Trocas gasosas, pigmentos fotossintéticos e eficiência fotoquímica do gergelim sob estresse salino e adubação fosfatada

O estresse salino constitui ameaça à agricultura irrigada, sobretudo em regiões semiáridas, pois pode causar danos irreversíveis ao aparato fotossintético em qualquer estágio de desenvolvimento da planta, com redução na biossíntese de clorofila, o que compromete a eficiência fotoquímica e o processo fotossintético das plantas. Como alternativa para mitigar os efeitos do estresse salino nas plantas destaca-se a adubação com fósforo. Assim, objetivou-se avaliar o crescimento, as trocas gasosas, os pigmentos fotossintéticos e a eficiência fotoquímica do gergelim cv. BRS Seda irrigado com águas salinas e adubação fosfatada. O experimento foi conduzido em vasos adaptados como lisímetros em casa de vegetação em Pombal-PB. Os tratamentos foram distribuídos em blocos ao acaso e analisados em esquema fatorial 5 × 4, sendo cinco níveis de condutividade elétrica da água - CEa (0,3; 1,1; 1,9; 2,7 e 3,5 dS m-1) e quatro doses de fósforo (40, 70, 100 e 130% da recomendação para ensaios em vasos) com três repetições. A recomendação de 100% consistiu em aplicação de 300 mg de P2O5 kg-1 de solo. O crescimento, os pigmentos cloroplastídicos e as trocas gasosas do gergelim foram reduzidos com a salinidade da água acima de 0,3 dS m-1. Os efeitos do estresse salino sobre a taxa de assimilação de CO2 e a síntese de pigmentos fotossintéticos foram minimizados com a aplicação de 100 e 130% da recomendação de fósforo. O aumento de 40 para 130% da recomendação de fósforo não alterou a eficiência fotoquímica do gergelim cv. BRS Seda aos 60 dias após a semeadura.