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The present study aimed to carry out a survey of food plants and carry out their respective characterization in the quilombola community of Jacarequara, municipality of Santa Luzia do Pará, State of Pará, Brazil. Priority was given to a qualitative-quantitative methodological approach, using participant observation, semi-structured interviews, questionnaires, guided tours and a free list to compose the botanical inventory. The data obtained were tabulated and systematized, in addition to calculating the frequency of citation of the species and the Cognitive Salience Index (ISC, by their acronyms in Portuguese) of the food plants inventoried. A total of 140 food ethnospecies were catalogued, with Euphorbiaceae (27), Arecaceae (12), Musaceae (10) and Rutaceae (9) standing out. Among the food plants with the highest ISC, were açaí (Euterpe oleracea), banana (Musa paradisiaca), mandioca (Manihot esculenta), coconut (Cocos nucifera), cashew (Anacardium occidentale), acerola (Malpighia glabra), bacaba (Oenocarpus bacaba) and orange (Citrus sinensis). From the analysis of the data obtained by this study, it was observed the great importance of food plants and this is because they compose not only their food base, but also be present in income generation and represent the local food culture. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Resumo A etnobotânica estuda a relação entre pessoas e plantas, sendo uma importante ferramenta para conhecer e conservar recursos naturais utilizados por comunidades frente aos atuais processos de degradação ambiental. O presente trabalho teve por objetivo identificar de que modo a comunidade reconhece como úteis madeiras e qual a influência deste conhecimento sobre a conservação dentro e no entorno do Parque Nacional de Itatiaia. Foram realizadas 63 entrevistas com o uso de um álbum ilustrado. Os principais usos identificados foram o medicinal, alimentação e combustível. A comunidade se identifica como instrumento de conservação e apresenta noções de respeito a área.

Os jardins botânicos, de grande importância no contexto da preservação das espécies de flora e fauna no ambiente escolar, promovem a valorização dessas áreas no processo de ensino e aprendizagem. Objetivamos implantar o jardim na Escola Estadual José de Mesquita, em Cuiabá para a realização de práticas relacionadas à Botânica e Etnobotânica, no Ensino Médio. Estratégia metodológica de intervenção pedagógica do tipo pesquisa de campo na escola foi a ferramenta utilizada para a coleta de dados. No total participaram oitenta familiares dos alunos com registros do conhecimento e do valor de usos (NF%) das plantas residenciais, sendo a maioria medicinais, frutíferas, alimentícias e ornamentais, representantes da flora mato-grossense. As plantas doadas pelos familiares compuseram a variedade florística implantada na escola e a participação das famílias e comunidade escolar nas atividades reforça a valorização da cultura, da flora e da educação ambiental nas sociedades em geral. Portanto, investir na biodiversidade vegetal aliada às estratégias pedagógicas adequadas promovem além da socialização os conhecimentos científico, cultural e biológico com a implantação e o manejo da unidade denominada Jardim Botânico Escolar.

O objetivo foi conhecer o perfil sociodemográfico e avaliar o uso de plantas medicinais na comunidade de Tijuaçu, semiárido baiano. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, observacional, de caráter exploratório, realizada entre abril e junho de 2022. O projeto foi aprovado pelo CEP e cadastrado no SISGEN. Os dados foram coletados em questionário semiestruturado, contendo 17 perguntas. Os voluntários eram abordados nas residências e após a assinatura do TCLE, as informações eram coletadas. Os dados foram analisados por medias e frequências e a associação entre as variáveis, pelo teste qui-quadrado de Pearson. Participaram do estudo 104 informantes, dos quais 70,2% eram mulheres, 56,7% eram casados e 50% eram agricultores. 101 participantes relataram que usavam plantas medicinais. As plantas medicinais com maiores ocorrência foram: erva cidreira, capim santo e erva doce. A forma de preparo mais citada foi o chá e a parte da planta prevalentemente usada, a folha. Apesar da visível importância na manutenção da cultura identitária nesse quilombo, quanto ao uso ancestral da natureza, foram encontradas inconsistências, como o risco de interações ervas-drogas, preparos inadequados e indicações inconsistentes, colocando em risco a saúde dessas pessoas. Nesse sentido, uma capacitação para uso racional e seguro da flora na comunidade seria fundamental.

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The Umbanda religion has a strong connection with nature and makes it its temple, where different rituals are practiced, in which plants perform extremely important functions, promoting an approach to the spiritual world. Therefore, the objective of this article is to analyze and understand ethnobotany within the Umbanda religion from the perspective of Well Living. Methodologically, it is configured in a bibliographical and descriptive research with participant observation, developed in two Umbanda religious tents, located in the city of Cáceres - Mato Grosso, Brazil, the interviews were carried out after the consent of the religious leaders, between the months of February to March of the year 2021. According to the data obtained in the two tents, the plants are categorized in ritual, medicinal and mystical use, a total of 50 species from 33 families were described, with greater emphasis on the Lamiaceae, Euphobiaceae and Asparagaceae families, highlighting the three supra dimensions (social, personal and integral), with emphasis on specific dimensions: religion and belief; education; and environment, according to its indicators. It is concluded that the use of plants assumes a fundamental role within the religion and in the life of Umbanda practitioners, serving as an intermediary between the human being and the supernatural world. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introducción y objetivos: Se estudian los conocimientos sobre las plantas forrajeras de los criollos del centro-norte de la provincia del Chaco (Argentina), así como sus formas de manejo y efectos extra-alimenticios que las mismas tienen sobre el ganado. M&M: Se emplean entrevistas registradas a 51 pobladores criollos durante seis campañas realizadas entre 2017 y 2022. Se describen los usos en su preciso contexto socio-cultural de referencia y se compilan y actualizan datos etnobotánicos inéditos sobre la temática con los cuales se efectúa una comparación diacrónica con los actuales. Resultados: Se registra un total de 624 datos etnobotánicos sobre 185 tipos de forrajes correspondientes a 143 taxa vegetales nativos o asilvestrados y 11 exóticos. Un total de 31 datos etnobotánicos se obtuvieron respecto a sus prácticas forrajeras, así como 34 acerca de los efectos extra-alimentarios de su ingestión. Solo la mitad del total de plantas y tipos de forrajes registrados a campo resultaron idénticos a los citados en fuentes históricas inéditas sobre la temática para el mismo complejo biocultural. En total se registran 850 datos etnobotánicos asociados a 348 plantas forrajeras. Conclusiones: Los conocimientos sobre plantas forrajeras se hallan embebidos de un sesgo socio-cultural basado en una valoración diferencial del ganado que las consume. Este enorme volumen de conocimientos y apreciaciones del bosque nativo como fuente de mantención de sus animales de cría reafirma la elevada significación que posee su actividad ganadera como fuente de sustento para los criollos del Chaco.

