As ondas progressistas na América Latina (1989-2015 e 2015-2022) e a resposta conservadora na região

Ao contrário das opiniões que sustentam tanto um final de ciclo progressista como a existência de um bloco autoritário-populista de esquerda na América Latina, Sustentamos que o que se tem observado nos últimos vinte anos é a persistência de movimentos sociopolíticos vinculados a partidos e governos progressistas de caráter pós-neoliberal, os cales têm mantido um notável êxito eleitoral no médio prazo. Do mesmo modo, o progressismo sofreu duas grandes ondas a nível regional, mediadas por uma contraonda de forças de centro-direita e de extrema-direita na região, e embora tenha sofrido reveses, foram os menos derivados de processos eleitorais e os mais importantes podem ser atribuídos a golpes institucionais ou ações de guerra legal (lawfare).