Depressão em pacientes com insuficiência renal crónica em hemodialise

Introdução: A depressão surge como reacção psicológica aos prejuízos e incapacidades trazidas pela doença e como forma do indivíduo expressar emoções, em função de um evento adverso e ameaçador. Objectivo: Avaliar a ocorrência da depressão nos pacientes com insuficiência renal crónica em hemodialise no sentido de influenciar na mudança de atitudes e auxiliar na adesão ao tratamento. Métodos: descritivo que serviu para fornecer uma caracterização precisa das variáveis envolvidas e comparativa: que serviu para comparar as diferenças e semelhanças entre as variáveis independentes (relativamente ao género) em 60 pacientes, de acordo com o horário da realização do tratamento. Recorreu-se ao uso das técnicas de observação, entrevista, inquérito por questionário, estatística descritiva bem como a técnica de interpretação de conteúdo. Resultados: Com a finalidade de um maior entendimento da relação entre IRC e depressão, foi aplicado o inventário de depressão de Beck. Pela aplicação da escala de normalização percebe-se que dentre os 60 participantes, verificou-se a prevalência da ocorrência de depressão em 88% dos pacientes. Em mulheres, foi possível observar a prevalência dos graus leve (23,3%), moderado 20% e grave (36.7%), enquanto em homens, foi observado (23,3%) grau leve, foram verificados 20% no grau moderado e os mesmos valores no nível grave. Conclusão: A depressão é um dos quadros clínicos mais frequentes entre os pacientes com insuficiência renal crónica em hemodiálise, tornando-se numa doença de difícil recuperação, este problema não afecta apenas os adultos, mas também a população infantil e está relacionado com situações de dificuldade de lidar com a própria infecção, bem como os problemas advindas da insuficiência renal crónica como problemas de forro psicológicos, problemas financeiros, problemas familiares e problemas laborais.