O uso de plantas medicinais no tratamento e na cura de enfermidades remonta à antiguidade e surgiu com a própria humanidade. Planta medicinal é toda planta que exerce alguma ação terapêutica sobre os organismos vivos. As plantas alimentícias não-convencionais (PANC) são comumente chamadas de “daninhas”, pois florescem entre as plantas cultivadas. As PANC são espécies com grande importância ecológica e econômica, sendo que várias espécies são alimentícias, mesmo que atualmente em desuso pela maior parte da população. A etnobotânica desponta como o campo interdisciplinar que compreende os estudos e a interpretação do conhecimento, significação cultural, manejo e usos tradicionais dos elementos da flora. Este trabalho tem por objetivo compreender a dinâmica das interações entre estudantes de dois campi dos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) com as plantas medicinais e as plantas alimentícias não-convencionais. Para tanto, uma pesquisa foi conduzida nos campi Águas Lindas e Senador Canedo, localizados na periferia das duas maiores metrópoles do Centro-Oeste. Um questionário contendo 23 questões sobre o assunto foi aplicado junto aos estudantes de todos os cursos ofertados pelos dois campi, contabilizando participação de mais de 90% do público discente das duas unidades. Os resultados foram tratados e chegou-se à conclusão de que existe maior interação com as plantas medicinais do que com as PANC. Porém, percebeu-se que o assunto carece de aprofundamento junto a esses estudantes, dado a sua importância. O IFG pode atuar em diversas frentes para suprir essa carência, educando para a vida, para a emancipação desses indivíduos e contribuindo para o seu bem-estar.

Esse trabalho teve como objetivo despertar o interesse dos alunos pela química, por meio da interação entre os conhecimentos popular, científico e escolar sobre plantas medicinais no ensino de Ciências Naturais. Foram preparadas duas aulas de teoria e prática experimental sobre plantas medicinais e o estudo das substâncias fenólicas. As aulas foram realizadas junto aos alunos do nono ano do Ensino Fundamental de um colégio público no município de São Gonçalo/RJ, em zona urbana. Na primeira aula, com a aplicação de um questionário, foram obtidas informações sobre plantas medicinais, seu uso, seu nome e seu modo de preparação; posteriormente, foram introduzidos conceitos sobre plantas medicinais e realizado um debate acerca dos conceitos de natural e de contraindicação. Na segunda aula, por intermédio de um questionário, os alunos puderam avaliar seu próprio aprendizado e a eficiência do método. As atividades desenvolvidas proporcionaram uma oportunidade de sensibilização dos alunos sobre a presença de substâncias químicas em plantas medicinais, e o aprendizado de conceitos de Química, Biologia e Física. A metodologia pode ser aplicada na elaboração de aulas e na formação continuada de professores.

Introdução: Nos países em desenvolvimento, a maioria da população não tem acesso ao atendimento primário de saúde, constituindo o uso das plantas medicinais a principal forma de tratamento. O conhecimento da etnofarmacologia, a sua abordagem holística e sistêmica apoiada por uma base experiencial podem servir como o instrumento para a validação dos tratamentos tradicionais. Objetivo: Realizar um estudo etnofarmacológico e fitoquímico da polpa do fruto de Morinda citrifolia L. Material e Método: Foram realizadas entrevistas semiestruturadas por amostragem não probabilística de bola de neve a 6 vendedores de plantas medicinais da Cidade de Nampula (Norte de Moçambique), nos meses de fevereiro e março de 2023, abordando-se o nome local da planta, os locais da colheita, a parte mais usada na preparação, a finalidade terapêutica, as formas de preparo, e a posologia. Estes dados foram transcritos e interpretados qualitativamente. Para a análise fitoquímica foram colhidos 100 frutos de Morinda citrifolia L. no estádio de maturação verde em uma propriedade localizada no Bairro de Carrupeia (Cidade de Nampula) em fevereiro de 2023 e acondicionados em uma bacia plástica durante três dias aguardando[1]se pelo amadurecimento. Fez-se o despolpamento in natura pela técnica de esmagamento, e foi produzido um extrato alcoólico pela maceração em etanol a 96% durante 72 horas. Os testes qualitativos de espuma, de Libermann Buchard e de cloreto férrico foram feitos para a identificação de saponinas; triterpenos e esteroides; e flavonóides e taninos respectivamente. O estudo foi aprovado pela Comissão Científica do curso de Farmácia da Universidade Lúrio. Resultados: Localmente a planta é conhecida como árvore do noni. Os entrevistados referiram que adquiriram o conhecimento com os seus familiares “(…) o meu pai lá na zona é médico tradicional, e ele é que me explicou sobre essas plantas, sobre como utilizar para curar doenças (…).” Os vendedores apontam o fruto como sendo a parte mais usada da planta, e que têm adquirido o material vegetal no próprio quintal. “(…) “Na minha casa eu plantei e costumo colher lá mesmo (…).” As doenças mais citadas pelos entrevistados como podendo ser tratadas pelo noni foram as que afetam os aparelhos digestivo, respiratório e cardíaco. A comunidade faz o uso do sumo do noni in natura administrando entre uma chávena de chá do sumo 1 vez por dia até a melhora dos sintomas, e 1 chávena de chá do sumo três vezes por dia durante 1 mês. Os metabólitos secundários identificados laboratorialmente foram os triterpenoides, saponinas, flavonoides e taninos em ambas as amostras (no extrato bruto in natura e no extrato alcoólico), com a exceção de esteroides no extrato alcoólico. Discussão e Conclusões: O estudo contribuiu para o registo do conhecimento e das formas tradicionais de utilização da Morinda citrifolia L na Cidade de Nampula (Norte de Moçambique). A comprovação laboratorial da presença de metabólitos secundários pode validar as propriedades terapêuticas da planta, entretanto estudos adicionais são necessários.

The present study aimed to inventory the plants with medicinal and liturgical potentialities in the Terreiro de Umbanda Vovó Firmina de Nagô e Caboclo da Pedra Branca. The research investigated the function and use of these plants in religious practices, taking into consideration their phytotherapeutic aspects. The article also highlights the association between the plants and the spirits and ancestral Orixás that manifest themselves in the Terreiro. Data collection was carried out using semi-structured forms and through a guided tour to collect botanical material. Fifty-one plant species with medicinal and ritualistic potential were mentioned, including rosemary (Rosmarinus officinalis L.), rue (Ruta graveolens L.), lavender (Lavandula officinalis Chaix), Saint George's sword (Sansevieria trifasciata Prain), guinea (Petiveria alliacea (Jacq.) Schott), tobacco (Nicotiana tabacum L.), benzoin (Styrax benzoin Pohl), boldo (Coleus barbatus (Andrews) Benth), jurema herb (Acacia jurema Benth.) and alevante (Mentha gentilis L.). The plants are used in smoke, offerings, spiritual passes, oracular consultations, as well as in the preparation of baths, teas, potions and incantations offered and applied therapeutically in the community. It was possible to perceive that plants are associated with the spirits and ancestral Orixás that manifest themselves in the terreiro, representing and making alive the presence of the spiritual guides among the faithful present in the religious ceremonies. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

