Resumen En este artículo se pretende analizar la evolución del concepto de "guerra justa" a través de los tiempos, a partir de un enfoque cualitativo basado en un proceso de revisión documental. Comienza con el estudio de la noción de guerra justa en Roma, particularmente en la obra de Cicerón, para posteriormente adentrarse en el desarrollo del concepto en el cristianismo romano y medieval, y en la religión islámica. Luego se examina la evolución del concepto en la Edad Moderna, de la mano de los juristas neoescolásticos de la escuela de Salamanca y de Hugo Grocio, considerado por muchos el primer teórico del derecho internacional. Después, el artículo ahonda en las concepciones de la legitimidad de la guerra que se encuentran en la obra iusfilosófica de Hegel, para centrarse a continuación en el estudio de la guerra justa a la luz del marxismo-leninismo, por medio de las obras de Marx, Lenin y Mao Tse-Tung. Respecto al siglo XX, se exponen las concepciones dispares acerca del fenómeno bélico de los grandes iuspublicistas Hans Kelsen y Carl Schmitt, partidarios, respectivamente, de la necesidad de evitar la guerra a través del derecho y de la inevitabilidad de esta. Por último, se analiza la regulación actual del uso de la fuerza armada en el marco de las Naciones Unidas y se concluye con una valoración crítica de la cuestión. Abstract This article analyzes the evolution of the concept of "just war" throughout the ages by means of a qualitative analysis based on a documentary review. It starts with the study of the notion of just war in Rome, specifically in the work of Cicero. It subsequently delves into the evolution of the concept in the Roman and Medieval Christianism and in the Islamic religion. The article then examines the development of the concept in the Modern Age, carried out by the neo-academics of the School of Salamanca and Hugo Grotius, regarded by many as the first theoretician of international law. After, the article delves into ideas of the legitimacy of war found in the work of Hegel, and then studies the concept of just war in light of Marxism-Leninism, through the works of Marx, Lenin and Mao Tse-Tung. In the twentieth century, the article sets out the different visions on war of the great public law jurists Hans Kelsen and Carl Schmitt: the former supported the need to avoid war through law, while the latter defended its inevitability. Finally, the article analyzes the current regulation of the use of force within the United Nations framework and concludes with a critical appraisal of the issue. Resumo Neste artigo, pretende-se analisar a evolução do conceito de "guerra justa" através dos tempos a partir de uma abordagem qualitativa baseada em um processo de revisão documental. Inicia-se com o estudo da noção de guerra justa em Roma, particularmente na obra de Cícero, para posteriormente entrar no desenvolvimento do conceito no cristianismo romano e medieval e na religião islâmica. Em seguida, examina-se a evolução do conceito na Idade Moderna, juntamente com os juristas neoescolásticos da escola de Salamanca e de Hugo Grocio, considerado por muitos o primeiro teórico do direito internacional. Depois, o artigo se aprofunda nas concepções da legitimidade da guerra que se encontram na obra jusfilosófica de Hegel, para se concentrar, em seguida, no estudo da guerra justa à luz do marxismo-leninismo, por meio das obras de Marx, Lenin e Mao Tsé-tung. Com respeito ao século XX, são expostas as concepções díspares acerca do fenômeno bélico dos grandes juristas Hans Kelsen e Carl Schmitt, partidários, respectivamente, da necessidade de evitar a guerra por meio do direito e da inevitabilidade dela. Por último, analisa-se a regulação atual do uso da força armada no âmbito das Nações Unidas e conclui-se com uma valorização crítica da questão.