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Suporte social, ansiedade e depressão nos doentes com sarcoma

Authors :
Célia Santos
Lígia Lima
Celeste Bastos-Almeida
M. Jorge Freitas
Emília Magalhães
Rui Rafael
Source :
Onco.News, Iss 27 (2014)
Publication Year :
2014
Publisher :
Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa, 2014.

Abstract

Os sarcomas são tumores malignos raros, com origem no tecido conjuntivo ou no tecido ósseo, cujo tratamento mais comum é cirúrgico, ao que se associa a quimioterapia e/ou a radioterapia. O presente estudo, inserido no contexto de outro mais alargado, teve como objetivos descrever a perceção de suporte social e de ajustamento emocional dos doentes com sarcomas, bem como os seus determinantes sociodemográficos e clínicos. Desenvolveu-se um estudo descritivo e transversal em dois contextos hospitalares do nosso país, numa amostra de 30 pessoas com sarcomas (ósseos e das partes moles), com uma média de 38 anos de idade e 10 anos de escolaridade, na sua maioria casados e empregados. Em termos clínicos, uma parte significativa da amostra (n=16; 53%) já tinha iniciado tratamento para a doença, como as exéreses cirúrgicas de sarcomas, metástases ou plastias cutâneas, ao que se associavam outros tratamentos complementares. Foram administrados os seguintes instrumentos: um questionário de caracterização sociodemográfica e clínica e as versões portuguesas da Escala de Apoio Social (EAS) e da Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (EADH). Os resultados indicaram que a amostra tinha uma perceção positiva sobre o seu suporte social e apresentava valores indicativos de ansiedade “ligeira”, não apresentando sintomas de depressão, embora alguns participantes da amostra se encontrassem com níveis de ansiedade moderada a grave, indicativos da necessidade de intervenções urgentes de cariz psicossocial. Foi ainda evidenciada uma relação estatisticamente significativa entre as variáveis em análise e algumas variáveis sociodemográficas (como a idade, a escolaridade, o número de pessoas que coabitavam com os participantes da amostra e o seu número de filhos), mas não com as variáveis clínicas. Consideramos que estes resultados se devam essencialmente ao tamanho diminuto da amostra, pelo que sugerimos a continuidade do presente estudo no sentido de podermos confirmar estas e outras relações entre as variáveis. Julgamos que este estudo se apresenta como um primeiro olhar sobre uma problemática que carece ser aprofundada, no sentido da identificação de grupos vulneráveis e que necessitam de um maior acompanhamento pelos técnicos de saúde, desde as fases iniciais da doença e do seu tratamento. Os enfermeiros devem conceber e implementar processos de monitorização desses grupos vulneráveis e implementar terapêuticas ajustadas às suas reais necessidades.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
16467868 and 21836914
Issue :
27
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Onco.News
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.2d9dfe8649a14795adffe1dfc54c83a6
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.58061/on.2014.27.02