The Brazilian Northeast has a rich native flora used for therapeutic purposes in folk medicine. National Policies and Programs encourage the use of folk medicine plants in their Health System, prioritizing local species as a strategy to make herbal medicine more credible among users. However, the lack of knowledge of plants by health professionals, the emphasis on allopathic medicine and the lack of knowledge of plant species on official lists in different regions of the country are some of the factors identified as barriers to the success of such programs. In this perspective, the present research reviewed the literature on ethnobotany in order to know the main species of native medicinal plants used in this region and with potential for phytotherapy. After consulting the Virtual Health Library (BVS) and PubMed, 58 articles published between January/2015 and December/2019 were selected, with 590 species of medicinal plants cited in ethnobotanical studies being recorded. Of these species, 129 (22%) were cited between 5 to 35 studies and 35 (27%) of the species have authorization for use as herbal medicines, of which only 11 species (31.43%) are native. It was found that of the 71 species listed in the National List of Medicinal Plants of Interest to the Unified Health System in Brazil, 60 are used by human communities in the Northeast, reinforcing the region's contribution to the theme. 57 native species are presented that still do not have authorization for simplified registration as herbal medicine, but are used in folk medicine. These data seek to minimize the lack of knowledge about native species and value their use in regional phytotherapy. It is suggested to encourage research in partnership with local communities that analyze the therapeutic action of medicinal plants and encourage their use in Primary Health Care, in accordance with Law 13.123/2015, in order to protect access to traditional knowledge and guarantee the benefit sharing. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

This qualitative research aims to understand if the students' knowledge about ethnobotany focusing the nutritional aspects of the plants that had been cultivated by them might contribute for the intercultural dialogue to food security on biology classes in the schools who attends those students. For the data collection of this application we used a questionnaire, a Contextual Cognition Table (CCT) was structured through the students' responses excerpts and it was organized along the biology teaching contents included on textbooks and the terms used by the scientific community. The results indicate that students traditionally know the plants they had been cultivating, although they used scientific vocabulary to the detriment of traditional vocabulary to build their answers about the nutritional aspects of those plants. Those decisions had implications for this research, especially because we decided to use a questionnaire to investigate the traditional knowledge through the dialogue. We recommend the use of interviews on researches focused on identify the traditional knowledge based on intercultural dialogue in biology teaching. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Even with the growing advance in ethnobotanical studies, the amount of data that inventory the uses and knowledge associated with the biodiversity of medicinal plants existing in urban and periurban backyards in the Amazon region is still incipient. This article aimed to carry out a study of medicinal plants in rural backyards in the municipality of São Miguel do Guamá, Pará, valuing traditional knowledge and contributing to local biodiversity. Semi-structured interviews were carried out with 23 residents, selected by non-probabilistic sampling. The importance index (IVs) and the agreement on the main uses (CUP) were calculated. There were records of 80 medicinal recipes, from the use of 65 species. The most representative families were Asteraceae, Euphorbiaceae, and Lamiaceae. The importance value index was attributed to Melissa officinalis L. and to the agreement of main uses of Alternanthera sp., Melissa officinalis L., Plectranthus neochilus Schltr, and Chenopodium ambrosioides L. The highest values of agreement regarding corrected main uses (CUPc) were from Melissa officinalis L., Cymbopogon citratus (DC.) Stapf., and Alternanthera sp. Flu, fever, and diarrhea were the most prevalent health problems. The community preserves traditional medicine customs in health care and this translates into the way of life of these people and the intense circulation of medicinal plants in the backyards. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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The usage of medicinal plants comes from millions of years, at times they are used as the only resource in basic health practices. The present study aimed to: a) describe the methodological and educational experiences involving medicinal plants and drug interactions in urban areas of the student's caretakers of the Socioenvironmental Responsibility Center of the Rio de Janeiro's Botanical Garden Research Institute, with focus on health promotion and b) understand which medicinal plants are used by those caretakers and what are their ways of preparation. Monthly meetings were held with participatory activities in five different stages. The group consisted of 68 guardians, 75% being female and 25% male, with an age range between 25 and 75 years. The caretakers mentioned the usage of 65 species distributed in 35 families, to obtain these results the following were used: oral transcription of the audios, a semi-structured questionnaire, semantic suggestion techniques and free list, and the game of interactions created for the project by the authors. It is concluded that the present study carries evidences of a successful health education methodology, which brings the scientific community closer to the population, generating knowledge, health and autonomy for the individual. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introducción y objetivos: Bromus spp. es un género paradigmático entre las gramíneas silvestres vinculadas a las personas. Su conocimiento aporta al tema de la utilización y consumo de gramíneas silvestres desde el poblamiento humano del Sur del Cono Sur hasta la actualidad. Nos centramos en ambientes húmedos del sector central de Argentina (subregión Pampa Húmeda) y Chile (Central y Centro-sur), abarcando desde el Pacífico hasta el Atlántico. Objetivos: Discutir los alcances y limitaciones en la indagación sobre distintas relaciones establecidas entre las personas y las gramíneas en los espacios referidos. Caracterizar la relevancia del estudio de las gramíneas y, en particular, del género Bromus sintetizando el estado actual de su conocimiento. M&M: Mediante una recopilación bibliográfica reseñamos la discusión sobre la utilización de gramíneas en el pasado y desarrollamos una base de datos que sistematiza información de distintas fuentes de evidencia (botánica, etnobotánica y arqueológica) con respecto a Bromus spp. También, realizamos una descripción de los fitolitos y granos de almidón redundantes y característicos del conjunto. Resultados y conclusiones: En los contextos arqueológicos las gramíneas se encuentran asociadas a acondicionamientos de pisos de habitación, a diversas tecnologías, a aspectos estilísticos y potencialmente vinculadas con la alimentación. Desde los registros etnobotánicos se agregan más dimensiones: toponimia, textilería, prácticas de preparación y consumo y sus referentes materiales. Por su parte, los microindicadores del género Bromus poseen características particulares.

Esta pesquisa qualitativa tem como objetivo apontar como a etnobotânica dos conhecimentos de estudantes acerca dos aspectos nutricionais das plantas que são por eles cultivadas pode contribuir para o diálogo intercultural para segurança alimentar nas aulas de biologia de escolas que atendam esses estudantes. Com os dados reunidos da aplicação de um questionário, foi estruturada uma Tabela de Cognição Contextual (TCC), em que trechos das respostas dos estudantes foram organizados em conjunto com os conteúdos do ensino de biologia contidos nos livros didáticos e com termos utilizados pela comunidade científica. Os resultados apontam que os estudantes conhecem e nomeiam tradicionalmente as plantas que cultivam, porém, eles fizeram uso do vocabulário científico em detrimento do tradicional para construir as suas respostas acerca dos aspectos nutricionais dessas plantas. Estes achados têm implicações para a pesquisa, especialmente com relação ao uso de questionário para investigação dos conhecimentos tradicionais, e para o diálogo. Recomendamos o uso de entrevista em pesquisas que visem a identificação de conhecimentos tradicionais para o diálogo intercultural no ensino de biologia.

O ensino interdisciplinar de arte e botânica pode fazer a ponte para a construção da formação cidadã e científica. Desta forma, nosso objetivo é apresentar obras de artistas do modernismo brasileiro, em especial, participantes da Semana de Arte Moderna como mote para o ensino de etnobotânica decolonial em sala de aula. Mais do que uma breve exposição do histórico e de obras em ciência e arte, este trabalho traz o manifesto antropofágico como ferramenta para (re)pensar o ensino. Após análise de obras do modernismo brasileiro com referenciais botânicos, e com base nas 13 categorias cognitivas para a promoção da criatividade, selecionamos 3 espécies vegetais, abacaxi, cacto e café que serviram como integralizador etnobotânico, mostrando as potencialidades e riqueza das telas, literatura e arquitetura da semana de 22 e seu processo antropofágico frente a biodiversidade nacional. Sugerimos a utilização das ações artístico-educativas nacionais para construções de conhecimentos plurais, críticas e decoloniais na promoção de ciência e arte.

