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A legitimação da morte nos regimes autoritários: a volta dos que não foram?
- Source :
- Horizonte, Vol 22, Iss 68 (2024)
- Publication Year :
- 2024
- Publisher :
- Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2024.
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Abstract
- A morte acompanha os regimes autoritários de ontem e de hoje, como estratégia de seus modi oporandi e de seus sistemas de crença. O autocrata encarna em sua pessoa e promessas uma totalidade salvadora que separa os bons dos maus, os que devem viver e os que devem morrer. A categoria “necropolítica” revela um potencial hermenêutico que permite olhar de modo circular contextos e autores do passado e do presente. A reflexão faz um resgate desses autores e ilumina com suas categorias os governos de ultradireita atuais, tendo como contexto imediato o governo de Jair Messias Bolsonaro concluído em 2022. A legitimação da morte expressa a continuidade política entre os regimes autoritários do passado e do presente com suas lógicas salvadoras violentas. A encarnação do mito salvador na história instaura o tempo e o espaço das rupturas com as normalidades institucionais, quando o parâmetro da vida deixa de ser a máxima que fundamenta a moral e as normas legais. A reflexão seguirá um percurso indutivo: parte da constatação da necropolítica como prática do governo do então presidente Jair Bolsonaro, verifica a lógica da violência e da morte nas redes digitais e expõe a hipótese da legitimação da morte por parte dos regimes autoritários.
Details
- Language :
- English, Spanish; Castilian, French, Italian, Portuguese
- ISSN :
- 21755841
- Volume :
- 22
- Issue :
- 68
- Database :
- Directory of Open Access Journals
- Journal :
- Horizonte
- Publication Type :
- Academic Journal
- Accession number :
- edsdoj.3aea841c09c64f15a834f88946091afa
- Document Type :
- article
- Full Text :
- https://doi.org/10.5752/P.2175-5841.2024v22n68e226814