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Microcefalia no Estado de Pernambuco, Brasil: características epidemiológicas e avaliação da acurácia diagnóstica dos pontos de corte adotados para notificação de caso

Authors :
Wayner Vieira de Souza
Thalia Velho Barreto de Araújo
Maria de Fátima P. Militão Albuquerque
Maria Cynthia Braga
Ricardo Arraes de Alencar Ximenes
Demócrito de Barros Miranda-Filho
Luciana Caroline Albuquerque Bezerra
George Santiago Dimech
Patrícia Ismael de Carvalho
Romildo Siqueira de Assunção
Roselene Hans Santos
Wanderson Kleber de Oliveira
Laura Cunha Rodrigues
Celina Maria Turchi Martelli
Source :
Cadernos de Saúde Pública, Vol 32, Iss 4 (2016)
Publication Year :
2016
Publisher :
Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, 2016.

Abstract

Resumo: O aumento das notificações de casos de microcefalia em Pernambuco, Brasil, e no Nordeste caracterizou uma epidemia que levou o Ministério da Saúde a decretar emergência nacional de saúde pública. Inicialmente, o Ministério da Saúde definiu como suspeitos recém-nascidos de 37 semanas ou mais de idade gestacional (IG) e com perímetro cefálico (PC) ≤ 33cm, tendo, em dezembro de 2015, reduzido essa medida para 32cm. Este estudo objetivou estimar a acurácia, a sensibilidade e a especificidade de diferentes pontos de corte para o PC, utilizando curvas ROC e, como padrões-ouro, as curvas de Fenton e de Intergrowth 2014. Foram descritos os casos notificados em Pernambuco entre 2 de agosto de 2015 e 28 de novembro de 2015, segundo sexo e categorias de IG. Os métodos de Fenton e Intergrowth fornecem curvas de crescimento para o PC de acordo com IG e sexo, considerando positivos para microcefalia os recém-nascidos com PC abaixo do percentil 3 dessas distribuições. Dos 684 casos notificados, 599 foram recém-nascidos a termo/pós-termo. Para esses, as análises com curvas ROC mostram, segundo Fenton, que o ponto de corte que apresentou maior área sob a curva ROC, com sensibilidade maior que especificidade, foi 32cm, para ambos os sexos. Pelo método Intergrowth, os pontos de corte, respeitando os mesmos critérios, são 32cm e 31,5cm, para os sexos masculino e feminino respectivamente. O ponto de corte identificado, segundo Fenton (32cm), coincidiu com a recomendação do Ministério da Saúde. Adotando-se Intergrowth como padrão, a escolha seria de 32cm, para o sexo masculino, e de 31,5cm, para o sexo feminino. Concluindo, aponta-se a necessidade de realizar análises críticas e continuadas para avaliar pontos de corte, incluindo outras características para a definição de caso.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
16784464 and 0102311X
Volume :
32
Issue :
4
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Cadernos de Saúde Pública
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.59d6b3a588c84d3aa56d4d2b8c5615cb
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.1590/0102-311X00017216