Neste estudo de etnobotânica realizado em território indígena Tenharim, localizado no interior do estado do Amazonas, Brasil, constatou-se, através de entrevistas, a utilização de mais de 300 espécies vegetais, sendo a maioria de ocorrência natural do bioma Amazônia e outras introduzidas para diversas finalidades, como medicinal, alimento, artesanato, lenha, utensílios e construções em geral. Entre esta grande diversidade vegetal, 104 espécies são utilizadas na medicina profilática e curativa destes indígenas. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento do conhecimento que os tenharim possuem sobre a vegetação existente no seu território. O conhecimento das plantas e a relação do homem com a natureza não são passados e nem aprendidos de maneira sistemática e formal entre estes indígenas e são poucos os detentores destes conhecimentos. A grande variedade de espécies vegetais registradas demonstrou que o uso das plantas é bem abrangente e muito importante na sobrevivência cultural e ecológica dos tenharim.

Este artigo trata das relações existentes entre uma comunidade tradicional e a biodiversidade da Mata Atlântica, com enfoque no conhecimento, uso e manejo de plantas alimentícias. A comunidade estudada, Guarda do Embaú, município de Palhoça (SC), localiza-se no entorno de uma Unidade de Conservação, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. O levantamento etnobotânico das espécies alimentícias foi realizado por meio de entrevistas semi-estruturadas com colaboradores-chave, além da descrição das fitofisionomias e mapeamento das áreas de coleta das espécies. Foram realizadas nove entrevistas, constatando o uso de 23 espécies, sendo Myrtaceae e Arecaceae as famílias botânicas mais expressivas. A parte da planta mais citada para consumo foi o fruto.

This article addresses the existing relations between a traditional community and the biodiversity of the Atlantic Rainforest, with emphasis on the knowledge, use and handling of food plants. The community which was studied, Guarda do Embaú, municipal area of Palhoça (SC), is located in the surroundings of a Preservation Unit, the State Park of Serra do Tabuleiro. The ethnobotanical survey of the food species was conducted through semi-structured interviews with key contributors, as well as the description of the phytophysiognomy and mapping of the areas where the species were harvested. Nine interviews were carried out, ascertaining the use of 23 species, being Myrtaceae and Arecaceae the most notable botanical family. The part of the plant most cited for consumption was the fruit. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

This article conducted a survey of Unconventional Food Plants (PANC's) in Caruaru and Castanhal de Mari-mari, traditional communities located in Mosqueiro Island, Belém-PA. To obtain the data, dialogued interviews were conducted, directed by semi-structured forms. The collection of botanical material took place through guided tour, and the identification of species through specialized bibliographies. For qualitative analysis, the socioeconomic information was tabulated, as well as the compilation of the information of each indicated ethno-species, as a form of consumption and part used. In Caruaru, 79 ethnospecies were cited, and 36 were identified, where the most cited were the acai, Bacuri and Brazil nuts, and the most representative families were Lamiaceae, Malvaceae and Myrtaceae. In Mari-mari, 69 ethnospecies were indicated, 21 of which were identified, where the most cited were Cupuassu, Uxi and Mari, highlighting the families Anacardiaceae, Lamiaceae and Sapotaceae. Regarding the indices, in Caruaru, the Use Value (UVs), have the acai (2.167), Bacuri (2.167), Brazil nut (1.500) and Uxi (1.333) with the highest values. While Consensus of Use (UCs) stands out the same ethnospecies, Açai (0.667), Bacuri (0.222), Brazil nuts (0.222) and Uxi (0.000). For the Mari-mari community, the largest (UVs) stand out for Cupuaçu (1,900), Chicory (1,400), Uxi and cassava with equal values (0.900). For Consensus of Use (CUs) were Cupuassu (0.600), uxi (0.400), Mari (0.222) and Chicory (0.000). The results showed the importance of PANCs for subsistence and as a source of income for communities. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introduction: Among the human adaptive strategies, plant cultivation is one of the most important over the last ten thousand years. However, with the development of large urban centers, human population resign some habits in relation of plant cultivation. Recently home gardens have received attention as an important germplasm bank, preserving many non-commercial species. Objective: This study aims to investigate the diversity of plants cultivated in home gardens. Was also explored how the human population relation with these resources. Originality: Home gardens have a high potential to maintain resources for urban biodiversity through the variety of plants that are cultivated. However, predominantly small cities are targets of studies of this nature, and large cities are the ones that suffer the most from urbanization pressure. Thus, this work brings this approach to the second largest city in the metropolitan region of São Paulo. Methodology: The population of President Dutra and Bonsucesso in the city of Guarulhos, SP, was studied. We interview 150 people, being 102 at the Presidente Dutra district and 48 in Bonsucesso neighborhood. It was used a semi-structured and random selection of households surveyed. Results: The neighborhoods prevailed the cultivation of ornamental plants which were represented by 51 botanical families, followed by food related plants with 38 botanical families and medicinal plants with 15 botanical families. Contributions: These data indicate a preference for the cultivation of ornamental plants in backyards in the city of Guarulhos, SP. Conclusions: Residential backyards of the city of Guarulhos showed numerous purposes such as leisure space, housework, car garage and shelter for animals; however, there is a strong occurrence of cultivated plants. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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Los frutos silvestres han sido una parte integral de la dieta de los habitantes rurales del trópico americano. En Colombia, la información acerca del uso de los frutos silvestres se encuentra dispersa en la literatura etnobotánica y en colecciones de herbario, limitando el diseño de estrategias de conservación y uso. Esta revisión tiene como propósito sintetizar información acerca de los frutos silvestres usados en Colombia. Se revisaron colecciones de herbario y referencias de literatura. Se registraron 703 especies en 76 familias, entre las cuales Fabaceae (66 especies), Arecaceae (58) y Passifloraceae (44) son las más diversas. Los géneros con más especies fueron Inga (42), Passiflora (42) y Pouteria (21). La mayoría de las especies tienen amplia distribución en América tropical, y solo 45 (6.4 %) son endémicas de Colombia. Las regiones con el mayor número de especies son Amazonia (388), Andes (144) y Pacífico (111). La mayoría de especies registradas, 613 (87.2 %), son exclusivamente silvestres, mientras que 90 (12.8 %) son silvestres o cultivadas. Los frutos silvestres tienen un alto potencial para la agricultura, para desarrollar productos novedosos y para mejoramiento nutricional; sin embargo, es necesario crear estrategias para revalorizar su uso.

