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A hora da estrela e suas adaptações

Authors :
Eduardo Miranda Silva
Source :
Alceu, Vol 21, Iss 44, Pp 243-256 (2021)
Publication Year :
2021
Publisher :
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), 2021.

Abstract

Tendo como ponto de partida as reflexões de Rodrigo S.M. no romance A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, o artigo se propõe a discutir algumas das opções narrativas em duas adaptações audiovisuais da obra literária. Na primeira obra, o filme homônimo A Hora da Estrela, de 1985, a diretora Suzana Amaral opta por focalizar apenas a história de Macabéa, deixando de fora as elucubrações de um narrador culpado. Em um segundo momento, o programa de televisão Cena Aberta, de 2003, do diretor e roteirista Jorge Furtado, ajusta seu foco justamente na problemática de se falar pelo outro de classe. Nossa hipótese inicial sugere uma dificuldade do cinema de destituir o intelectual tradicional de seu poder de narrar, no caso do filme de Suzana Amaral. Mas também aponta para a perda do outrora poder de choque a qual a metalinguagem se propunha. Essa mesma metalinguagem é o instrumento primeiro de fatura utilizado por Jorge Furtado na adaptação de Lispector para o programa da TV Globo.

Details

Language :
English, Portuguese
ISSN :
21757402
Volume :
21
Issue :
44
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Alceu
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.52bd93f3002d4b04998050e64247b38b
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.46391/ALCEU.v21.ed44.2021.250