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MORTALIDADE POR NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2019 A 2023

Authors :
LG Carvalho
AMS Felix
VR Oliveira
JRG Emiliano
RM Oliveira
HL Serrano
VC Santos
PF Veríssimo
DS Yahiro
FA Silva
Source :
Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 46, Iss , Pp S236- (2024)
Publication Year :
2024
Publisher :
Elsevier, 2024.

Abstract

Introdução e objetivos: A mortalidade por neoplasias hematológicas, embora menos prevalente que outras formas de câncer, apresenta padrões específicos que refletem disparidades regionais e demográficas significativas. Estudos recentes têm destacado a importância de compreender essas variações para aprimorar estratégias de diagnóstico, tratamento e políticas de saúde. Este estudo tem como objetivo investigar as taxas de mortalidade por neoplasias hematológicas e sua evolução ao longo dos últimos cinco anos. Materiais e métodos: Estudo epidemiológico, descritivo, do número de mortes e da mortalidade por neoplasias hematológicas, no Brasil, durante o período de janeiro de 2019 a dezembro de 2023. Os números de óbitos e a mortalidade foram obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) segundo a lista de morbidade do CID-10. Resultados: A taxa de mortalidade por neoplasias hematológicas em 2019 foi de 7,95, em 2020 de 7,4, em 2021 de 7,01, em 2022 de 6,98 e em 2023 de 6,96, representando 7,14% dos óbitos por neoplasias no país. No período analisado, ocorreram um total de 25,672 mortes decorrentes de neoplasias sanguíneas. A população negra e a feminina foram identificadas como as mais afetadas, com a região Sul apresentando as maiores taxas de mortalidade e o Centro-Oeste as menores. As taxas de mortalidade aumentaram com a idade, com um incremento de aproximadamente 23% na faixa etária de 40 a 49 anos comparada à faixa de 30 a 39 anos. O Linfoma não-Hodgkin foi a neoplasia hematológica com a maior taxa de mortalidade, com as regiões Norte e Nordeste apresentando as alíquotas mais elevadas para esse tipo de câncer. Discussão: Os dados indicam que a população negra e feminina enfrenta uma carga desproporcionalmente alta de mortalidade por neoplasias hematológicas, possivelmente refletindo desigualdades no acesso a cuidados de saúde e tratamento. A redução nas taxas de mortalidade poderia ser atribuída a avanços nos tratamentos, embora a possibilidade de aumento na subnotificação também deva ser considerada. A elevação das taxas de mortalidade com a idade ressalta a necessidade de estratégias de diagnóstico e tratamento mais eficazes para as faixas etárias mais avançadas. A prevalência do Linfoma não-Hodgkin como a neoplasia hematológica mais letal e suas altas taxas de mortalidade nas regiões Norte e Nordeste destacam a necessidade de uma atenção específica para essas regiões. Conclusão: O estudo revela padrões importantes na mortalidade por neoplasias hematológicas no Brasil, com implicações significativas para estratégias de saúde pública. As disparidades regionais e demográficas sublinham a necessidade de abordagens direcionadas para melhorar o diagnóstico e tratamento das neoplasias hematológicas, especialmente para as populações e regiões mais vulneráveis.

Details

Language :
English
ISSN :
25311379
Volume :
46
Issue :
S236-
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.b47d37db622642fe967442d9b62ef91b
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.1016/j.htct.2024.09.395