Introducción y Objetivos. El cinturón hortícola de La Plata es una de las regiones productivas más importantes de la provincia de Buenos Aires. Está formado por grandes productores que abastecen a distintas regiones del país, así como también por un núcleo de productores familiares no capitalizados que se dedican a la venta de sus productos en ferias y mercados de la ciudad. Entre sus productos típicos el zapallito de tronco (Cucurbita maxima subsp. maxima var. zapallito) es una hortaliza regional que se destaca por ser muy utilizada para la preparación de diversas comidas. El objetivo de este trabajo es relevar el conocimiento botánico local (CBL) de las familias productoras de La Plata, con el fin de contribuir al mantenimiento de esta variedad que guarda importancia cultural y regional. Materiales y Métodos. Desde una metodología de tipo etnobótanica se realizaron entrevistas semiestructuradas y observaciones directas a dieciséis informantes claves de la región, quienes caracterizaron experiencias, prácticas e historias del manejo del zapallito en la ciudad. Resultados. Las familias productoras de zapallito de tronco elijen cultivar esta hortaliza por su rentabilidad, bajo costo y tradición local. Los pequeños productores, en su mayoría de nacionalidad boliviana, han logrado adaptarse a las condiciones ambientales de un escenario distinto para ellos y con los recursos que cuentan aprendieron a responder a los requerimientos hortícolas de la región. Conclusiones. Es mediante el conjunto de saberes y prácticas que realizan los productores (CBL) que se contribuye a mantener el cultivo del zapallito de tronco en la región.

Introducción y objetivos: Este trabajo estudia las prácticas de recolección de plantas de los pobladores locales la costa Patagónica Sur (Santa Cruz, Argentina). Se identifican las percepciones organolépticas, las categorías de uso y la transmisión de conocimientos de los entrevistados. M&M: La vegetación corresponde a la Estepa Patagónica. La metodología es cualitativa, de diseño flexible, con entrevistas semiestructuradas y observación participante. Conceptos teóricos de la etnoecología, la ontología relacional y la cosmopraxis nos permitieron analizar las discursos de los pobladores locales. Resultados: 62 taxa que pertenecen a 40 familias se utilizan como medicina, combustible, alimento, tintóreas, multiuso y ornamental. Las familias que predominaron fueron Asteraceae, Lamiaceae, Fabaceae, Apiaceae, Rhamnaceae y Verbenaceae. El 9,67% de estos taxa se usan solamente como alimento, el 22,95 % como combustible, el 46,77% se usan como medicinales, 8,19% como ornamentales y 13,11% multipropósitos. Los taxa con más consenso de uso entre los entrevistados son Berberis microphylla (multipropósito), Schinus jhonstonii (combustible) y Dysphania ambrosioides (medicinal). Catorce taxa conformaron la media de menciones con un rango de 3 a 27 taxa por cada informante. Conclusiones: Fueron predominantes los usos medicinal y combustible. Las percepciones organolépticas guiaron el reconocimiento de las plantas medicinales y las propiedades biofísicas de las maderas para la selección de plantas combustibles.

Introducción: Las técnicas de construcción con tierra tuvieron una alta relevancia para la producción de la arquitectura en toda el área andina. Se trata de un conjunto de prácticas y saberes diversos, integrado en una cultura constructiva indisociable de otros aspectos de la vida social. Dentro de las materias primas de origen mineral, animal o vegetal y de múltiples resoluciones para cada parte de la casa, la madera es fundamental para la estructura de la cubierta. Los principales recursos vegetables maderables de la región, la queñoa (Polylepis tomentella) y especialmente el cardón (Trichocereus atacamensis) tienen un rol protagónico. El objetivo fue estudiar la vigencia de su uso en las arquitecturas actuales. M&M: El trabajo se desarrolló en el departamento de Susques, Jujuy, desde el enfoque de la etnobotánica cualitativa, utilizando principalmente la metodología etnográfica. Se trabajó con 15 colaboradores locales, alcanzando las 100 personas en instancias grupales. Resultados: Evidencian que el uso de estas maderas ha disminuido en los últimos años, pero su relevancia no ha perdido vigencia en el relato de los pobladores. Así mismo, demuestran que entre las causas se entremezclan leyes provinciales que prohíben su uso, menor tiempo de permanencia en el campo resultando en la interrupción de la recolección de madera y la introducción de materiales provenientes de tierras bajas. Conclusión: La conservación del patrimonio arquitectónico implica la continuidad de ciertas prácticas e involucra materialidades específicas, su identificación y conocimiento permite su valoración y la búsqueda de estrategias para su permanencia.

O uso de plantas com poder medicinal na sociedade contemporânea vem ganhando espaço, principalmente no combate a sintomas de enfermidades, como é o caso do novo Coronavírus (Sars-CoV-02), com sintomas característicos de síndrome respiratória aguda. Com a grande taxa de transmissão e o surgimento de novas variantes, as populações tradicionais da Amazônia buscam mediante o etnoconhecimento, as potencialidades das plantas medicinais para a minimização de sintomas ocasionados pelo novo Coronavírus. Em decorrência da ausência de materiais didáticos na região relacionados ao conhecimento tradicional e científico do uso das plantas medicinais para o combate as SARS’s, este trabalho teve como objetivo promover a articulação interdisciplinar mediante a produção de um atlas botânico medicinal com plantas medicinais encontradas em quintais urbanos do município de Benjamin Constant-AM. O material foi divulgado para os alunos da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e distribuídos na comunidade escolar local por meio de grupos do aplicativo WhatsApp, como proposta de utilização em disciplinas das Ciências: Biologia e Química. A realização do projeto de extensão sobre a produção de um atlas botânico medicinal promoveu a articulação entre o ensino teórico/científico e o etnoconhecimento na tentativa de melhoria da aprendizagem sobre as plantas medicinais no interior do Amazonas. Portanto, essa interação entre universidade e comunidade possibilitou o fortalecimento da parceria havendo a troca de conhecimentos, e consolidou-se a etnobotânica, havendo o reconhecimento da biodiversidade de plantas medicinais na Amazônia.

Introducción y objetivos: Los pobladores de los Valles Calchaquíes salteños aún dependen de las plantas medicinales para cubrir sus necesidades de salud pese a que los vertiginosos cambios económicos y sociales han erosionado el conocimiento médico tradicional. Los objetivos fueron i) conocer las plantas medicinales, ii) indagar acerca de la importancia cultural de las plantas en relación a la diversidad de usos en la medicina tradicional y el consenso de los informantes; iii) describir los ambientes de adquisición de las plantas, las dolencias, afecciones tratadas y las prácticas terapéuticas y, iv) comparar la farmacopea local con las de otras regiones cercanas. M&M: Se efectuaron entrevistas abiertas y semiestructuradas a 30 participantes, observación participante y recorridos botánicos en 12 localidades y parajes. Los datos recolectados fueron analizados cuali-cuantitativamente. Resultados: La riqueza herbolaria asciende a 89 taxones, la mayoría nativos (65%), de los cuales, 24 se citan por primera vez. La versatilidad utilitaria medicinal cubre 51 afecciones y dolencias. La especie con mayor uso fue Geoffroea decorticans, empleada para afecciones respiratorias. Las más versátiles fueron Ruta chalepensis, Vachellia aroma, Sphaeralcea bonariensis y Ligaria cuneifolia. Los sistemas corporales con mayor consenso fueron neumonología e infectología, traumatología y aparato locomotor. La mayoría se recolectan a campo y se destinan principalmente para el sistema gastroenterológico. Conclusiones: Se actualizó la farmacopea vegetal tradicional. La población emplea un importante abanico de plantas donde concurren prácticas y saberes tradicionales, con diversidad de criterios selectivos. Se manifiestan cambios en las prácticas y saberes tradicionales y un flujo informal del conocimiento sobre las plantas.

