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O processo da renovação catequética adquire cada dia consciência mais clara de que a catequese deve ser obra de toda a comunidade eclesial. É na Igreja local que o cristão deve aprender a dizer a própria fé com palavras e gestos, como expressão de uma experiência pessoal de Deus. A confissão da fé cristã só pode nascer do reconhecimento da voz do próprio Deus na figura de Jesus Cristo transmitida pela Igreja. Reconhecer Deus em Jesus Cristo significa encontrar nele o Sentido pleno não apenas da própria vida, mas da vida do mundo todo. Para as comunidades cristãs serem lugar privilegiado da socialização da fé, a eucaristia dominical, enquanto mistagogia ao Mistério de Cristo, deverá ser o centro da catequese. Tirar as consequências disso levaria a Igreja a rever, em profundidade, a configuração das comunidades locais e consequentemente dos ministérios. ABSTRACT: The process of catechetical renovation acquires each day a clearer consciousness that catechism should be the work of the entire ecclesial community. It is in the local Church that the Christian should learn to articulate ones own faith with words and gestures, as expression of a personal experience of God. The perseveranconfession of the Christian faith can only emerge from the recognition of Gods own voice in the figure of Jesus Christ transmitted by the Church. To recognize God in Jesus Christ means to find in him the full meaning not only of ones own life, but of the life of the whole world. For the Christian communities to be the privileged place of faith sharing, the Sunday Eucharist, while mystical expression of the Mystery of Christ, will have to be the center of the catechism. To obtain the consequences of this would bring the Church to review, indepthly, the configuration of the local communities and consequently the configuration of the ministries.

A editora Paulus publicou recentemente a tradução portuguesa do Ritual de Exorcismos1, promulgado em 22 de novembro de 1988, pela Congregação para o Culto divino e Disciplina dos Sacramentos. O ritual substitui o ritual de 1614. Seis anos depois da promulgação romana, a 17 de novembro de 2004, a tradução portuguesa do ritual é apresentada à Igreja no Brasil por Dom Manoel João Francisco, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia com estas discretas palavras.

A editora Paulus publicou recentemente a tradução portuguesa do Ritual de Exorcismos1, promulgado em 22 de novembro de 1988, pela Congregação para o Culto divino e Disciplina dos Sacramentos. O ritual substitui o ritual de 1614. Seis anos depois da promulgação romana, a 17 de novembro de 2004, a tradução portuguesa do ritual é apresentada à Igreja no Brasil por Dom Manoel João Francisco, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia com estas discretas palavras.

O artigo evoca o que significou, não só para a Igreja católica romana, mas para a Igreja de Jesus Cristo, presente também em outras Igrejas cristãs, a iniciativa inspirada de João XXIII de convocar o Concílio Vaticano II. Estuda-se o complexo problema da recepção do Concílio e mostra-se que a crise atual do aggiornamento Conciliar é resultado, paradoxalmente, do seu sucesso, analisado a partir de três temas conciliares: a soberania da Palavra divina e sua tradição, a eclesiologia de comunhão e as aberturas ecumênicas desta eclesiologia. Conclui-se mostrando a obrigatoriedade para a Igreja do aggiornamento conciliar e o seu futuro. ABSTRACT: The article evokes what John XXIII’s initiative of convoking the Vatican II council meant not only for the Roman Catholic Church , but also for the church of Jesus Christ, present in ther Christian churches. It studies the complex issue of the council reception and shows that the current crisis of conciliar aggiornamento is paradoxically the result of its success by analyzing three conciliar themes: the sovereignty of divine Word and its tradition, the ecclesiology of communion, and the ecumenical openness of this ecclesiology. It concludes by showing the mandatory character of the conciliar aggiornamento for the church and its future.

O artigo, após analisar as diversas etapas da renovação catequética, sugere que muitas das dificuldades que a catequese experimenta nascem da falta de consciência de que a comunidade eclesial é o sujeito principal da catequese. Sem negar o ministério específico dos catequistas, isso significa que toda a vida da comunidade – sua estruturação comunitária, suas celebrações litúrgicas, sua ação missionária, seus serviços sociais e atitudes políticas – deve ser catequese viva, contribuindo para o crescimento da fé de cada membro da comunidade. Exige também a interação entre o ministério específico dos catequistas e a vida da comunidade, que por sua vez deverá refletir o que é transmitido nas catequeses específicas. No nível universal: Renovação conciliar da Igreja e Catequese renovada se condicionam reciprocamente. ABSTRACT: After analysing the various steps of catechesis renewal, the article suggests that much of its difficulties come from not being aware that the ecclesial community is the main subject of the catechesis. Without denying the specific ministry of catechist, it means that the whole community life – its communal structure, liturgical celebrations, missionary action, social services, and political attitudes – should be an active catechesis, contributing to the faith growing of each member of the community. It demands an interaction between the specific ministry of catechists and community life, which by its nature shall reflect what is communicate in the specific catechesis. In the universal level: Conciliar renewal of the Church and catechesis renewal should be intrinsically connected.

