Avaliação do desempenho produtivo de matrizes suínas submetidas a diferentes números de inseminações pós-cervicais

Objetivou-se avaliar o desempenho produtivo de matrizes suínas submetidas à diferentes números de inseminações pós-cervicais. Foram utilizadas 600 matrizes de ordem de parto de 2a a 7a, sendo que 300 matrizes receberam três inseminações pós-cervicais e 300 receberam duas inseminações pós-cervicais. Para cada ordem de parto, foram empregadas 50 fêmeas. As médias de peso ao nascimento foram avaliadas pelo teste de Tukey e para os demais parâmetros foi feita a técnica de decomposição em valores singulares (DVS) das contagens obtidas. O comportamento da média de peso dos leitões foi similar para ambos os números de inseminações (duas ou três). Entretanto, os leitões nascidos de matrizes inseminadas duas vezes obtiveram peso médio ao nascimento superior aos leitões nascidos das matrizes inseminadas três vezes, principalmente até o quarto ciclo reprodutivo. De qualquer maneira, essa diferença não ocorreu nos ciclos reprodutivos finais (5, 6 e 7). Ao se utilizar duas inseminações, foi obtido o maior número de leitões nascidos vivos no terceiro ciclo; porém, o maior número de leitões natimortos foi identificado nos ciclos seis e sete. Ao se utilizar três inseminações, o maior número de leitões nascidos vivos ainda ocorre no ciclo três; porém o maior número de leitões natimortos ocorre a partir do ciclo quatro. Conclui-se que a utilização de duas inseminações é recomendada, visando a um maior peso dos leitões ao nascimento, sem causar prejuízos no número e viabilidade dos leitões. Consequentemente, tal procedimento permitiria obter menor custo de aplicação da biotécnica, além de proporcionar uma maior vida útil para a matriz suína.