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A INTERAÇÃO DA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA (LMA) COM O NICHO VASCULAR DA MEDULA ÓSSEA CONFERE PROTEÇÃO À QUIMIOTERAPIA

Authors :
FF Rodríguez
WO Pereira
Source :
Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 46, Iss , Pp S428-S429 (2024)
Publication Year :
2024
Publisher :
Elsevier, 2024.

Abstract

Objetivos: Um dos desafios científicos da LMA é compreender os mecanismos de resistência aos tratamentos quimioterápicos. O microambiente da medula óssea é constituído de múltiplos nichos, cada um deles possuindo diferentes tipos celulares, moléculas e via de sinalização específicas, onde ocorrem interações célula-célula e sofre efeitos parácrinos e endócrinos. As interações de células leucêmicas e nichos da medula óssea têm surgido como potenciais novos alvos terapêuticos, visto que recentemente elucidou-se a influência da LMA em modificar a arquitetura e funcionalidade dos nichos da medula óssea, bem como os nichos vascular e endosteal conseguem modificar o comportamento dos blastos leucêmicos. Entretanto, o efeito de tais interações e influências na resistência à quimioterapia permanecem desconhecidos. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da interação entre células leucêmicas e o nicho vascular da medula óssea na modulação da resistência à citarabina. Material e métodos: A fim de avaliar a migração das células leucêmicas (THP1) em direção às células do nicho vascular (EAhy296), o co-cultivo foi documentado utilizando a microscopia confocal. Para o ensaio de resistência à morte induzida por quimioterapia, a linhagem EAHY296 foi marcada com o CellTrace™ CFSE e, em seguida, realizado o co-cultivo com a ThP1 utilizando duas abordagens: o modelo de cultivo em 2D convencional e o modelo de cultivo em 3D, por meio da técnica de bioimpressão. O biomaterial usado foi o gel de alginato de sódio e gelatina para associação com as células das duas linhagens e produção dos arcabouços. Após a bioimpressão, os arcabouços foram submetidos às mesmas condições de cultivo do modelo em 2D. Em ambos, o co-cultivo foi realizado por 6 horas para posteriormente ser tratado com citarabina 10 uM por 14 horas. A taxa de morte celular foi avaliada em citometria de fluxo pela marcação com iodeto de propídeo. Foi realizado o teste ANOVA de uma via com p < 0.05 de significância; em caso de diferença estatística significativa foi realizado o test post-hoc de Dunn. Resultados: Nos ensaios de co-cultura 2D e 3D, foi observado um padrão de migração espontânea de células leucêmicas em direção as células vasculares, e estas interações celulares aumentaram a resistência à citarabina em aproximadamente 30% na LMA. Discussão: A doença residual mínima consiste de blastos resistetes à quimioterapia, e esta população é responsável pela recidiva da leucemia nos pacientes. Nossos resultados sugerem que as interações LMA-nicho vascular da medula óssea contribui para a sobrevivência dos blastos durante o tratamento. Os mecanismos moleculares envolvidos neste processo ainda necessitam ser investigados. Conclusão: Os blastos leucêmicos apresentam padrão de migração e capacidade de adesão ao nicho vascular da medula óssea e, a interação da LMA com o nicho vascular confere aumento da resistência a apoptose induzida pela citarabina.

Details

Language :
English
ISSN :
25311379
Volume :
46
Issue :
S428-S429
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.228d515150ce480fa7bd637803d09c6c
Document Type :
article
Full Text :
https://doi.org/10.1016/j.htct.2024.09.720