Back to Search Start Over

Espetros de Orpheu

Authors :
Roberto Vecchi
Source :
Revista da Anpoll, Vol 1, Iss 38, Pp 202-210 (2015)
Publication Year :
2015
Publisher :
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras e Linguística, 2015.

Abstract

Várias são as formas com que se articularam as mitologias da modernidade provocadas pela experiência do Orpheu. No entanto, há uma dimensão menos evidente que é a espetralidade de Orpheuque se conjugou ao longo do século XX como uma sombra intermitente condicionando momentos estéticos e críticos de diferente natureza, às vezes até em contradição recíproca. Talvez se possa pensar numa teoria do espetro sustentada pela própria dinâmica do Orpheu, onde a natureza anfibológica do espetro -ao mesmo tempo presente e ausente, vivo e morto- atua a partir de uma resistência ou uma força que marcam sinais e sobrevivências, apesar de um fim nunca assumido e sempre adiado. Orpheuinscreve-se assim plenamente naquela “hantologie” pensada por Derrida a partir do célebre começo do Manifesto do Partido comunista de Marx. Porque, também no Orpheu, o que está em jogo é a ontologia do espetro: a repetição e a primeira vez. Como é inegável, a espetralidade do Orpheu 3, retorno fracassado do mito moderno de Orpheu, anúncio recorrente e impossível de um reaparição fantasmática que se realiza só na dimensão crítica e conceptual do póstumo (como resto sobrevivente). This work is licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 License.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
14147564 and 19827830
Volume :
1
Issue :
38
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Revista da Anpoll
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.5f9fea5c8f57448385011bc9ddbc9721
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.18309/anp.v1i38.863