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O PODER DE TUDO DIZER DA LITERATURA E A DEMOCRACIA DO POR VIR: ENSAIO A PARTIR DE JACQUES DERRIDA

Authors :
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
literature
democracy
freedom of expression
Derrida
Tanure, Augusto Lacerda
Silva, Fransuelen
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
literature
democracy
freedom of expression
Derrida
Tanure, Augusto Lacerda
Silva, Fransuelen
Source :
Anais do CIDIL; 2020; 139-152; 2525-3913
Publication Year :
2020

Abstract

Resumo: A partir da leitura de Essa estranha instituição chamada literatura, de Jacques Derrida, este artigo pretende refletir sobre a liberdade de expressão da literatura articulada ao pensamento da desconstrução. O texto propõe aproximar o poder de tudo dizer da literatura e a irresponsabilidade da escrita literária frente aos poderes ideológico, político e jurídico. Para tanto, serão invocados os livros Divórcio, de Ricardo Lísias, e Diários de cadeia, de Eduardo Cunha (pseudônimo) e a compreensão de literatura e democracia do por vir, de Jacques Derrida. Dessa forma, questionar-se-á a necessidade de se garantir a maior liberdade de expressão à literatura. Enquanto uma instituição estranha - capaz de suspender suas próprias leis e, com isso, assumir um lugar de não-lugar, de não essência ou identidade - essa é capaz de tudo expressar e questionar, e, ao mesmo tempo, se deixar neutralizar pela sua ficcionalidade. Assumindo tal possibilidade de embaralhar as supostas distinções entre ficção e não-ficção, o escritor não deve responder por seu pensamento ou escritura diante dos poderes constituídos e assume uma grande cena naquilo que Derrida chama de democracia do por vir.<br />This article discusses literature`s freedom of expression and Derrida`s deconstruction thinking about it, especially, through his book This Strange Institution Called Literature. It brings together the right to say everything of literature and the irresponsibility of literary writing against ideological, political and legal powers. To make this discussion, It summon two books: Divórcio (Divorce), by Ricardo Lísias, and Diários de Cadeia (The Prison Diaries), by Eduardo Cunha (pseudonym) relating them with Jacques Derrida's understanding of literature and democracy to come. It will defend a greater freedom of expression in literature. While a strange institution, capable of suspending its laws, Literature assumes a place of non-place, without essence or identity. It is capable of express and question everything, and, at the same time, It is capable to be neutralized by its fictionality. Because of this, the writer must not account for his thinking or writing in the face of the constituted powers and so, the literature assumes a bigger plot in Derrida`s democracy to come.

Details

Database :
OAIster
Journal :
Anais do CIDIL; 2020; 139-152; 2525-3913
Notes :
application/pdf, Portuguese
Publication Type :
Electronic Resource
Accession number :
edsoai.on1255492055
Document Type :
Electronic Resource