Ramos, Dandara de Oliveira, Nadanovsky, Paulo, Seidl-de-moura, Maria Lucia, Coutinho, Evandro da Silva Freire, Faerstein, Eduardo, Bastos, Ana Carolina Monnerat Fioravanti, and Luiz, Ronir Raggio
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2020-08-02T16:55:17Z No. of bitstreams: 2 Tese Dandara Ramos secao 5 2 bloqueada.pdf: 657248 bytes, checksum: d470279aeb9e2d5497e465b1a62bc2eb (MD5) Dandara Ramos desbloqueada.pdf: 4697181 bytes, checksum: 9de367db129318ba1d7a896a476690e9 (MD5) Made available in DSpace on 2020-08-02T16:55:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese Dandara Ramos secao 5 2 bloqueada.pdf: 657248 bytes, checksum: d470279aeb9e2d5497e465b1a62bc2eb (MD5) Dandara Ramos desbloqueada.pdf: 4697181 bytes, checksum: 9de367db129318ba1d7a896a476690e9 (MD5) Previous issue date: 2017-01-17 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Nowadays, adolescent risk behaviors are among the world s top five factors with the highest attributable burden for premature death, therefore, the study of their determinants has been a major challenge in the health scientific literature. There has been several studies on the role of factors such as personality, temperament and family relationships on adolescent risk behavior. However, there is a lack of evidence regarding the influence of environmental risk factors. Using data from the National Survey of Adolescent Health (PeNSE), the main goal of this dissertation was to test the life history theory model for adolescent risk behaviors, highlighting the role of violent victimization and city level factors as explanatory variables. To do so, we started by exploring the internal consistency of self-reports of risk behavior from the PeNSE survey, in its 2009 and 2012 editions. The results showed that the overall proportion of cases with at least one inconsistent response in the two editions was 11.7% (2.7% on the alcohol items, 2.1% for drug use, 4.3% for cigarette use, 3.0% for sexual activity) and 22.7% (12.8% on alcohol items, 2.5% for drug use, 4.3% for cigarette use, 4.1% for sexual activity), respectively. Such inconsistency was more prevalent among males, delayed students, those who reported having experimented with drugs, and those who did not have a cellphone. Because inconsistent responses were more prevalent among the students who claimed to have engaged in risky activities, removing inconsistent responses affected the estimated prevalence of all risk behaviors in both editions of the survey. This study is reported as the first manuscript of this dissertation. The second one, focused on the association between violent victimization and risk behaviors (unprotected sex, drunkenness episodes, tobacco and drug experimentation) of Brazilian adolescents from the 26 state capitals and the Federal District. The results indicated that, being victimized is associated with increased drug experimentation (OR = 2.58; 95% CI = 2.29 2.91; Cohen s d = 0.43), tobacco experimentation (OR = 2.11; 95% CI = 1.94 2.30; Cohen s d = 0.37), unprotected sex (OR = 2.04; 95% CI = 1.78 2.33; Cohen s d = 0.40) and drunkenness episodes (OR = 2.05; 95% CI = 1.97 2.14; Cohen s d = 0.37). In addition, we found that the magnitude of these associations is related to broader environmental factors, such as the cities age-specific mortality rates, and specifically for females, income inequality and sex ratio. The findings on this dissertation reinforce the importance of consistency checks in self-reported data and the relevance of the evolutionary model for the study of adolescent risk behaviors. Atualmente, os comportamentos de risco na adolescência estão entre os cinco fatores com maior carga atribuível nas mortes precoces em todo o mundo e, compreender seus determinantes tem sido um desafio na literatura científica em saúde. Muito se sabe sobre o papel de fatores de personalidade, temperamento e relações familiares na explicação desses comportamentos, no entanto, no que concerne a influência de fatores ambientais as evidências ainda são escassas. Com base nos dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Adolescente (PeNSE), esta tese teve como principal objetivo testar o modelo evolucionista das estratégias de história de vida para o estudo dos comportamentos de risco na adolescência, destacando o papel da vitimização violenta e das condições de vida na cidade como variáveis explicativas. Para tal, foi desenvolvido inicialmente um estudo da consistência interna do autorrelato de comportamento de risco dos participantes da PeNSE, em suas edições 2009 e 2012, a fim de assegurar a validade do estudo de associação a ser desenvolvido. Os resultados indicaram que, nas duas edições, a proporção de casos com ao menos uma resposta inconsistente foi de 11.7% (2.7% nos itens sobre consumo de álcool, 2.1% para uso de drogas, 4.3% para uso de tabaco, 3.0% para atividade sexual) e 22.7% (12.8% nos itens sobre consumo de álcool, 2.5% para uso de drogas, 4.3% para uso de tabaco, 4.1% para atividade sexual), respectivamente. Tal inconsistência foi mais prevalente entre participantes do sexo masculino, estudantes com atraso escolar, participantes que relataram ter experimentado drogas e participantes que não possuíam telefone celular. Dado que as inconsistências foram mais prevalentes entre os estudantes que declararam ter se engajado nos comportamentos de risco, remover os casos com inconsistência afetou as estimativas de prevalência. Este se configurou como o primeiro manuscrito da tese. O segundo manuscrito analisou a associação da vitimização violenta com a prática de comportamentos de risco (sexo sem proteção, episódios de embriaguez, uso de drogas e cigarro) de adolescentes das 26 capitais brasileiras e do Distrito Federal, e os resultados indicaram que, ter sido vítima de violência está associado com maiores chances de uso de drogas (OR = 2.58; IC95% 2.29 2.91; Cohen s d = 0.43), cigarro (OR = 2.11; IC95% 1.94 2.30; Cohen s d = 0.37), sexo sem proteção (OR = 2.04; IC95% 1.78 2.33; Cohen s d = 0.40) e episódios de embriaguez (OR = 2.05; IC95% 1.97 2.14; Cohen s d = 0.37). Além disso, a magnitude dessa associação se mostrou relacionada a indicadores de risco e imprevisibilidade na cidade, tais como a taxa de mortalidade jovem por causas externas na população geral e específica por sexo, índice de desigualdade econômica (Gini) e razão de sexos. Os achados desta tese reafirmam a importância de análises de consistência em dados de autorrelato e indicam a pertinência do modelo evolucionista no estudo dos comportamentos de risco na adolescência.