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Em nome do pai: ventriloquismo e subalternidade em Até que as pedras se tornem mais leves que a água, de António Lobo Antunes

Authors :
Paulo Ricardo Kralik Angelini
Source :
Veredas, Iss 29 (2019)
Publication Year :
2019
Publisher :
Associação Internacional de Lusitanistas, 2019.

Abstract

A guerra é um tema recorrente na obra de António Lobo Antunes, especialmente em boa parte de seus primeiros romances. Com Até que as pedras se tornem mais leves que a água, seu mais recente trabalho, o autor revisita a África ao trazer dois sobreviventes (ou serão duas vítimas?) de uma guerra. O enevoado da narrativa recupera, predominantemente a partir de dois pontos de vista, mais do que o combate em Angola, os conflitos de um soldado e um menino arrancado de África. Pai e filho compõem uma simbiose dissonante, porque carregada de vínculos opostamente construídos. A estrutura narrativa obedece a um jogo de poder, e entre vozes, incorporações de vozes outras e amordaçamentos, sintetiza um mundo diegético no qual esse filho que sempre falou como o pai pretende, por fim, negar seu patrimônio e silenciá-lo. Para a articulação teórica, utilizo autores como Gérard Genette, Brian Richardson, Gayatri Spivak, Roberto Vecchi, Margarida Calafate Ribeiro, entre outros.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
2183816x and 2183816X
Issue :
29
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Veredas
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.3333a7089aa94bf498787a010f6d6211
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.24261/2183-816x0629