A aplicabilidade da estética benjaminiana no Brasil

O tópico a ser abordado neste artigo requer dois esclarecimentos iniciais. O primeiro diz respeito ao senso de estética aplicada; o segundo à estética do filósofo alemão escolhido para o desenvolvimento de seu tema, e os conceitos que delimitarão seu tratamento, entre os quais o da percepção (Wahrnemung). A partir dessas primeiras definições, consideraremos a recepção de Walter Benjamin - por meio de alguns exemplos - no Brasil. Esses resultados podem apontar uma possível aplicabilidade de seu pensamento, como uma interpretação através de um desdobramento histórico alegórico relacionada à memória e à alegorização de monumentos. Finalmente, num sentido mais radical, trataremos das intervenções artísticas de Néle Azevedo, as quais, como presumimos, são capazes de incorporar e transformar a crítica de Benjamin à historiografia, concretamente expressa em imagens e (anti) monumentos.