Esta dissertação é resultado de uma pesquisa cujo foco foi o seminário e a oralidade na educação básica. Partindo do ponto de vista empírico e teórico, consideramos que o contato com os gêneros orais na sala de aula se limita, em sua maioria, ao seminário - “uma das raras atividades orais que são praticadas com muita frequência em sala de aula”, conforme apregoa Dolz et al, (1998, p. 183), nossa principal referência sobre este assunto. Dessa forma, entendemos ser possível, por meio de uma proposta de trabalho com o seminário e a oralidade apresentar possibilidades de práticas sociais que favoreçam uma melhora gradativa do uso social da língua e do agir cidadão. Ao refletir nessas facetas, entendemos que a oralidade deve ocupar de uma vez por todas o papel de destaque atribuído pelos documentos oficiais de diferentes épocas. Também, defendemos a necessidade do ensino dos elementos não linguísticos tais como: mímicas faciais, posturas, olhares, a gestualidade do corpo ao longo da interação comunicativa e outros recursos capazes de traduzir melhor nossa linguagem expositiva. Os pressupostos teóricos deste trabalho ancoram-se, primeiramente, nos estudos da análise dos gêneros e da oralidade propostos por Marcuschi (2001, 2005, 2007, 2008, 2010), seguido de outros autores como Bortoni-Ricardo (2003) e suas pesquisas sobre o monitoramento estilístico por meio de interações por andaimes, os pesquisadores da escola de Genebra: Dolz et al (1997, 1998, 2011, 2013) e Schnewly (1997) também apoiadores de estudos da oralidade e dos gêneros orais, especialmente o seminário. Esse referencial nos ajudou a compreender melhor o objeto estudado e a elaboração de uma proposta didática de um modelo eficaz para o ensino do seminário na educação básica. O objetivo geral desta pesquisa foi apresentar discussões e reflexões sobre a relação oralidade e o seminário para mostrar que a fala deve atender nossa intenção comunicativa além de desenvolver o uso social da língua e aprimorar competências linguísticas. This dissertation is the result of a research whose focus was the seminar and orality in basic education. From an empirical and theoretical point of view, we consider that contact with oral genres in the classroom is mostly limited to the seminar - "one of the rare oral activities that are practiced very often in the classroom" as he claims Dolz et al (1998, p. 183), our main reference on this subject. Thus, we believe it is possible, through a work proposal with the seminar and orality, to present possibilities of social practices that favor a gradual improvement in the social use of language and in citizen action. Reflecting on these facets, we understand that orality should once and for all occupy the prominent role assigned by official documents from different times. We also defend the need to teach non-linguistic elements such as: facial mimics, postures, looks, body gestures throughout the communicative interaction and other resources capable of better translating our expository language. The theoretical assumptions of this work are anchored, firstly, in the studies of the analysis of genres and orality proposed by Marcuschi (2001, 2005, 2007, 2008, 2010), followed by other authors such as Bortoni-Ricardo (2003) and their research on stylistic monitoring through scaffolding interactions, the Geneva school researchers: Dolz et al (1997, 1998, 2011, 2013) e Schnewly (1997) are also supporters of studies of orality and oral genres, especially the seminar. This framework helped us to better understand the object studied and the elaboration of a didactic proposal for an effective model for seminary teaching in basic education. The general objective of this research was to present discussions and reflections on the relationship orality and the seminar to show that speech must meet our communicative intention, in addition to developing the social use of language and improving language skills. Dissertação (Mestrado)