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Among the plants that have biological activities, there is Aristolochia, which can cause toxicity in humans, and its leaves and roots are used in the treatment of cancer. The aim of this article was to carry out a survey of Aristolochia species in different regions. The information was obtained through scientific productions, from 2010 to 2020, in the PubMed database: 672 articles; LILACS: 24; SciELO: 25; and MEDLINE: 535, in a total of 1,256 articles, of which 518 were duplicated and therefore rejected, leaving 738. Only 10 fulfilled the objective, after analyzing the titles and abstracts. The Descriptors (DeCS) used were: Aristolochia AND (extracts OR phytotherapy OR plants, medicinal OR medicine, traditional OR plants OR ethobotany OR therapeutic use OR botany OR neoplasms). A deficit in the number of Aristolochia species was identified. Despite toxicological similarities, there are cases in which adverse reactions are underreported or not reported. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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A Modelagem de Nicho Ecológico é importante ferramenta para estabelecer predições de distribuição de espécies no espaço geográfico. O Parque Nacional de Sete Cidades, no Piauí, Brasil, é uma Unidade de Conservação Federal de Proteção Integral, com 6.221 hectares. O objetivo desse trabalho foi determinar a distribuição geográfica e avaliar o impacto das variáveis na predição do habitat de adequação atual de algumas espécies arbóreas. Foram selecionadas seis espécies, em função do seu valor ecológico e sociocultural: Hymenaea courbaril L; Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel; Parkia platycephala Benth.; Magonia pubescens A.St.-Hil.; Caryocar coriaceum Wittm e Handroanthus impetiginosus (Mart. Ex DC.). Como resultado, Foram apontadas 130 espécies arbóreas, onde foi identificado que: a distribuição potencial de Parkia platycephala se concentrou em 26,19 km²; Himatanthus drasticus teve o nicho potencial ocupando 18,44 km²; Hymenaea courbaril teve área estimada em 16,19 km²; Handroanthus impetiginosus teve área potencial prevista no modelo em 12,01 km²; Caryocar coriaceum abrangeu 15,06 km²; Magonia pubescens foi prevista em 16,66 km². Observou-se que na escala de paisagem, as variáveis topoclimáticas e de textura da cobertura vegetal apresentaram um modelo com bom desempenho e validade para predizer a distribuição potencial.

The pressure for native wood use is a point of great interest for ethnobotanical studies, since these species are indispensable for local communities’ survival in different environmental conditions of the world. In this context, this study aimed to indicate the conservation priorities for useful woody medicinal plants in Darora indigenous community, part of the Makuxi people, which live in the savanna of Roraima State, Northern Brazilian Amazon. Ethnobotanical indexes associated with species ecological data were used, and semi structured interviews conducted among 60 inhabitants (36 men and 24 women) ranging from 18 to 84 years of age. The results indicated that from 33 woody medicinal plants, 24 were also associated with timber use. The conservation priority index indicated that Palicourea rigida, Anadenanthera peregrina, Copaifera pubiflora and Leptolobium nitens are highly prioritized species for local conservation. Our results indicated the need for actions on conservation, beyond ex-situ conservation techniques, such as germplasm bank and cultivation. These actions are necessary to protect the most threatened woody medicinal species which are also used as different timber artifacts by the indigenous population living in the Darora Community.

O artigo veicula uma análise socioeconômica de assentamentos rurais no Extremo Sul da Bahia e no Pontal do Paranapanema, com foco na agrobiodiversidade associada à mandioca. Entrevistas semiestruturadas foram conduzidas com 15 agricultores em 10 assentamentos na Bahia e 11 agricultores em 7 assentamentos em São Paulo. Os índices socioeconômicos destas regiões estão entre os mais baixos de seus respectivos estados, com maior vulnerabilidade na Bahia. Cerca de 60% dos filhos dos agricultores no Pontal residem nos assentamentos, dos quais dois terços trabalham na agricultura. Na Bahia, 20% dos filhos estão no assentamento, dos quais 75% atuam em atividades agrícolas. Com população mais idosa, os assentamentos da Bahia apresentam maior diversidade de mandioca, cuja produção abastece as casas de farinha artesanais. As dinâmicas culturais em torno das atividades da produção de farinha nos assentamentos constituem um elemento-chave na manutenção da agrobiodiversidade regional. A produção de mandioca no Pontal, por outro lado, atende à demanda de fecularias industriais fora dos assentamentos, o que estimula o cultivo de poucas variedades que atendem o padrão das indústrias. O alinhamento à agroecologia nos assentamentos da região baiana tem sido fundamental para a valorização da diversidade agrícola, enquanto o alinhamento à agricultura industrial na região paulista enfraquece a diversidade agrícola e as estruturais socioculturais de manutenção da agrobiodiversidade.

Estudos etnobotânicos contribuem para a descoberta de bioprodutos de interesse farmacológico e para a conservação dos recursos biológicos. Desta forma, objetivou-se realizar o levantamento das plantas medicinais utilizadas em um município da mesorregião noroeste do Rio Grande do Sul. A coleta de dados ocorreu através de entrevistas semiestruturadas, por amostragem não probabilística (n=70), executada no período de junho a dezembro de 2015, sendo coletadas informações socioculturais e etnobotânicas. Essas foram analisadas com o auxílio de índices quantitativos como o Valor de Uso da espécie (UVs) e da família (FUV), para a inferência das espécies e famílias botânicas mais importantes. Foram relatadas 105 espécies, distribuídas em 42 famílias. As espécies mais importantes foram Cymbopogon citratus, Plectranthus barbatus e Malva sylvestris. Para as famílias, sobressaíram-se Malvaceae, Poaceae e Amaranthaceae. Com os resultados do presente estudo, constata-se que as plantas medicinais são um importante recurso para a prevenção de doenças e a manutenção da saúde da população no município, bem como, expande o estudo sobre a flora regional, pouco conhecida. Palavras-chave: Etnobotânica; medicina popular; perfil sociocultural; propriedades etnofarmacológicas; valor de Uso.

