Metais em efluentes causam problemas aos seres humanos e à natureza, por isso, buscar substâncias para adsorvê-los é de extrema importância. A literatura reporta a relevância das pectinas como biossorventes de metais pesados. Assim, o objetivo foi extrair, modificar e comparar pectinas do limão Siciliano e laranja Baía, visando aproveitamento e valorização desses resíduos, para adsorção de Pb2+. A extração foi realizada com oxalato de amônio e as caracterizações por infravermelho, ressonância magnética nuclear de hidrogênio, cromatografia de permeação em gel e cromatografia líquida de alta eficiência. Os materiais foram avaliados quanto aos modelos cinéticos e a capacidade de adsorção em função do pH e das concentrações. A modificação foi confirmada por FT-IR a partir das bandas correspondentes as amidas. Os espectros mostraram que ambas são de baixo grau de esterificação, com 36,86% e 33,33% para o limão e laranja, respectivamente. Porém, apresentaram elevados percentuais de amidação com 61,00% e 50,00% para limão e laranja, respectivamente. Ambas foram classificadas como polimoleculares, polidispersas e entre os açúcares identificados, apenas a ramnose não foi detectada na pectina da laranja. As amostras apresentaram excelentes taxas de remoção, 94,86% para laranja e 86,45% para limão, na concentração de 250 mg/L, adequando-se ao modelo de pseudo-segunda ordem. Portanto, as pectinas amidadas são importantes para quimissorção de Pb2+, devido à alta capacidade adsorvente em várias concentrações, destacando a laranja que apresentou percentuais crescentes de remoção em todas as concentrações.