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Diretrizes para o tratamento farmacológico da COVID-19. Consenso da Associação de Medicina Intensiva Brasileira, da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia

Authors :
Maicon Falavigna
Verônica Colpani
Cinara Stein
Luciano Cesar Pontes Azevedo
Angela Maria Bagattini
Gabriela Vilela de Brito
José Miguel Chatkin
Sergio Cimerman
Mirian de Freitas Dal Ben Corradi
Clovis Arns da Cunha
Flávia Cordeiro de Medeiros
Haliton Alves de Oliveira Junior
Leandro Genehr Fritscher
Marcelo Basso Gazzana
Débora Dalmas Gräf
Lays Pires Marra
Jessica Yumi Matuoka
Michelle Silva Nunes
Daniela Vianna Pachito
Cássia Garcia Moraes Pagano
Patrícia do Carmo Silva Parreira
Rachel Riera
Amilton Silva Júnior
Bruno de Melo Tavares
Alexandre Prehn Zavascki
Regis Goulart Rosa
Felipe Dal-Pizzol
Source :
Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Vol 32, Iss 2, Pp 166-196 (2020)
Publication Year :
2020
Publisher :
Associação de Medicina Intensiva Brasileira, 2020.

Abstract

RESUMO Introdução: Há diversas terapias sendo utilizadas, consideradas ou propostas para o tratamento da COVID-19, muitas carecendo de apropriada avaliação de efetividade e segurança. O propósito deste documento é fornecer recomendações baseadas nas evidências científicas disponíveis e em sua interpretação transparente, para subsidiar decisões sobre o tratamento farmacológico da COVID-19 no Brasil. Métodos: Um grupo de 27 especialistas e metodologistas integraram a força-tarefa formada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Foram realizadas revisões sistemáticas rápidas, atualizadas até 28 de abril de 2020. A qualidade das evidências e a elaboração das recomendações seguiram o sistema GRADE. As recomendações foram elaboradas nos dias 5, 8 e 13 de maio de 2020. Resultados: Foram geradas 11 recomendações, embasadas em evidência de nível baixo ou muito baixo. Não há indicação para uso de rotina de hidroxicloroquina, cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, corticosteroides ou tocilizumabe no tratamento da COVID-19. Heparina deve ser utilizada em doses profiláticas no paciente hospitalizado, mas não deve ser realizada anticoagulação na ausência de indicação clínica específica. Antibacterianos e oseltamivir devem ser considerados somente nos pacientes em suspeita de coinfecção bacteriana ou por influenza, respectivamente. Conclusão: Até o momento, não há intervenções farmacológicas com efetividade e segurança comprovada que justifiquem seu uso de rotina no tratamento da COVID-19, devendo os pacientes serem tratados preferencialmente no contexto de pesquisa clínica. As recomendações serão revisadas continuamente, de forma a capturar a geração de novas evidências.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
19824335 and 0103507x
Volume :
32
Issue :
2
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Revista Brasileira de Terapia Intensiva
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.59430c1297f64d4298efac2ab76e2f92
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.5935/0103-507x.20200039