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Enfrentando os limites do crescimento

Authors :
Benasayag, Miguel
Besson-Girard, Jean-Claude
Boccato-Franco, Alan
Bonaiuti, Mauro
Cavalcanti, Clóvis
Cechin, Andrei
Chesnais, François
del Rey, Angélique
de Carvalho, Igor S. H.
Eli da Veiga, José
Enríquez, Maria Amélia
Flipo, Fabrice
Franco, Alan Boccato
Garcia, Ernest
Gomes, Gisella Colares
Gras, Alain
Gudynas, Eduardo
Issberner, Liz-Rejane
Kempf, Hervé
Latouche, Serge
Lauriola, Vincenzo
Léna, Philippe
Löwy, Michael
Martínez-Alier, Joan
Pinheiro do Nascimento, Elimar
Rist, Gilbert
Romano, Onofrio
Salmon, Jean-Marc
Vilanova, Santiago
Léna, Philippe
Publication Year :
2018
Publisher :
Éditions Garamond Universitāria, 2018.

Abstract

Desde os anos 1960, os ambientalistas e cientistas vêm alertando sobre o perigo do colapso ambiental. Os relatórios das agência da onu e de instituições como o World Watch Institute mostram de forma contundente a urgência de uma mudança radical para evitar esse colapso. A novidade è que um número crescente de economistas, até então defensores do crescimento como panaceia para resol ver todos os problemas, agora fala dos limites do crescimento e da necessidade de “mudar de economia”, tanto para evitar o colapso como para alcançar a justiça social. O mais recente relatório da ocde (Previsões ambientais para 2050: as consequências da inação”, de 2012) faz um alerta dramático nesse sentido. Entretanto, tanto a postura dos responsáveis políticos quanto as sohições que vêm sendo propostas (do desenvolvimento sustentável à economia verde) estão muito aquém do esperado. Não atacam a raiz do problema: o atual mo delo de produção e consumo já é insustentável, e o será ainda mais quando for generalizado. Esta evidência leva a uma conclusão incontornãvel: a necessidade de justiça social e ambiental nas relações entre os países e no interior de cada país, única forma de tornar aceitáveis (ética, social e politicamente) as mudanças indispensáveis. Para sobreviver, o nosso sistema econômico précisa oferecer cada vez mais objetos com obsolescência cada vez mais precoce, consumindo assim cada vez mais recursos e produzindo mais lixo. A eficiência produtiva crescente (fazer mais com menos matéria e menos energia) é uma realidade, mas essa eficiêticia tem poucos resultados em face do aumento do consumo global. Portanto, é urgente passarmos da competição para a colaboração; sem isto, os conflitos em torno de recursos cada vez mais raros e mais caros serão devastadores. É urgente passarmos de um mundo que estimula uma busca frustrante e sem fim por mais consumo para uma sociedade de consumo baixo, mas de qualidade, que se oriente para a felicidade individual e coletiva. Normalmente tais mudanças requereriam séculos, mas não dispomos desse tempo. O futuro é hoje! Os textos reunidos neste livro apresentam análises sobre várias dimensões desta problemática, tentando entender as lógicas e interesses em jogo, as causas da inação atual e os possíveis caminhos para sair do impasse.

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Accession number :
edsair.openedition...4293a0d9d910de1858eac2c09246a052