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O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização

Authors :
Paula Gaudenzi
Francisco Ortega
Source :
Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Vol 16, Iss 40, Pp 21-34 (2012)
Publication Year :
2012
Publisher :
Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), 2012.

Abstract

Analisa-se o termo medicalização nos estudos de Illich e Foucault, com vistas a oferecer ferramentas conceituais para o estudo dos movimentos contestatórios à medicalização. Illich aborda a hipertrofia da medicalização na modernidade, ressaltando o efeito de redução da autonomia dos sujeitos, sobretudo pelo fato de as instituições médicas assumirem a responsabilidade de cuidar da dor, transformando seu significado íntimo e pessoal em um problema técnico. Foucault aborda a medicalização a partir da noção de biopoder, e, quando trabalha a noção de governamentalidade, abre espaço para a análise das formas de resistência dos indivíduos ao exercício do poder. Ambos os trabalhos, que têm como preocupação propor formas de exercício da liberdade - apesar de Foucault o fazer de forma mais detalhada e diversificada - parecem apropriados para se pensar o processo atual de desmedicalização ou recusa do diagnóstico médico por parte de seus portadores ou familiares.

Details

Language :
English, Spanish; Castilian, Portuguese
ISSN :
18075762
Volume :
16
Issue :
40
Database :
Directory of Open Access Journals
Journal :
Interface: Comunicação, Saúde, Educação
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
edsdoj.10cd1f03de4049ccacf6f6ce59305b48
Document Type :
article