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Psychobiology of childhood maltreatment: effects of allostatic load? Psicobiologia dos maus-tratos na infância: efeitos de peso alostático?

Authors :
Rodrigo Grassi-Oliveira
Majed Ashy
Lilian Milnitsky Stein
Source :
Brazilian Journal of Psychiatry, Vol 30, Iss 1, Pp 60-68 (2008)
Publication Year :
2008
Publisher :
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), 2008.

Abstract

OBJECTIVE: Facing an adverse physical or psychosocial situation, an individual is forced to adapt in order to survive. Allostasis is the term used to refer to adapting processes used to maintain the stability of an organism through active processes. When allostatic response is excessive or inefficient, the organism develops an allostatic load. The cascade of molecular and neurobiological effects associated with childhood abuse and neglect could be an example of allostatic response that could precipitate allostatic load in organism still vulnerable during its development. This article reviews the psychobiological consequences related to childhood abuse and neglect. METHOD: A selective review with a systematic procedure was performed to investigate studies showing explicit association between childhood maltreatment and psychobiological/neurobiological consequences. We searched electronic database MedLine-PubMed to identify English-language articles from 1990 to 2007. RESULTS: From 115 articles we selected 55 studies from MedLine and 30 from their reference lists, in a total of 85 articles (JCR IF range: 1-31.4; median: 5.88). Only 29 studies showed direct and explicit association between them. CONCLUSION: Structural consequences of childhood maltreatment include disruptive development of corpus callosum, left neocortex, hippocampus, and amygdale; functional consequences include increased electrical irritability in limbic areas, frontal lobe dysfunctions and reduced functional activity of the cerebellar vermis; and neurohumoral consequences include the reprogramming activity of hypothalamo-pituitary-adrenal (HPA) axis and subsequently the stress response.OBJETIVO: Frente a uma situação psicossocial ou física adversa, o indivíduo é forçado a se adaptar de maneira que possa sobreviver. Alostase é o termo utilizado para descrever os processos adaptativos usados para manter a estabilidade de um organismo por meio de processos ativos. Quando a resposta alostática é excessiva ou ineficiente, o organismo desenvolve um peso alostático. A cascata de efeitos moleculares e neurobiológicos associados ao abuso e negligência na infância poderia ser um exemplo de respostas alostáticas e, dessa forma, poderia precipitar peso alostático em um organismo ainda vulnerável no seu desenvolvimento. Este artigo revisa as conseqüências psicobiológicas relacionadas com os maus-tratos na infância. MÉTODO: Uma revisão seletiva com base sistemática foi realizada na base de dados MedLine, procurando artigos em inglês que investigassem uma associação direta e explícita entre maus-tratos na infância e conseqüências psicobiológicas em humanos durante o período de 1990-2007. RESULTADOS: De 115 artigos, foram selecionados 55 estudos do MedLine e 30 de suas listas de referências, num total de 85 artigos (JCR IF: 1-31,4; mediana: 5,88). Especificamente apenas 29 estudos investigaram uma associação direta e explícita entre eles. CONCLUSÃO: Em resumo, as conseqüências estruturais dos maus-tratos na infância incluem anormalidades no desenvolvimento do corpo caloso, neocórtex esquerdo, hipocampo e amígdala; as conseqüências funcionais incluem um aumento da irritabilidade nas áreas límbicas, disfunções do lobo frontal e redução da atividade funcional do vermis cerebelar; e as conseqüências neuro-humorais englobam a reprogramação do eixo HPA e subsequentemente à resposta ao estresse.

Details

Language :
English, Portuguese
ISSN :
15164446 and 1809452X
Volume :
30
Issue :
1
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Brazilian Journal of Psychiatry
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.84d70c058ebf4a9e9fe4fe950f8638b7
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.1590/S1516-44462008000100012