Movimentos axiológicos e(m) semiotizações de memórias de bem-estar promovidas por uma escola do interior baiano

This article aims to analyze ways of axiologizing the well-being at school in statements produced by 9th year elementary school students at a municipal school in Bahia's countryside. We are especially interested in understanding how subjects semiotize in their statements what they consider to be the most striking event in their experiences throughout the final years of elementary school and what this tells us about the values mobilized there relating to the social role and institutional structure of the school and its modalities of intersubjective coexistence. The analyzes highlights that verbally-visually materialized memories are not limited to records, which are housed in consciousness, but they are repositories of affective experiences of and in different chronotopes. The fact that the presented memories cover different interactional events offers us a critical view of the students on how they perceive and analyze the complexities of the interactions they remember and enunciate. Works, like ours, that are interested in the students’ affects locally, contributes to the school context being (re)(dis)covered, tensioning how social perceptions are semiotized in appreciative horizons of experiences.
Este artigo visa analisar modos de axiologizar o bem-estar na escola em enunciados produzidos por alunos do 9º ano do ensino fundamental de uma escola municipal do interior baiano. Interessa-nos, especialmente, compreender como os sujeitos semiotizam, em seus enunciados, o que consideram o evento mais marcante de suas experiências ao longo dos anos finais do ensino fundamental e o que isso nos informa sobre os valores ali mobilizados relativos ao papel social e institucional da escola e(m) suas modalidades de convivência intersubjetiva. As análises destacam que as memórias verbo-visualmente materializadas não se limitam a registros, abrigados na consciência, mas são repositórios de experiências afetivas de e em diversos cronotopos. O fato de as memórias apresentadas recobrirem diferentes eventos interacionais oferecem-nos uma visão crítica dos estudantes de como percebem e matizam complexidades das interações por eles rememoradas e enunciadas. Trabalhos, como o nosso, que se interessam pelos afetamentos de alunos, contribuem, localmente, para que o contexto escolar seja (re)(des)coberto, tensionando como percepções sociais são semiotizadas em horizontes apreciativos de experiências.