Resumen En este texto interpretativo-hermenéutico se utilizan obras artísticas realizadas en la frontera entre Estados Unidos y México para reflexionar acerca de conceptos filosóficos y antropológicos alrededor de la securitización de la movilidad humana y al límite como categoría central en la construcción de la modernidad capitalista. La singularidad de estas obras radica en que intervienen performativamente el espacio fronterizo con la finalidad de explicar el carácter poroso, construido, difuso y heterogéneo de las fronteras, siendo la más extensa del mundo un laboratorio biopolítico desde el cual poder generalizar. Asimismo, las obras artísticas analizadas abordan una variedad de disciplinas cuyos procesos suponen una transgresión poética de los límites fronterizos. Del estudio del corpus de obras surgieron tres categorías de trabajos performativos sobre la frontera: transfronterización, que implica una transgresión del límite a través del cuerpo; la sobrefronterización, que desarrolla una acción que se superpone y opera sobre el propio límite; y la desfronterización, que aboga por la eliminación poética del límite. De este modo, en los análisis se aborda la transfronterización performativa, como desafío a las formas de control que imponen los pasos fronterizos a través del uso del cuerpo como acto lúdico, como expresión de la diferencia y como abyección (To the Rhythm of the Swing, Rocío Boliver, 2012); la sobrefronterización performativa, como sobreescritura de una acción sobre el límite de la frontera en el Río Bravo, que opera en torno a la paradoja movilidad/ inmovilidad y entendimiento-creatividad (Operation Tumbleweed, K. Yoland, 2018); y la desfronterización performativa, como mecanismo de borramiento de la valla para la configuración de una posibilidad utópica y un mundo-otro sin límites que puede leerse como una desfronterización política, antropológica y deconstructiva (Erasing the Border, Ana Teresa Fernández, 2012). Tras los análisis, en la parte final del trabajo defendemos el carácter transdisciplinar y contestatario, tanto de las obras seleccionadas como de la propuesta activista de sus autores. Descriptores: arte de vanguardia, arte latinoamericano, migración, sociología del arte. Abstract In this interpretive-hermeneutic text we use artistic works carried out on the Mexico-US border to reflect on philosophical and anthropological concepts around the securitization of human mobility and the limit as a central category in the construction of capitalist modernity. The singularity of these works lies in the fact that they intervene performatively the border space to explain the porous, constructed, diffuse, and heterogeneous nature of the borders, the most extensive in the world being a biopolitical laboratory to generalize. They also address a variety of disciplines whose processes involve a poetic transgression of border boundaries. Three categories of performative works on the border emerged from the study of the corpus of works: cross-border, that implies a transgression of the limit through the body; over-bordering, that develops an action that overlaps and operates on the limit itself; and des-border, that advocates the poetic elimination of the limit. Thus, the analyzes address performative cross-bordering as a challenge to the forms of control imposed by border crossings through the use of the body as a playful act, as an expression of difference, and as abjection (To the Rhythm of the Swing, Rocío Boliver, 2012); performative over-bordering, as overwriting of an action on the border of the Rio Bravo, that operates around the mobility / immobility paradox in third country and understanding-creativity (Operation Tumbleweed, K. Yoland, 2018); and performative defrontiering, as a mechanism to erase the fence for the configuration of a utopian possibility and a world-other without limits that can be read as a political, anthropological, and deconstructive de-boundary (Erasing the Border, Ana Teresa Fernández, 2012). After the analyzes, in the final part of the work, we defend the transdisciplinary and rebellious nature of both the selected works and the activist proposal of their authors. Descriptors: avant-garde art, Latin American art, migration, sociology of art. Resumo Neste texto interpretativo-hermenêutico, as obras artísticas realizadas na fronteira EUA-México são utilizadas para refletir sobre conceitos filosóficos e antropológicos em torno da securitização da mobilidade humana e do limite como categoria central na construção da modernidade capitalista. A singularidade desses trabalhos reside no fato de que eles intervêm performativamente no espaço fronteiriço, de modo a explicar a natureza porosa, construída, difusa e heterogênea das fronteiras, sendo a mais extensa do mundo um laboratório biopolítico do qual generalizar. As obras analisadas também abordam uma variedade de disciplinas cujos processos envolvem uma transgressão poética dos limites das fronteiras. Do estudo do corpus das obras emergem três categorias de obras performativas na fronteira: transfronteiriça, o que implica uma transgressão do limite através do corpo; sobre-fronteiriça, que desenvolve uma ação que se sobrepõe e opera no próprio limite; e a des-fronteiriça, que defende a eliminação poética do limite. Assim, as análises abordam a transfronteiriça performativa, como um desafio às formas de controle impostas pelas passagens de fronteira através do uso do corpo como ato lúdico, como expressão da diferença e como abjeção (To the Rhythm of the Swing, Rocío Boliver, 2012); super--fronteira performativa, como substituição de uma ação na fronteira do Rio Grande, que opera em torno do paradoxo da mobilidade/imobilidade e compreensão-criatividade (Operation Tumbleweed, K. Yoland, 2018); e a des-fronteiriça performativa, como um mecanismo para apagar a barreira para a configuração de uma possibilidade utópica e de um mundo sem limites que possa ser lido como um limite político, antropológico e desconstrutivo (Erasing the Border, Ana Teresa Fernández, 2012). Após das análises, na parte final do trabalho, defende-se a natureza transdisciplinar e contestatória dos trabalhos selecionados e a proposta ativista de seus autores. Descritores: arte de vanguarda, arte latino-americana, migração, sociologia da arte.