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Voltaire et l’optimisme leibnizien

Authors :
Parmentier, Marc
Publication Year :
2023
Publisher :
Université de Lille – Laboratoire CECILLE ULR 4074, 2023.

Abstract

Voltaire découvre d’abord une défense de l’optimisme dans l’Essai sur l’homme d’Alexander Pope et c’est cet ouvrage qui est au centre du Poème sur le désastre de Lisbonne. Mais l’optimisme de Pope, pour qui le mal est apparent, est très éloigné de celui de Leibniz pour qui le mal est réel. Or Voltaire possède une connaissance précise de la philosophie de Leibniz, dont certains aspects lui semblent « extraordinaires » et qui lui semble conduire au fatalisme. C’est surtout la méthode qu’il condamne : elle vise trop haut. Dans Candide, c’est l’optimisme leibnizien qui est visé. Le conte le soumet à une épreuve expérimentale en faisant passer les personnages d’un monde à l’autre. C’est donc le concept leibnizien de « monde possible » qui fournit le cadre de l’expérience. Il résulte de ce test que l’optimisme n’est ni prouvable ni falsifiable par les faits, ce qui suffit à le discréditer. Voltaire first discovers the defence of optimism in the Essay on Man by Alexander Pope, the work that we can find at the very centre of the Poem on the Lisbon Disaster. But Pope’s optimism, for whom evil is apparent, is far away from that of Leibniz’s for whom evil is real. Yet, Voltaire has a precise knowledge of Leibniz’s philosophy, and considers some aspects of it as “extraordinary” that seem to lead to fatalism. He condemns the method in particular: it aims too high. In Candide, it is the Leibnizian optimism that is targeted. In the tale the hero undergoes an experimental test that passes the characters from one world to another. So it is the concept of Leibniz’s “possible world” that provides the framework for the experiment. The result of the test is that optimism is neither provable nor falsifiable by facts, which is enough to discredit it. Voltaire descobriu pela primeira vez uma defesa do optimismo no Ensaio sobre o Homem de Alexander Pope, e é esta obra que está no centro do Poema sobre o Desastre de Lisboa. Mas o optimismo de Pope, para quem o mal é aparente, está muito longe do de Leibniz, para quem o mal é real. Voltaire tem um conhecimento preciso da filosofia de Leibniz, e alguns aspectos lhe parecem 'extraordinários' e parecem levar ao fatalismo. O que ele condena é sobretudo o método: visa demasiado alto. Em Cândido, o que é visado é o optimismo Leibniziano. O conto põe-no à prova experimental ao mover as personagens de um mundo para outro. O conceito Leibniziano do "mundo possível" fornece assim o enquadramento para a experiência. O resultado deste teste é que o optimismo não é provável nem falsificável por factos, o que é suficiente para o desacreditar.

Details

Language :
French
Database :
OpenAIRE
Accession number :
edsair.openedition...dacfdad5f33e531aa5672b8d683127a3