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VEJO, ENTENDO, AJO: UM SILOGISMO TENAZ NA COMUNICAÇÃO ESTÉTICA

Authors :
Stéphane Huchet
Source :
Kriterion, Vol 62, Iss 148, Pp 171-191 (2021)
Publication Year :
2021
Publisher :
Universidade Federal de Minas Gerais, 2021.

Abstract

RESUMO O fato de a arte ter sido e ser ainda vinculada a uma ideia moral consolida a crença histórica na sua capacidade de determinar (re)ações a partir das proposições que ela destina ao público. A arte, sobretudo na fase moderna e contemporânea, possuiria a força singular de afetar o espectador segundo um mecanismo de “gozo” que garantiria como, ao ver, eu entenderia naquilo que olho uma motivação a agir no mundo para responder a uma injunção moral presente na obra. Para pensar essa crença, que interessa, em primeira instância, a compreensão do trabalho de muitos artistas, Hans-Robert Jauss providencia argumentos decisivos. As análises de Giorgio Agamben sobre a função da “liturgia” antiga revelam-se fundamentais, também, para cernir ainda mais intensamente o que está em jogo nessa crença na possibilidade de as obras terem um efeito moral mobilizador sobre aqueles que as recebem. Todavia, cabe a Jacques Rancière questionar se o gozo estético proporcionado por essa liturgia dispara verdadeiramente no espectador uma motivação a agir.

Details

Language :
German, English, Spanish; Castilian, French, Italian, Portuguese
ISSN :
0100512X and 0100512x
Volume :
62
Issue :
148
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Kriterion
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.407402ba4640959a7f3cbc8940e0ba
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.1590/0100-512x2021n14808sh