A Educação Infantil (EI), como primeira etapa da Educação Básica (EB), traz em seu documento normativo dois eixos estruturantes que orientam a Educação na infância: as interações e as brincadeiras. Considerando que a criança, desde os primeiros anos de vida, é essencialmente corpórea, nesta tese parte-se da premissa de que a corporeidade manifestada durante as interações e brincadeiras imprime os significados para a aprendizagem, trazendo o corpo e o movimento como pontos centrais em uma concepção holística/integral de criança. Tais prerrogativas tornam-se importantes para compreender como o corpo foi concebido historicamente e identificar práticas educativas cartesianas que, ainda hoje, são realizadas. Assim, ao adentrar no universo da fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty, que apresenta como tema-chave a fenomenologia da percepção, infere-se neste estudo o movimento como uma experiência corporificada sensível e indissociável do ser humano; uma abordagem que se apresenta como um caminho possível para lidar com uma Educação que, ainda hoje, se encontra alicerçada na cognição, desconsiderando a relação entre mente e corpo. Neste contexto, questiona-se a corporeidade como conceito fenomenológico, propondo-a como um 3º eixo estruturante na EI, orientado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Para comprovar a tese, foi desenvolvida uma pesquisa cujo objetivo geral foi estudar como a corporeidade, como conceito fenomenológico, possibilita a garantia dos direitos de aprendizagem e a prática dos campos de experiência, assim devendo ser considerada como um 3º eixo estruturante da EI, orientada pela BNCC. A metodologia caracterizou-se como fenomenológica de abordagem qualitativa e caráter exploratório, uma vez que se pretende evidenciar a experiência de vida das crianças na EI.Assim, os objetivos específicos desta pesquisa consistiram em (a) discutir a corporeidade como fundamento da EI, a partir da BNCC, articulando-a aos eixos estruturantes, campos de experiência e d, Early Childhood Education (ECE), as the first stage of Basic Education (BE), has in its normative document two structuring axes that guide childhood education: interactions and play. Considering that children are essentially corporeal from the first years of life, this thesis is based on the premise that the corporeality manifested during interactions and play gives meaning to learning, making the body and movement central to a holistic/integral conception of children. These prerogatives become important for understanding how the body has been conceived historically and identifying Cartesian educational practices that are still carried out today. Thus, by entering the universe of Maurice Merleau-Ponty's phenomenology, whose key theme is the phenomenology of perception, this study infers movement as an embodied experience that is sensitive and inseparable from the human being; an approach that presents itself as a possible way to deal with an education that, even today, is based on cognition, disregarding the relationship between mind and body. In this context, corporeality is questioned as a phenomenological concept, proposing it as a 3rd structuring axis in EI, guided by the National Common Curriculum Base (BNCC). In order to prove this thesis, a study was carried out whose general objective was to study how corporeality, as a phenomenological concept, makes it possible to guarantee learning rights and the practice of fields of experience, and should therefore be considered as a 3rd structuring axis in EI, guided by the BNCC. The methodology was characterized as phenomenological, with a qualitative approach and an exploratory nature, since the aim is to highlight children's life experiences in EI.Thus, the specific objectives of this research consisted of (a) discussing corporeality as a foundation of EC, based on the BNCC, linking it to the structuring axes, fields of experience and learning rights; (b) verify, in the perception of Physical Education (PE) and EI t