. Outro aspecto que observei durante minha experiência é que o interesse por parte do aluno é fundamental para que ocorra aprendizagem significativa. According to the meaningful learning theory proposed by David Ausubel, human beings live surrounded by situations and experiences represented by concepts that indicate the need to understand their meanings. Therefore, for a person to be able to learn certain content, it is essential to look for the relationship between the concepts that they already know (prior knowledge or “subsumers”) and the new ones, which makes concepts indispensable in our life, because it is through them that we consolidate knowledge from experiences. In formal education, for meaningful learning to occur, it is essential that the didactic material used is potentially significant, in other words, the student must recognize in the material a relationship between what they already know and what they should learn. The concept map (CM), created by Joseph Novak, is a valuable tool for gathering prior knowledge for the design of potentially significant classes or materials. Moreover, the CM can be used to assess knowledge, both qualitatively and quantitatively. This work is divided into two chapters. In the first one, we aim to analyze, through a systematic literature review, the methods of using CMs in basic education as a tool for surveying prior knowledge and as an evaluation tool after the presentation of new knowledge. Going over the review, we could observe that the CMs are still rarely used as a method of knowledge assessment and, when they are, there is no standard or consensus among the works that, sometimes, distance themselves from the method of analysis proposed by the creators of the CM. Thus, for the instrument to be adopted in schools, we suggest some tools to be used such as the focal question, the parking lots and the skeleton map, these last two techniques in order to train students in the making of their own CMs. After the training, the teacher could abandon the techniques for making the CM, aiming to move away from mechanical learning to meaningful learning. The second chapter brings an experience report. First, I used the CM for the diagnosis of prior knowledge. Therefore, I recognized the main difficulties presented by the students and prepared a class to solve the main knowledge gaps presented. At the end of the class, the students made a new CM on the topic studied. Having both maps at hand, I carried out a qualitative analysis of them, in addition to comparing them with a CM prepared by me that was used as a reference in the correction of the CMs. I also carried out a quantitative assessment based on the criteria identified as essential for the elaboration of CMs by J. Novak and D. Gowin. Analyzing the report, we conclude that the teacher should stimulate interest in CM through training and recurrent use so that students can express knowledge in CM safely and with commitment. Another aspect that I observed during my experience is that the student’s interest is essential for meaningful learning to occur.