This paper presents a method of studying the lexicon in oral literature. This will study the ethnobotanical lexicon of the province of Jaén, as an example of study and exploitation of the oral records of the Corpus de Literatura Oral (CLO). The study of the texts will show the conceptual history of the speakers of this area and their social and cultural history, as well as the relationship of life they have with their natural environment. Resumen: En el presente artículo se presenta un método de estudio para abordar el conocimiento del léxico cultural que se registra en la literatura oral. Para ello nos aproximaremos al léxico etnobotánico de la provincia de Jaén, como ejemplo de trabajo y explotación de los registros orales que nos proporciona, en este caso, la literatura oral del Corpus de Literatura Oral (CLO). El estudio de los textos nos aproximará a la historia conceptual de los hablantes de esta zona y a su historia social y cultural, así como a la relación de vida que tienen con su entorno natural

Resumo: Ao longo das últimas décadas, os etnosaberes de culturas tradicionais têm sido objeto de inúmeros estudos em distintos campos científicos. Com frequência, os estudos realizados buscam levantar e analisar dados e informações a respeito dos múltiplos usos da biodiversidade, compreender as formas de classificação, domesticação e manipulação da fauna e da flora, assim como interpretar a complexa relação homem-natureza em suas diferentes dimensões, escalas espaço-temporais e significações culturais. Neste sentido, examinamos no presente artigo os etnosaberes relacionados aos usos de plantas, animais e insetos em práticas terapêuticas, mágico-ritualísticas e simbólico-culturais de comunidades quilombolas do Vale do Jequitinhonha mineiro. Para consecução desse objetivo, recorremos ao uso de uma metodologia essencialmente qualitativa, operacionalizada por meio de entrevistas semiestruturadas com agricultores e agricultoras quilombolas, caminhadas transversais e observações diretas nos quintais agroflorestais de seus estabelecimentos produtivos, além de registros iconográficos (fotografias e croquis) destes espaços e de seus cultivos. Por meio deste estudo, constatamos que os etnosaberes constituem uma importante expressão cultural da relação homem-natureza, das experiências espaço-temporais, interações sociais, costumes e cosmovisões dos membros das comunidades quilombolas, contribuindo para a manutenção dos processos de reprodução material e simbólico-cultural de suas famílias e coletividades e para a preservação da espaço-temporalidade da cultura afro-brasileira no Vale do Jequitinhonha mineiro.

O presente trabalho tem como objetivo realizar um estudo etnobotânico sobre plantas nativas, com foco em três espécies vegetais, e fazer um paralelo entre o que a ciência diz sobre tais espécies com o conhecimento que uma comunidade escolar detém sobre elas, promovendo conexões para a contextualização no ensino de ciências. Para isso, foram selecionadas três espécies nativas da cidade de Ipaporanga-CE para identificação e estudo. Posteriormente, foi aplicado um questionário com alunos, professores e funcionários de uma escola a fim de obter informações sobre essas espécies vegetais e, assim, realizar uma comparação de dados. Por fim, foi realizado um seminário na escola pesquisada para construir com alunos e professor o conhecimento sobre as características, propriedades e utilizações desses frutos nativos, objetivando tornar estas espécies mais conhecidas, aproveitadas e dando pistas de contextualização de conteúdos nas aulas de ciências. Constatou-se que o público escolar reconhece algumas plantas vegetais nativas, porém, no que diz respeito às propriedades e benefícios, possuem pouco conhecimento.

El artículo de investigación analiza la transmisión del conocimiento etnobotánico en niños y jóvenes campesinos de los Andes colombianos. La transmisión del conocimiento se entiende como un proceso cultural y educativo que se fundamenta en contenidos actuantes en diversos ámbitos de socialización, incluyendo la familia y la escuela. Así, mediante una metodología etnográfica que incluyó observación participante, entrevistas abiertas y semiestructuradas y talleres con niños, niñas y jóvenes, se analiza la transmisión de los contenidos, los contextos de transmisión, sus implicaciones en las formas de valorar las plantas y su relación con los roles de género. Los resultados demuestran que los conocimientos etnobotánicos se transmiten de manera efectiva cuando hay claridad en la exposición, un medio de transmisión apropiado, un cierto grado de motivación y una capacidad mental adecuada para entender la experiencia. Se concluye que la transmisión del conocimiento etnobotánico es dinámica y se encuentra mediada por los roles de género. Niños y niñas demostraron un vínculo fuerte con la naturaleza, a pesar de que las niñas poseen un mayor conocimiento etnobotánico y los niños desarrollan habilidades para la comercialización; además, existen algunas pérdidas de conocimiento dado que a los jóvenes poco les interesa las labores del campo. Estos hallazgos son relevantes, puesto que permiten cuestionar los modelos de transmisión de conocimiento actuales, junto con las oportunidades que tendrán las futuras generaciones dentro de la nueva ruralidad.

Introducción: revalorizar y resignificar la identidad de los saberes tradicionales en salud es retador, en una cultura mediada por la industrialización, perviviendo con un pasado histórico, patrimonial cultural y simbólico, desde una identidad mixturada que se conjuga en un sincretismo territorial, que persiste a través de huellas físicas y culturales de tradiciones mágico religiosas. Objetivo: reconocer las particularidades etnográficas de los agentes portadores de saberes populares en salud que les permite afianzar sus prácticas en el municipio de Andes- Antioquia. Y resignificar estas prácticas para recuperar sus entornos identitarios y rituales simbólicos, en la configuración de su identidad como cuerpo orgánico en los espacios sociales. Metodología: investigación cualitativa, de tipo descriptivo, con perspectiva etnográfica (microetnográfica), sistematizada a través de entrevistas a profundidad acompañadas de registros fotográficos y observaciones participantes. Resultados: se reconocen 48 agentes sociales entre 30 y 70 años, la mayoría asentados en la ruralidad. Entre ellos: sobanderos con secreto, sobanderos con dolor o componedores, hierbateros y rezanderos. Se reconoce su identidad diversa desde una emergencia mágica religiosa y se exponen las características de sus saberes heredados, en una ritualidad envolvente que los recrea y vitaliza en los espacios sociales. Discusión: se analizan los resultados en el marco del espacio social, multidimensional y complejo, a través de sus tres elementos: estructuras sociales, relaciones sociales y formas espaciales. Conclusiones: las formas espaciales trasladan el simbolismo al espacio social físico con características que afianzan el ejercicio de su saber y su identidad. La brecha entre los conocimientos occidentales y los saberes tradicionales se cierra cada vez más por la fuerza de sus realidades en la vida cotidiana, de una sociedad globalizada. Como citar este artículo:Jaramillo Delgado Gonzalo Hernando, Agudelo Arias Mariana, Jaramillo Vargas Juliana, Moreno Villa Francia Elena. Reconocimiento de Saberes Tradicionales en Salud. Andes, Antioquia 2019: Aproximación Cualitativa. Revista Cuidarte. 2021;12(3):e1307. http://dx.doi.org/10.15649/cuidarte.1307

Introducción: El conocimiento tradicional sobre plantas medicinales constituye parte importante del sistema de salud de comunidades indígenas. La utilización de múltiples especies combinadas es habitual en el Noroeste argentino, más los estudios en la temática son escasos. Este trabajo describe y contextualiza los usos de dichos preparados para el cuidado de la salud. M&M: Con el consentimiento previo informado de la comunidad indígena de Ocumazo, Humahuaca, Jujuy, Argentina se aplicaron técnicas de observación participante y entrevistas abiertas a colaboradores clave y otras personas adultas, mediante muestreo por redes y por oportunidad. Se indagó sobre formas de elaboración de las preparaciones, usos, administración y contexto de aplicación. Los datos se analizaron con técnicas cualitativas. Resultados: Se relevaron 12 combinaciones de 26 especies vegetales incluyendo, algunas, productos de origen animal. Las especies citadas fueron nativas (69%), cultivadas (23%) y adventicias (9%). Los usos, en el marco de la vida cotidiana, respondieron al tratamiento de afecciones óseas y músculo-articulares, gastrointestinales, templarias, entre otras. En contexto de celebración ritual las preparaciones cobran significación simbólica. Los tratamientos se administran de forma externa (parches, baños, fricciones) e interna (infusiones, agua). Conclusiones: En el uso de preparados medicinales, la comunidad de Ocumazo articula conocimientos precisos acerca de formas de combinar especies y administrar las fórmulas. En contextos rituales se configuran diferentes pautas de selección, elaboración y consumo de los recursos vegetales respecto al uso cotidiano. Existen conocimientos propios acerca de la distribución de las especies según cualidades cálidas o frías, prevaleciendo nociones de la medicina humoral hipocrática.

