T. Cavazzola, Leandro, R. Gursk, Richard, C. Schirmer, Carlos, P. da Rosa, André Ricardo, Pesce, Guilherme, B. Telles, João Pedro, and P. Kruel, Cleber Dario
OBJECTIVE: Cervical esophagogastric anastomosis (CEA) is a common procedure used to restore the continuity of the digestive tract following curative or palliative surgery for esophageal cancer. At the HCPA, we carry out CEA procedures in two steps: first, we carry out a lateral cervical esophagostomy and position the esophageal substitute in the neck; second, after one week, the esophageal remnant is sutured to the esophageal substitute. The choice of esophageal substitute is made according to gastric pull-up (GP) or greater curvature gastric tube (GCGT), depending on the possibility of resection of the lesion. The objective of this paper is to describe the early results (up to 30 days) of delayed cervical esophagogastric anastomosis after resection or esophageal bypass procedures due to esophageal neoplasia. MATERIAL AND METHODS: Fifty-nine patients fulfilled the criteria for inclusion in our study, out of which there were 49 male and 55 white patients; the age average was of 51.5 years. Twenty-two patients were submitted to gastric pull-up. The risk factors for postoperative complications were similar for both groups. Tumor staging was the only difference between the two groups in preoperative examination; this difference was expected according to the criteria used for choosing the procedure. RESULTS: Seven patients (31.8%) of the GP group and in 9 patients (34.3%) from the GCGT group (RR 1.3; CI 95%: 0.5-3.0, P = 0.54) presented leakage. Two patients (9.1%) from the GP group and 1 (2.7%) from the GCGT group died (RR 3.4; CI 95%: 0.3-34.9, P = 0.54). One patient (4.5%) from the GP group and 7 (18.9%) patients from the GCGT group (RR 0.2; CI 95%: 0.1-1.8, P = 0.23) presented infections. There were no differences between the groups regarding occurrence of leakage, short-term postoperative death (until 30 days after surgery), and infections. CONCLUSIONS: Our results are similar to those of other services of reference for the treatment of esophageal cancer. In this study, we did not find any differences between the GP and GCGT groups regarding short-term postoperative complications., OBJETIVO: A anastomose esofagogástrica cervical é um procedimento utilizado para restaurar a continuidade do trato digestivo após cirurgias curativas ou paliativas para o câncer esofágico. O Grupo de Cirurgia do Esôfago, Estômago e Intestino Delgado do Hospital de Clínicas de Porto Alegre realiza o procedimento em 2 tempos cirúrgicos. No primeiro tempo, realiza-se uma esofagostomia cervical lateral e posiciona-se o substituto esofágico no pescoço. O segundo tempo é realizado uma semana após, com a sutura do esôfago remanescente no substituto elevado ao pescoço. Este substituto é escolhido entre os procedimentos de levantamento gástrico (LG) e tubo gástrico de grande curvatura (TGC), conforme a possibilidade ou não de ressecção da lesão esofágica. O objetivo do presente trabalho é de descrever os resultados precoces (até 30 dias) obtidos com a realização de anastomose esôfago-gástrica cervical retardada (postergada) após procedimento cirúrgico de ressecção ou bypass esofágico por neoplasia de esôfago. MATERIAIS E MÉTODOS: Cinqüenta e nove pacientes preencheram os critérios de inclusão, sendo 49 homens, 55 brancos, com uma média de idade de 51,5 anos. Vinte e dois pacientes realizaram cirurgia de levantamento gástrico. Os fatores de risco conhecidos para complicações pós-operatórias foram similares entre os dois grupos. A única diferença entre os grupos na avaliação pré-operatória foi o estágio do tumor, o que era esperado, tendo em vista os critérios usados para a escolha do procedimento. RESULTADOS: A fístula cervical foi detectada em sete pacientes (31,8%) do grupo LG e em nove pacientes (34,3%) do grupo TGC (RR 1,3; IC 95%: 0,5-3,0, P = 0.54). Dois pacientes (9,1%) do grupo LG e um paciente (2,7%) do grupo TGC foram a óbito (RR 3,4; IC 95%: 0,3-34,9, P = 0,54). As complicações infecciosas ocorreram em um paciente (4,5%) do grupo LG e 7 pacientes (18,9%) do grupo TGC (RR 0,2; IC 95%: 0,1-1,8, P = 0,23). Não houve diferenças entre os grupos, levando em conta a ocorrência de fístula cervical no pós-operatório, mortalidade hospitalar precoce (30 dias após a cirurgia) e infecções. CONCLUSÕES: Os dados apresentados nesta série são semelhantes a outros serviços de referência para o tratamento do câncer de esôfago, e nessa série não houve diferença entre os LG e TGC em relação às complicações no pós-operatório precoce.