Back to Search Start Over

Romancização ou serialização: ou diferentes formas de tempo

Authors :
Peter Hitchcock
Source :
Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, Vol 11, Iss 1, Pp 187-207 (2015)
Publication Year :
2015
Publisher :
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2015.

Abstract

Este artigo explora a noção bakhtiniana de romancização no que se refere à sua teoria de tempo e serialização. Bakhtin, para quem o romance é histórico, mas sem história, remonta à Grécia antiga para traçar a história do romance. Sem dar a ele uma identidade fixa, compreende-o em termos de tendências e crises. A romancização, para Bakhtin, é um meio de tornar a história literária acessível a uma análise mais dialógica da forma e um modo discursivo para avaliar ideologias criticamente. Ele enfatiza a habilidade desestabilizadora do romance, sua descentralização do discurso e sua acomodação de vozes não oficiais e estrangeiras. Seu sugestivo relato histórico do desenvolvimento do romance nos permite estender seu pensamento e esboçar a romancização mais como uma condição futura do que uma lei genérica. Bakhtin oferece uma versão problemática de modernidade, na qual o romance ativa a influência do tempo sobre o presente; no entanto, por causa da propensão à crise da modernidade, o tempo é suspenso. O artigo também examina um cronotopo do romance sobre o qual Bakhtin tem pouco a dizer: o tempo/espaço da nação. Benedict Anderson e Etienne Balibar, cujos interesses incluem temas relacionados ao comparatismo, ao multiculturalismo e ao pós-colonialismo, questionam a ideia de nação por meio de análises em que o gênero romanesco é privilegiado.

Details

Language :
English, Portuguese
ISSN :
21764573
Volume :
11
Issue :
1
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.b252b8d53cbb4d7688e8fdae803d722c
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.1590/2176-457324995