Presentamos en este trabajo la web ‘Etnobotánica de los Países Catalanes’ (https://etnobotanica.iec.cat), una herramienta interactiva para redescubrir el saber popular sobre las plantas. En el momento de hacerse pública, contiene casi 80.000 entradas con nombres de plantas y 55.000 con usos medicinales, y se trabaja para introducir, en los próximos dos años, unas 30.000 entradas de usos alimentarios y unas 30.000 más de otros usos y otras informaciones. Estos datos provienen de más de 1300 entrevistas realizadas a casi 2000 informantes de alrededor de 500 municipios del dominio lingüístico catalán. Los territorios de lengua catalana se encuentran entre las áreas del sur de Europa mejor prospectadas etnobotánicamente, y actualmente sigue habiendo investigaciones activas. La información hasta ahora volcada ha originado un centenar de obras, cuya lista se puede consultar en la misma web. En cuanto a nombres populares, los táxones con mayor diversidad son Zea mays, Achillea millefolium, Cynara cardunculus, Hypericum perforatum y Ceterach officinarum. En cuanto a usos medicinales -los únicos que por el momento figuran-, los táxones más reportados son Thymus vulgaris, Sambucus nigra, Olea europaea subsp. europaea var. europaea, Matricaria recutita y Rosmarinus officinalis. Esta página web es una buena herramienta para el retorno a la sociedad de un saber sobre los patrimonios natural y cultural que de ella proviene, conservándolo y poniéndolo al alcance de las nuevas generaciones y, además, permitirá detectar huecos en la investigación etnoflorística, realizar metanálisis hasta ahora muy raramente hechos en etnobotánica y suministrar información a instituciones y empresas interesadas en desarrollar productos comerciales a base de plantas. [ct] Presentem en aquest treball la web ‘Etnobotànica dels Països Catalans’ (https://etnobotanica.iec.cat), una eina interactiva per a redescobrir el saber popular sobre les plantes. En el moment de fer-se pública, conté gairebé 80.000 entrades amb noms de plantes i 55.000 amb usos medicinals, i es treballa per a introduir-hi, en els propers dos anys, unes 30.000 entrades d’usos alimentaris i unes 30.000 més d’altres usos i altres informacions. Aquestes dades provenen de més de 1300 entrevistes realitzades a quasi 2000 informants de gairebé 500 municipis del domini lingüístic català. Els territoris de llengua catalana es troben entre les àrees del sud d’Europa més ben prospectades etnobotànicament, i actualment encara hi ha investigacions actives. La informació fins ara buidada ha originat un centenar d’obres, la llista de les quals es pot consultar a la mateixa web. Quant a noms populars, els tàxons amb més diversitat són Zea mays, Achillea millefolium, Cynara cardunculus, Hypericum perforatum i Ceterach officinarum. Pel que fa a usos medicinals -els únics que de moment hi figuren-, els tàxons més reportats són Thymus vulgaris, Sambucus nigra, Olea europaea subsp. europaea var. europaea, Matricaria recutita i Rosmarinus officinalis. Aquesta pàgina web és una bona eina per al retorn a la societat d’un saber sobre els patrimonis natural i cultural que en prové, tot conservant-lo i posant-lo a l’abast de les noves generacions i, a més, permetrà detectar buits en la investigació etnoflorística, dur a terme metanàlisis fins ara molt rarament fetes en etnobotànica i fornir informació a institucions i empreses interessades a desenvolupar productes comercials a base de plantes.

Se valida la hipótesis que el uso tradicional de plantas introducidas y nativas es análogo en Ecuador. Ciento veinticuatro entrevistas se desarrollan en 13 provincias de Ecuador, a 99 mujeres y 25 hombres, 107 del total son mestizos y 17 son indígenas, mayoritariamente comerciantes con estudios primarios y constan de 1 a 60 años de experiencia, que adquirieron el conocimiento del uso tradicional de las plantas de sus padres o madres principalmente. Se registra el uso de 274 especies, 138 (50,36%) del total son introducidas y 136 (49,63%) son nativas, 3 de las cuales son endémicas (1,09%); pertenecientes a 224 géneros incluidos en 88 familias botánicas, originarias de América (61,85%), Asia (15,68%), Europa (10,45%), África (9,58%) y Oceanía (2,44%). Se presentan 28 usos generales, particularmente como medicinal (71 usos terapéuticos), destacando el uso como antiinflamatorio, analgésico, antibiótico, antiespasmódico, diurético, sedante y antigripal. El conocimiento tradicional de las plantas no varía significativamente entre etnias y género; lo opuesto ocurre a nivel de edad y entre especies nativas e introducidas. Existe gran concordancia entre los informantes sobre los usos etnomedicinales de las plantas con un valor del Factor de Consenso de los Informantes (FIC) de 0,98.

Neste texto, pretendo revisitar a história do pensamento social brasileiro para tecer os sentidos imputados à pessoa negra, ao espaço e às naturezas. As reflexões produzidas aqui lançam movimento sobre algumas obras clássicas que são base para a construção da identidade nacional. Armo-me de desobediência para aerar a terra, a pessoa e a flora endurecida por esse cânone. Assim, a construção etnobotânica se coloca como um solo fértil para o fortalecimento das existências e das narrativas que emergem da margem.

O surgimento da espécie humana inaugurou diversos usos dos vegetais, que se perpetuam até hoje, embora as plantas não recebam a devida importância. Essa falta de reconhecimento chega muitas vezes à cegueira botânica, termo criado para definir a dificuldade das pessoas notarem a flora no seu ambiente e reconhecerem sua relevância para a vida na Terra. O objetivo dessa pesquisa foi reunir alguns usos dos vegetais pelos seres humanos e algumas de suas funções no ambiente, que se encontravam dispersos e passavam despercebidos. O método empregado foi a pesquisa em fontes bibliográficas, por meio da qual as categorias mais comuns da Etnobotânica foram incluídas e foram ampliadas com a inclusão de categorias de outras ciências ou criação de novas categorias. Após, Para isso, selecionou-se pelo menos um vegetal e uma fonte que referenciasse o uso ou função dessa categoria. O resultado foi a organização de um quadro contendo vinte nove categorias de usos e funções, com potencial para serem utilizadas no ensino de Botânica. O resultado dessa pesquisa, junto com ações e estratégias integradas, que estão relacionadas ao encantamento, afetividade e contextualização do ensino/aprendizagem, talvez possa contribuir para a prevenção e tratamento da cegueira botânica. Nesse sentido, o esperado é auxiliar na valorização e conservação das plantas, uma vez que quase todo ser vivo depende do reino vegetal para sobreviver, inclusive o ser humano, embora aja como se não dependesse.

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