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'Ele não vai ficar aqui, né?': o masculino não vai ao berçário
- Source :
- Zero-a-seis, Vol 26, Iss 49 (2024)
- Publication Year :
- 2024
- Publisher :
- Universidade Federal de Santa Catarina, 2024.
-
Abstract
- A predominância de mulheres como docentes em creches, muito provavelmente por ocasião da relação que se instituiu entre cuidar e educar como qualidades privativas desse gênero, tem permitido o estabelecimento de múltiplas interrogações acerca da reiterada ausência do masculino nesses espaços. Em razão desse cenário, objetiva-se, no presente artigo, dar uma explicação ao processo de contenção que se emprega ao masculino quanto a sua atuação na educação infantil, mais especificamente no trabalho com bebês em creches. A partir da análise do relato de um dos autores sobre sua experiência na creche, aciona-se as noções de interdição implícita e interdição explícita para compreender o fenômeno de distanciamento do masculino dos berçários. Conclui-se que, embora seja preciso compromisso e seriedade com os sentimentos, expressões a aprendizados dos bebês, a fim de exercer um bom trabalho em turmas de berçário, o masculino é reiteradamente interditado a desempenhá-lo, pois regularmente são evocadas qualidades supostamente do feminino como ingredientes para atuar em creches, como sensibilidade, cuidado e atenção.
- Subjects :
- Educação Infantil
Trabalho Docente
Masculino
Creche
Education
Subjects
Details
- Language :
- Portuguese
- ISSN :
- 19804512
- Volume :
- 26
- Issue :
- 49
- Database :
- Directory of Open Access Journals
- Journal :
- Zero-a-seis
- Publication Type :
- Academic Journal
- Accession number :
- edsdoj.25cffd6954fe47af981ceecd6798b880
- Document Type :
- article
- Full Text :
- https://doi.org/10.5007/1980-4512.2024.e95942