A história da pregação a respeito do Inferno é um exemplo eloqüente da complexidade hermenêutica dos textos da Escritura. Basta comparar a descrição dos tormentos eternos dos condenados que se tornou comum em determinadas épocas da Igreja, com a maneira extremamente sóbria, discreta e positiva com que o capítulo VII da “Constituição Dogmática, Lumen Gentium, sobre a Igreja”, fala da escatologia cristã. Consultem-se os escritos recentes de eminentes teólogos sobre o assunto e ficará claro que a interpretação dos textos escatológicos da Escritura feita pelos manuais clássicos de teologia resulta hoje inaceitável e até escandalosa.

A forma de conceber a celebração da eucaristia esteve no centro das grandes controvérsias do século XVI que tiveram como resultado uma das mais funestas divisões da Igreja de Jesus Cristo que perdura até hoje. Se o centro das divergências estava no tema paulino da “gratuidade da salvação em Cristo”, não podia deixar de refletir-se no Mistério central da fé: a Eucaristia, que no dizer dos Pais da Igreja celebra a “totalidade do Mistério de Cristo”, totum mysterium. O Concílio Vaticano II, celebrado com a participação, na qualidade de observadores, de representantes de várias confissões cristãs não católicas, já desde as primeiras sessões e certamente a partir do seu primeiro documento, a Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia, abriu horizontes promissores às esperanças dos cristãos que ansiavam e oravam por uma volta à unidade.

Para transmitir a Revelação da vitória de Cristo sobre todos os poderes do mal, o Novo Testamento utiliza, entre outras, as figuras de Satanás, do Diabo e dos demônios ou espíritos maus ou impuros, que, na época de Cristo, faziam parte do horizonte cultural comum a todos os povos. O objeto da fé cristã é a vitória do Salvador sobre o mal em todas as suas manifestações. Para o ouvinte ou leitor do Evangelho do nosso tempo pode surgir a pergunta: até que ponto aquelas representações bíblicas das forças do mal fazem parte da revelação ou são apenas o revestimento cultural de uma determinada época, que deve ser transposto numa nova linguagem.

O final do evangelho de Marcos (16,1-8) é desconcertante. Tanto assim que no século segundo da era cristã julgou-se necessário acrescentar-lhe um novo final. Mas a exegese reconhece cada vez mais a coerência da conclusão primitiva e o seu valor para a compreensão do relato marciano. O desconcerto do leitor não deverá ser situado no âmbito da admiração e do tremor extáticos (trómos kai ékstasis, 16, 8) das mulheres que visitam o sepulcro na manhã da ressurreição?

O eixo central da exortação apostólica de João Paulo II Catechesi tradendae é, sem dúvida, a insistência no cristocentrismo da catequese. É recordada uma verdade que se apoia numa experiência tão antiga quanto a igreja, refletida já na estrutura catequética dos evangelhos, no dizer do próprio documentod). Uma verdade óbvia que ninguém teria a ousadia de contestar. Há evidências, porém, que, incontestáveis a nível teórico, são facilmente esquecidas no terreno da prática. A sua mesma afirmação teórica indubitável pode ocultar a sua ausência nas práticas concretas.

A escatologia cristã sempre suscitou e suscitará problemas. Os textos cristãos sobre os últimos tempos ou as realidades últimas — ta éschata — dão a esta expressão um sentido que nasce do evento salvífico da morte e ressurreição de Jesus. Os "últimos tempos" da história são abertos com ele e aí é dito tudo o que Deus tem a revelar aos homens a respeito do seu futuro. Revelação paradoxal: na morte ignominiosa do Crucificado atinge a humanidade a sua plena e insuperável estatura. Compreender isto e fazer do caminho desse homem para a morte. O caminho de toda vida humana que queira contribuir para a libertação da história, será a crux incontornável de toda tentativa de interpretação do textos da escatologia cristã.

A "Contemplação para alcançar amor" ocupa nos Exercícios espirituais de Inácio de Loyola um lugar semelhante ao da consideração sobre o Princípio e Fundamento. Ambas estão fora das quatro semanas que formam o corpo dos Exercícios. Transcendem os exercícios de uma determinada semana, porque se referem a todos. Apresentam linhas de força, orientações básicas, presentes em todos os exercícios.