ACIDENTES OCUPACIONAIS COM PERFUROCORTANTES NA EQUIPE DE ENFERMAGEM

O ambiente hospitalar tem sido considerado nocivo aos trabalhadores da área de saúde, por agrupar pacientes portadores das mais diversas enfermidades infecciosas, oferecendo múltiplos e variados riscos aos profissionais de enfermagem, causados por agentes químicos, biológicos e psicossociais. São os riscos biológicos os mais freqüentes geradores de periculosidades a esses trabalhadores, que enfrentam o desafio de lidar com procedimentos potencialmente perigosos durante o manuseio e o descarte de agulhas e dos demais instrumentos perfurocortantes. O estudo teve como objetivos verificar o índice de acidentes ocupacionais entre os profissionais de enfermagem e identificar as situações de ocorrências de acidentes com materiais perfurocortantes entre mesmos profissionais, em um hospital público do Município de João Pessoa. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, desenvolvido mediante uma abordagem quantitativa, realizado no período de fevereiro a setembro de 2003, em uma instituição pública de saúde. A população constou de enfermeiros, auxiliares de enfermagem e técnicos de enfermagem de ambos os sexos. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário aplicado aos profissionais que atuam em unidades de Centro Cirúrgico, Central de Material Esterilizado, Emergência e Unidade de Terapia Intensiva. Os resultados demonstraram que todos os sujeitos pesquisados são do sexo feminino, com predominância na faixa etária de 31 a 40 anos, a maioria com mais de seis anos de experiência na área de enfermagem. Os acidentes mais freqüentes relatados pelos profissionais de enfermagem foram as picadas de agulhas e as perfurações por pinças, representando cerca de 75,7% dos agentes causadores desses acidentes. As lesões causadas por objetos perfurocortantes ocorreram durante o desenvolvimento de atividades assistenciais ao paciente, ou durante o preparo de material. Conclui-se, então...